"Sabem, sou mulher. Por isso mesmo, não me é nada difícil localizar os iogurtes de framboesa, tão apreciados nesta casa, e que se não são rapidamente encontrados no frigorífico side-by-side de família, corro o sério risco de ter de ouvir o lamento " tu prometeste, mamã..." . Pior ainda, é a possibilidade de um dia, a frase poder ser completada com um "... e não cumpriste".
Isto para dizer que tenho algum treino visual para reparar nos pormenores.
Ontem, ao anunciarem a existência de um segundo certificado de José Sócrates, abri o respectivo PDF, entretanto disponibilizado pelo Jornal "PÚBLICO" . Não me detive nas classificações. Verifiquei que o documento estava datado ( 96/08/26), assinado pelo chefe da secretaria e...
e...
como sempre, os meus olhos detiveram-se em dois pormenores sem importância:
no papel timbrado da Universidade Independente, no rodapé, entre outras informações, constam o endereço (físico e electrónico) e os números de telefone e de fax ( 351 21 836 19 00 e 351 21 836 19 22). Só que,... em 1996, os números de telefone não apresentavam os indicativos 21, 22, 290, mas sim, 01, 02, 090... etc, como aliás, pude confirmar (a alteração só foi feita em 31 de Outubro de 1999).
Um pouco mais à frente, consta ainda, um código postal composto por sete algarismos (1800-255), o que é deveras estranho, uma vez que só em 1998 começa a ser utilizada esta nova forma de indicação.
Conclusão: o certificado parece ter sido emitido, não em 26/08/1996, mas em data posterior a 31 de Outubro de 1999.
O problema ("o maior dos problemas") reside no facto de o Gabinete do primeiro-ministro já ter esclarecido, que a data válida era mesmo a do certificado que se encontra na Câmara da Covilhã."