Sunday, January 30, 2005

Curiosidades sobre... Kamasutra

1 - Conhecido ou pelo menos muito comentado no mundo todo, o Kama Sutra é um livro sobre sedução, amor e sexo. Ele foi escrito em sânscrito num período não muito bem definido, provavelmente entre os séculos 3 e 4. Acredita-se que, durante aproximadamente 20 anos, o teólogo indiano Mallanaga Vatsyayana tenha reunido e organizado uma colectânea de textos antigos de escritores indianos, além de provavelmente se ter baseado em experiências pessoais para produzir a obra que acabou por virar um símbolo do erotismo.
2 - Na mitologia hindu, Kama é o deus do amor que corresponde a Eros na mitologia grega e a Cupido na romana. Sutra significa comentário ou dissertação. Portanto, Kama Sutra quer dizer algo como Dissertação sobre o Amor.
3 - No mundo ocidental a obra só começou a popularizar-se após uma tradução feita em 1883 pelo explorador inglês Richard Burton que também pôs os europeus em contacto com a famosa colectânea de histórias árabes As Mil e Uma Noites. Burton na verdade fez apenas um resumo do Kama Sutra original, seleccionando as partes mais ousadas, erotizando bastante o texto e direccionando a obra para o público masculino. Por isso, o livro escandalizou a Europa, sendo considerado obsceno. Para se redimir, o explorador resolveu fazer uma tradução integral, mas acabou por morrer antes de a publicar.
4 - No livro há a descrição de 529 posições sexuais. Parece muito, mas a maioria delas são, como diria o Paralamas do Sucesso, variações do mesmo tema sem sair do tom. Ou seja, numa a perna estica um pouquinho pra cá, na outra pra lá... No século XIX, quando Burton trouxe a obra para o Ocidente, esse didactismo erótico pode até ter chocado. Mas não há nada que Hollywood já não tenha mostrado em alguns filmes ousados.
5 - Curiosos mesmo são os nomes das posições sexuais descritas. É que Mallanaga Vatsyayana se inspirava na natureza e no acto sexual dos animais, que considerava uma óptima fonte de conhecimento para os humanos. Por isso entre as centenas de posições aparecem nomes como Congresso de Vaca, Caranguejo e Rachar de um Bambu. Isso é que é originalidade!
6 - É provável que uma das posições mais complexas do Kama Sutra seja o chamado Acto das Cabras, quando vários homens praticam o acto sexual com a mesma mulher, um segurando-a, outro possuindo-a e um terceiro apoiando o quadril dela. No estilo, digamos, mais tradicional, envolvendo apenas um casal, uma das posições mais difíceis é certamente a Giratória, uma sequência de movimentos para contorcionista nenhum botar defeito.
7 - Mas engana-se quem pensa que o Kama Sutra é apenas um grande guia de inusitadas posições sexuais. A obra é um verdadeiro tratado sobre o amor, dividido em sete partes, discutindo desde temas filosóficos, como a necessidade de cumprir certos deveres sociais, religiosos e morais, até a preocupação com a escolha da(o) parceira(o) ideal. Há ainda várias instruções sobre preparativos para os encontros sexuais e para as carícias preliminares.
8 - Alguns capítulos tratam apenas de regras para a higiene pessoal. O autor chega até a indicar o número de banhos necessários e a recomendar a aplicação de óleos no corpo a cada dois dias - a barba só deveria ser feita de quatro em quatro. Vatsyayana também mostra preocupação com a importância de se criar uma atmosfera adequada para o amor. Segundo o escritor, o ideal seria o bom amante morar à margem de um lago de água doce, construindo o quarto do casal na parte de trás da casa.
9 - Pode parecer um pouco de sadomasoquismo, mas várias páginas do Kama Sutra foram dedicadas ao ensinamento de técnicas para morder e arranhar a(o) parceira(o). E aqui novamente entram em cena curiosos nomes inspirados nos animais. Um dos arranhões mais estranhos, por exemplo, é o Pulo de uma Lebre, em que se faz uma marca com as cinco unhas da mão ao redor dos dois mamilos. Mas é claro que entre palmadas também há beijos e abraços. E de variados tipos, só que com nomes mais inspirados no reino vegetal, como o abraço Mistura de Semente de Gergelim com Arroz, quando os amantes ficam abraçados deitados e esfregando seus corpos.
10 - Aficionado por definições, Vatsyayana também usou capítulos do livro para classificar tanto os homens como as mulheres em diferentes categorias, levando em conta desde o temperamento e o formato do corpo até, acredite se quiser, o tamanho do pênis. O Homem-Lebre, por exemplo, é reconhecido por ter o pénis erecto entre 7 e 12,5 centímetros e por ter uma conduta honesta e apetite por comida moderado. Já o Homem-Cavalo, claro, tem o membro erecto com mais de 17,5 centímetros, mas em compensação é precipitado e preguiçoso...

Fonte: Mundo Estranho

Não resisti... l0l Afinal parece que o Kamasutra vai muito além do que é dito por aí. Acho que cada um dos tópicos tem muito para ser comentado. =P

Wednesday, January 26, 2005

O antes e o depois...


(A pedido do Sr. Obelex...)
Digam lá que não está um bom partido... ;)

Tuesday, January 25, 2005

Há dias assim...


«Eu disse "eu não faço nada. fico horas a olhar para uma mancha na parede"
Tu disseste "e nunca sentiste a mancha a alastrar, as suas formas num palpitar quase imperceptível?
"Eu disse "não. a mancha continua no mesmo sítio, eu continuo a olhar para ela e não se passa nada"
Tu disseste "e no entanto a mancha alastra e toma conta de ti. liberta-te do corpo. tu é que não vês"»

Muitas vezes, não nos lembramos de que todos nós estamos integrados numa teia social, de que existe muito mais para além de nós próprios. Sinceramente, lamento muito por todas as vezes que magoei alguém, por todas as vezes em que me perdi no fascínio do isolamento, quando contavam com a minha companhia. Lamento também por todas as vezes em que não correspondi às expectativas das pessoas de quem gosto, em que desiludi alguém que não queria. Tenho consciência de que não faço o melhor que sei, mas tenho feito o melhor que posso. Infelizmente, isso nem sempre é o suficiente para toda a gente. Há sempre alguém que quer mais... e mais... mas estou cansada... vou dormir.

(Eu sei que isto vai contra tudo o que tenho dito ao Sr. Caetano sobre a autonomia individual, mas todos temos dias assim...)

Sunday, January 23, 2005

Sócrates...

Uma pequena pergunta apenas para este post...
  • Se Sócrates sabia que não sabia nada, como é que ele sabia que não sabia nada?

Sou só eu, ou isto é quase como a teoria de "Quem veio primeiro? O ovo ou a galinha?" Maluquices...

«I won't go getting tired of you...»

Bem... Como me foi "pedido" e pela falta de feed-back, vou parar por uns tempos com os textos de consciencialização sobre os direitos dos animais e da natureza e voltar ao estilo habitual deste blog. Não que este assunto se tenha tornado repetitivo, nem que tenha deixado de ter importância, mas talvez seja mesmo melhor fomentar a diversidade, de maneira a agradar a "gregos e a troianos", já que os frequentadores deste blog são extremamente exigentes... =P
Por isso, aqui vai:

I can be your liar
I can be your bearer of bad news
Sick and uninspired by the diamonds in your fire
Burning like a flame inside of you
But Is this just desire or the truth?

So shame on me for the ruse
Shame on me for the blues
Another one returned that I'll never use

I won't go getting tired of you
I won't go getting tired of you
I'm not getting tired
I won't go getting tired of you
I won't go getting tired of you
I'm not getting tired

Hanging on this wire
Waiting for the day
I'll have to choose
Cursed by love so dire
One more boy for hire
One more boy to lend a hand to you
Is this just desire or the truth?

So shame on me for the ruse
Shame on me for the blues
Another one returned that I'll never use

I won't go getting tired of you
I won't go getting tired of you
I'm not getting tired
I won't go getting tired of you
I won't go getting tired of you
I'm not getting tired of you
Of you, ooh...

I can be your liar
I can be your bearer of bad news
Sick and uninspired by the diamonds in your fire
Burning like a flame inside of you
Is this just desire or the truth?
So shame on me for the ruse
Shame on me for the blues
Another one returned that I'll never use

I won't go getting tired of you
I won't go getting tired of you
I'm not getting tired
I won't go getting tired of you
I won't go getting tired of you
I'm not getting tired of you



Foo Fighters - Tired Of You

Xutos e Pontapés - Tão Longe de Ti (+ Algo...)

Na manhã socou o teu primeiro beijo
Parto para a rua mas logo te vejo
E as horas custam tanto a passar
(E as horas custam tanto a passar)
Fazem-me ansiar pelo fim do dia
(Fazem-me ansiar pelo fim do dia)
Para voltar ao brilho da tua alegria
E à calma quente que me sabes dar.
Longe de ti...
Longe de ti...
Longe de ti...
Longe de ti...
Na manhã socou o teu primeiro beijo
Parto para a rua mas logo te vejo
E as horas custam tanto a passar
Fazem-me ansiar pelo fim do dia
(Fazem-me ansiar pelo fim do dia)
Para voltar ao brilho da tua alegria
E à calma quente que me sabes dar.
Longe de ti...



Esta letra é tão curta mas diz tanto. As palavras não têem de ter significado para que as pessoas as compreendam, basta cada um interpretar à sua maneira. Não há vida que controle as palavras, não há vida que controle os sentimentos, o que tem a ser dito, dito será, ao contrário dos sentimentos que muitas vezes não se deveriam ter, mas que se tem à mesma. Ninguém está em paz até querer, não se consegue entender o porquê de tanta desgraça. Não a nível global, não falo em termos do mundo, mas a nível individual, não de mim, mas de cada um de nós. Verdade seja dita que para que tal coisa aconteça, existem factores do mundo externo, mas ninguém pensa nisso. Vivemos numa sociedade em que não ligamos ao que se passa lá fora, cada vez vivemos mais a pensar em nós, não nos outros. Será justo? Não consigo perceber o porquê do mundo ser assim, e talvez não o queira fazer.
A letra... Aquele sentimento que não deveria existir, e não o quero admitir. Cada dia que passa é uma vitória para mim, para não explodir por aí com uma arma na mão. arma no sentido figurativo, pois não iria andar por aí com armas de fogo, além disso, que arma melhor existe do que as palavras? Matar uma pessoa não é castigo, traumatizá-la sim. Aquele sofrimento com que se fica, até aos nossos últimos dias. Que mais pode existir para além do sentimento de frustração de não conseguir apagar da memória algo que não desejamos? É impossível... Que sentimento aquele de culpa não que desaparece. Talvez porque ele não possa existir. De quem é a culpa de gostarmos de alguém? Não sei, não me interessa, dói, esta dor come-me por dentro, mas é impossível não a viver. Estes dias passam, e eu cada vez mais fico sem paciência para viver. Há tanta coisa que me escapa, talvez entre os dedos, mas é impossível continuar com uma vida que nada vive sob meu controle. Não há liberdade, não há espaço, talvez ausência de uma mãozinha extra para que isto fique incólume na minha vida. Agora não viverei mais, mas sim sobreviverei às adversidades que a vida tem, espero que sobreviva através de algo que me salve deste poço em que me afogarei nas minhas lágrimas de dor a menos que alguém traga aquilo que eu quero, calma...
Alexandre MM Caetano

Saturday, January 22, 2005

Produção Animal

A produção de carne é encarada como uma necessidade de abastecer a vastíssima população humana. Como solução, o homem cria os animais como se se tratassem de máquinas produzidas em série, esquecendo-se do facto que se tratam de seres vivos com sentimentos e sensibilidade tendo o direito a não morrer e a viver uma vida livre de prisões.

Os frangos são provavelmente os animais mais abusados em todo o mundo. Dezenas de milhares de frangos são colocados num espaço sujo e nojento, emersos nos seus próprios excrementos e cadáveres de outros frangos que morreram de ataque cardíaco ou stress. Alguns chegam mesmo a morrer à fome porque, ao crescerem tão depressa, as suas pernas não aguentam o peso do próprio corpo e acabam por se partir, impedindo-os de atingirem a comida. Por terem recebido uma alimentação com muitos antibióticos, para provocar um crescimento mais acelerado, é vulgar os frangos ficarem com lesões no coração, pulmões e pernas. Após terem passado semanas nestas condições os frangos são transportados até ao matadouro sem o mínimo de condições, acabando muitas vezes por chegar feridos, doentes ou mortos. Já no destino, cada frango é pendurado pelas suas pernas frágeis em grandes linhas de montagem e as suas gargantas são-lhes cortadas, deixando alguns ainda conscientes, provocando uma morte lenta e agonizante.
Na produção de ovos, 5 a 11 galinhas poedeiras são colocadas em pequenas jaulas de ferro, sem nunca poder debicar nem esgravatar o chão. Como estas condições podem levar a que estas aves se ataquem umas às outras, os seus bicos, que possuem muitas terminações nervosas, são cortados com uma lâmina sem qualquer anestesia. O espaço é tão pequeno que as galinhas não conseguem muitas vezes esticar sequer uma asa durante toda a sua vida.
Para a produção de carne de bovinos, estes animais são castrados e os seus cornos cortados sempre sem anestesia. No matadouro, os animais doentes, feridos ou mortos acabam muitas vezes por serem aprovados para consumo. Na linha de montagem, a garganta é-lhes cortada, a sua pele e partes do seu corpo são arrancadas enquanto estão ainda conscientes.
Embora as vacas produzam leite para as suas crias, tal e qual como os humanos, as vacas leiteiras são tratadas como meras fábricas de fazer leite. Elas são ligadas várias vezes por dia a máquinas que forçam a saída de leite, provocando-lhes feridas, levando à mistura de sangue e pus com o resto do leite.As vacas são regularmente inseminadas artificialmente para que se mantenham grávidas, de forma a manter a produção de leite. Os vitelos são afastados da mãe logo após o parto, provocando a ambos um profundo stress e angústia. Estes vitelos são vendidos pela sua carne ou juntam-se ao grupo de vacas produtoras de leite. Quando as vacas deixam de produzir o suficiente são vendidas para o matadouro onde ainda valem algum dinheiro pela carne que possuem. No transporte para o matadouro, muitas nem sequer chegam em condições de andar nos seus próprios membros, mas mesmo assim não deixam de ser degoladas para servirem de alimento.
Os porcos são confinados a pequenas jaulas de ferro que não lhes permitem sequer voltar-se sobre eles próprios. Esta falta de estimulação leva muitas vezes à loucura e a movimentos repetitivos do animal. A primeira vez que um porco respira ar puro é antes de ser transportado para o matadouro. Aos pequenos leitões recém-nascidos são-lhes mutiladas as orelhas, cortadas as caudas, arrancadas as pontas dos dentes e castrados, sempre sem anestesia. Tal como os frangos, também os porcos não conseguem muitas vezes andar nem erguer-se nas quatro patas, por não conseguirem aguentar com o peso do seu próprio corpo que cresceu depressa demais devido a aditivos na comida. No matadouro, mesmo os animais feridos ou doentes são aprovados para consumo humano, sempre em nome do lucro. Neste local e tal como os outros animais, a garganta dos porcos é-lhes cortada, deixando-os muitas vezes ainda conscientes, acabando assim por sufocar no seu próprio sangue.
Por estas e muitas mais razões, pense antes de comer.

Thursday, January 20, 2005

Testes em Animais

(Não recomendado a pessoas muito sensíveis.)

LISTA DE PRODUTOS QUE FAZEM TESTES QUÍMICOS EM ANIMAIS



Esta listagem é um pequeno resumo (é muito, muito, MUITO reduzida).
Veja aqui a listagem completa.


Fonte: Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais

Wednesday, January 19, 2005

Reciclagem

Tudo o que é produzido pela Natureza rapidamente de transforma noutras coisas. Mas o Ser Humano produz vários tipos de material que não são facilmente degradados pelos agentes da Natureza e, como não somos tão poucos como isso, há uma grande quantidade desses materiais espalhados por todo o lado:
- O papel e o papelão podem levar de 3 a 6 meses para serem absorvidos.
- Uma simples pastilha elástica pode levar 5 anos.
- As latas de refrigerante levam uma vida: de 80 a 100 anos!
- O plástico pode levar até 500 anos. Mas alguns, simplesmente, não se decompõem.
- O vidro fica um milhão de anos na natureza sem se decompor!
Então, temos de arranjar uma solução para acabar com esse tipo de lixo. Podemos reaproveitá-lo. É o que a reciclagem faz. Na reciclagem, o lixo é tratado como matéria-prima que será reaproveitada para fazer novos produtos. As vantagens: diminui a quantidade de lixo que vai para os lixões, os recursos naturais são poupados, reduz a poluição, além de gerar empregos.
Curiosidades:
- Salvam-se cerca de 20 árvores se reciclarmos uma tonelada de papel.
- Poupam-se 400 quilos de areia para fabricar uma tonelada de vidro, se este for produzido a partir do partir do vidro reciclado.
- Os plásticos são feitos a partir do petróleo, que é um recurso não renovável, para além de extremamente poluente. Reciclar plásticos diminui a poluição do ar.






Este é realmente um assunto muito mais sério do que parece. Nem todos se aperceberam ainda da sua dimensão. Espero que tudo isto, pelo menos, tenha feito pensar alguém. Porque é a partir da consciencialização que se mudam mentalidades e formas de agir. Pensem nisso... :)

Morte Lenta

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo...
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não e arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece...
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um remoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Pablo Neruda

Sunday, January 16, 2005

Vitimas de tsunami

Tudo num momento
Tudo aconteceu
Veio um tormento
Mas não veio o céu

Veio um inferno
Com as almas a chorar
Aquele amor eterno
Sem corpo para ficar

Tantos inocentes
Muitos sem saber a razão
Tantos filhos nos ventres
Muitos agora sem pão

Agora ficaram arrasados
Com medo de tudo
Os terrenos alagados
E a moral lá no fundo

Alexandre Caetano

Requiem For A Dream


Realizador
Argumento
Actores principais
Produtores
EUA, 2000, Cores, 102 min.

Adaptado do livro de Hubert Selby Jr., Darren Aronofsky fez um filme que é um verdadeiro pesadelo sobre o mundo das drogas, uma fábula sobre a dependência que envolve duas formas distintas, tanto o aspecto mais evidente das drogas ilegais quanto o lado dos medicamentos e da própria televisão, onde cada um se consome à sua maneira.
Ellen Burstyn (nomeada para os Óscares) vive o papel de Sara Goldfarb, uma senhora cujo filho é viciado em heroína e que regularmente rouba a televisão da casa para se conseguir sustentar. Um dia, Sara recebe um convite para participar da gravação de seu programa de TV favorito e, convencida de que para isso precisa emagrecer, passa a consumir uma grande quantidade de anfetaminas.
Aronofsky mostra a degeneração progressiva de Sara através de uma câmara subjectiva e cheia de justaposições, incluindo variações no ritmo do filme, conforme o efeito de cada droga (seja pelas alucinações de Sara ou pelas reacções hipnóticas dos amigos do seu filho).
À maneira de «Transpoiting», ainda que com um estilo mais bizarro e soturno (lembra um pouco David Lynch), o filme não coloca a dependência como algo glorioso, mas, como disse o próprio director, como uma característica essencial no ser humano. Algumas sequências reúnem as personagens em telas múltiplas, indicando que, apesar de terem causas diferentes, eles estão unidos por um destino comum.


Saturday, January 15, 2005

«QUERO SABOREAR O INFINITO...»

Thursday, January 13, 2005

Chullage - Dedicatória

(Pa tudo nha people na xon
Pa tudo nha people na prison
Pa tudo people que ta sofren, obi li quel som)

Dedicatória para aqueles que só fazem parte da nossa história
Mas que estão sempre presentes nas ruas da nossa memória
Brothers para quem a sobrevivência foi uma guerra obrigatória
Mas acabaram por perdê-la, rimo pela vossa glória
G's atrás das grades são considerados escória
Mas pra mim são soldados para quem a vida é a única vitória
Capturados por polícias racistas e atrozes
Devorados por juizes falsos, moralistas e ferozes
Que não compreenderam que pra pitar tiveram mesmo que catar
aqueles tugas com bué da posses ou payar aquelas doses
são tantas as vozes que nunca mais eu vou ouvir
abraços vou ter que esperar até voltar a sentir
Mães talvez nunca mais venham a sorrir
porque a perda de um filho é algo que pra sempre dói
a polícia, a droga, a fome, a obra nos destrói
desunião nos auto-destrói e é isso que mais me rói
ninguém é herói nesta guerra cheia de armadilhas
que já vestiu de preto inúmeras famílias
na tuga ou lá nas ilhas e continua a derramar
sangue, lágrimas, suor neste inferno
a força exterior esconde o sofrimento interno
por aqueles que já só vivem no coração,
na mente e nas páginas deste caderno
nas dezenas de memórias que escrevo no meu caderno
até ao dia do reencontro no descanso eterno

(Pa tudo nha peoples na chon, pa tudo nha peoples na prison,
pa tudo nha people que ta lutan por se pon, obi li quel som
pa tudo nha peoples que ta sofren obli li quel som niggas, obi li quel som)

[Refrão]
One love pra todos os prisioneiros desta guerra
pra todos aqueles que já se encontram debaixo da terra
todo o brother preso quando a necessidade suprimia
pra todo o nigga que ao lado de Deus nos guia (2x)

Yo, tanto peepz acabou morto
por (?) da miséria, do frio e do desconforto
brothers teriam futuro na arte, na escola ou desporto,
mas a vida deu pró torto
tantos aqueles que construiram lesões, ou morreram em construções
onde trabalhavam para aldrabões
tantos vitimados em perseguições de polícia
que fodem o nosso povo com perícia e bué malícia
tantos que no ghetto por falta de condições contraíram doenças
em mais de mil e uma formas o Diabo vai lendo as sentenças
enganando os nossos jovens com desavenças e crime
cash rules everything around e por isso o nigga prime
o vitimado e outro fechado a pagar pelo crime
e quando o tuga nos suprime, nos oprime
e o seu contentamento exprime
Ess coisas ta ferim nigga
tantos aqueles que eu vi partir no banco de trás de um carro de patrulha
tantos aqueles que perderam tudo na ponta de uma agulha
niggas baleados, esfaqueados à porta da disco
tantas fezadas que não valeram a pena o risco
brothers apanhados em emboscadas onde a miséria foi o isco
enquanto há FDPs livres que roubaram o estado ou o fisco
quantos brothers já passaram pelo banco dos réus
quantos encontraram a paz e o descanso nos céus
quantos a polícia filou como se eles fossem troféus
e escondeu a verdade como falsas virgens escondem a cara atrás dos véus
quantos foram atirados para fora das naus
quantos foram castigados com chicotes, pedras e paus
se querem que eu diga, foram tantos que eu já esqueci
por isso dedico isto a todos aqueles que nunca foi feito um minuto de silêncio por si

(Pa todos os outros yo, cresce o nigga no ghetto
viram a saída, (?) os que nos querem tirar a vida)

[Refrão]
One love para todos os prisioneiros destas guerra
pra todos aqueles que já se encontram debaixo da terra
todo o brother preso quando a necessidade suprimia
pra todo o nigga que ao lado de Deus nos guia (2x)

São rimas feridas que choram as vidas
nas ruas perdidas e as sentenças lidas
as (?) temidas, unidas, na (?) pelo sangue ou pela cor
é enorme a dor, de perder alguém
é terrível saber que ele foi e que ele não vem
people fiquem bem, estejam na terra ou no além

Toninho fica bem,
Sónia fica bem,
Hey mano fica bem,
Joceline fica bem,
(?) fica bem,
Dona Avelina fique bem,
(?) porta-te bem,
bro, pró meu peoples (?) aguentem-se bem
tudo nha people (?), tudo nha peoples na chon (?)
Nos ta oia um dia, nu ta odja um dia
Todo o brother preso quando a necessidade suprimia
(Nhos niggas que) que ao lado de Deus nos guia
Nus ta oia um dia

HARDCORE, ESCREVENDO CERTO POR RIMAS TORTAS
MENSAGEIRO DO GHETTO YO A FAMA NÃO NOS ILUDE
HARDCORE, ESCREVENDO CERTO POR RIMAS TORTAS
MENSAGEIRO DO GHETTO YO A FAMA NÃO NOS ILUDE
STREET FIGHTERS, E GHETTO SUPASTARS
MÚSICA DO GHETTO, SANGUE LÁGRIMAS SUOR
ONE LOVE PRA TODOS AQUELES (NOSSO POVO VIVE NA PRISÃO)
ONE LOVE PRA TODOS AQUELES (NOSSO POVO VIVE NA PRISÃO)

RED EYES!

Wednesday, January 12, 2005

Pink Floyd - Hey You

Hey you,
Out there in the cold,
Getting lonely, getting old,
Can you feel me?

Hey you,
Standing in the aisle,
With itchy feet and fading smile,
Can you feel me?

Hey you,
Don't help them to bury the light.
Don't give in, without a fight.

Hey you,
Out there on your own,
Sitting naked by the phone,
Would you touch me?

Hey you,
With your ear against the wall,
Waiting for someone to call out,
Would you touch me?

Hey you,
Would you help me to carry the stone?
Open your heart, I'm coming home.

But it was only, fantasy.
The wall was too high, as you can see.
No matter how he tried, he could not break free.
And the worms ate into his brain.

Hey you,
Out there on the road,
Always doing what you're told,
Can you help me?

Hey you,
Out there beyond the wall,
Breaking bottles in the hall,
Can you help me?

Hey you,
Don't tell me there's no hope at all.
Together we stand, divided we fall.

Conclusão...

O que disse há dias pode vir bem a acontecer. As chatices continuam, as coisas não se endireitam. Em quem julgava poder confiar, com quem pensava poder vir a ter uma conversa decente, não dá. Pensei que fosse uma época apenas temporária, mas afinal não é. Pensei que os problemas, com esta idade, com uma simples conversa se resolviam, mas afinal não é bem assim. Sonhos demoronoram-se, objectivos falham... Sinto-me incapaz de continuar a fazer uma vida totalmente descontraida e normal nesta cidade. Ou pelo menos com estes amigos. Preciso de uma mudança, e das grandes. Já disse isto e voltarei a repeti-lo. Para o ano, se o Estado sempre encurtar os cursos para 3 anos, vou para a Universidade da Beira Interior tirar Engenharia Aeronautica. Talvez seja a única forma de arranjar novos amigos, de crescer a nível de ser humano. Se realmente fizer isto, irei matar-me de estudar, para conseguir uma bolsa para ir para os Estados Unidos mais propriamente para o MIT tirar um mestrado. Depois a longo prazo, entrar numa equipa de Formula 1, apesar de me satisfazer com uma marca, fazer os desenhos dos carros, que iriam circular.
Neste momento só tenho de pedir desculpas a uma pessoa, que sei que irei abandonar, e que isso me irá custar muito. Falo da Patrícia, rapariga que muitas das vezes me fez rir quando estava mais em baixo. Nunca poderei fazer aquilo que ela fez por mim, houve/há/haverão (espero eu) muitas chatices, mas conseguiram-se resolver a maioria. Belos momentos que passei com ela. Mas pronto, para terem a noção, é a unica pessoa que tenho aquele medo de perder a sua amizade. O resto de "amigos/as" que tenho, vivo com eles uma sensação de hipócrisia. Olhamo-nos de lado, desconfiamos de todos. E há lá uma pessoa então que me irrita profundamente. Não direi nomes, mas caso ela venha ler, fácilmente verá quem é. Digamos que me pregou duas partidas que nunca aceitarei as suas desculpas. Duas raparigas de quem gostei, que ela praticamente arruinou a minha amizade com elas. Ela como tem namorado, e até fez o favor de regressar para ele ao fim de algum tempo, não percebe a dor que me seguiu durante tanto tempo. O pior de tudo é que nem os vejo como namorados, mas sim como amigos coloridos tendo em vista a falta de amor que ambos demonstram ter um pelo outro. Agora prepara-se para fazer uma terceira vez, mas como se afastou de mim, não irá perceber o que se irá passar.
Mas resumindo, estou no fundo de um poço em que entra uma luz muito diminuta e não sei se amanhã poderei aparecer ao cimo da terra para contar o que se passou ou se irá passar.
Alexandre Caetano

Tuesday, January 11, 2005

«5 Sentidos»

A arte do nu. Simplesmente lindo...

Monday, January 10, 2005

Mind da Gap - Falsos Amigos

Falsos amigos não preciso, dispenso a vossa inveja
Nunca hei-de vos ligar puto, seja pelo que seja
Quem fala nas minhas costas, respeita-me a cara
Para serem porcos a sério juntem-se logo a uma vara
Quem é meu amigo, eu reconheço e respeito
Agradeço por tudo, guardo sempre no meu peito
Não tem jeito nenhum já me conheceres agora
Porque viste uma foto nossa no jornal à uma hora
Interesseiros não me interessam, estão condenados
Ao desprezo, não passam de inimigos disfarçados
Falsos, invejosos, até aos ossos, hipócritas
Dás-me uma mão, com a outra espetas-me nas costas
Respostas pás minhas perguntas eu procuro
De futuro já sabes, desiste porque eu estou seguro
Falas do que não sabes, só causas entraves
O respeito por ti caiu como na Amazónia aves
Todos os tivemos a não ser eles próprios
Falsos como notas de 5000 nojentos como mictórios
Penetram-se como supositórios eles chegam a ser tão impessoais como cartórios
Falsos amigos verdadeiros inimigos é igual
Era normal, agora queres-nos juntos como pimenta e sal
Na mesa mas debaixo divides como um cacho de bananas
Comido por macacos nas Bahamas
A aura que emanas não convence
És baixo como o Prince, confiei em ti e tiras o que me pertence

Falsos amigos são fingidos, estamos protegidos contra inimigos
Eles baralham-te os sentidos, trazem-te sentimentos distorcidos,falsos amigos
x2

Um amigo não te apresenta facturas pelo que faz por ti
Tem respeito, não se esconde quando se ri de ti
Caguei pra ti, sou real e verdadeiro
Hoje sou herói, mas ainda ontem era azeiteiro
És foleiro, estranho como um estrangeiro
Sou dono do meu mundo no qual tu és forasteiro
Não tem significado, o que dizes está errado
Devias saber que não vales um tostão furado
Por outro lado estou contente, agora está assente
Não vou em conversas
Não precisam de ter pressas
Tanta graxa que dás, tornarias as nuvens pretas
Dantes não era assim, tu só tens tretas
Outros são o contrário, dantes tudo bem agora tudo mal
São tão vulgares como água num arrozal
Querem a tua ajuda mas não te dão hipótese
Dão uma mão mas não passa de uma prótese
Um amigo não te defende e elogia com a mentira
Ofende com a verdade por muito que esta te fira
Um amigo não finje que não te conhece num dia
Para noutro pedir um favor, sabe que precisa
Falso, quando te vejo, um escorpião vem-me à ideia
Assemelhaste a uma aranha que espera na sua teia
És falso, com 2 caras, 2 poses, 2 atitudes
Mind da Gap não te grama mesmo que nos chamem rudes
Mind da Gap não te grama mesmo que nos chamem rudes...
x4
Falsos amigos são fingidos, estamos protegidos contra inimigos
Eles baralham-te os sentidos, trazem-te sentimentos distorcidos,falsos amigos
x2
Mind da Gap não te grama mesmo que nos chamem rudes...[bué- vezes!]

Reclamação na Administraçao Pública

Sua Excelência Primeiro-ministro de Portugal
C/c Sua Excelência Ministra da Educação de Portugal

Como certamente é do Vosso conhecimento, às 3H30 ( três horas e trinta minutos ) da madrugada do dia 21 ( vinte e um ) de Setembro deste ano de 2004 ( dois mil e quatro ), saiu uma lista de colocação de professores. Dessa lista constava o meu nome e a colocação que me foi atribuída, sendo eu colocado na escola de código 344862, código esse referente à escola EB 2,3 de Castro Marim. Vossas Excelências decerto compreenderão a extrema alegria que para mim significou essa colocação, pelo que foi com grande pesar que tomei conhecimento que, às 4H15 ( quatro horas e quinze minutos ) da mesma madrugada, a referida lista havia sido retirada e substituída por uma curta declaração que dava como inválido todo o processo que conduziu à sua publicação.
Dado que, ao contrário do que é continuamente afirmado pelos membros do Vosso Governo, a vida está verdadeiramente difícil, dado que não pertenço às centenas de pessoas que foram por Vós nomeadas para cargos na função pública e dado o facto de não acreditar que venha a beneficiar de uma reforma milionária como o Vosso companheiro do PSD Mira Amaral ( apesar de ter sete anos de serviço ao contrário dos dois anos que ele prestou na CGD ), venho por este meio solicitar que me seja pago o salário correspondente aos 45 ( quarenta e cinco ) minutos em que estive colocado na escola EB 2,3 de Castro Marim pois esse dinheiro bem falta me faz.
Mais acrescento que, se houver algum problema com o programa informático responsável pelo processamento dos vencimentos, manifesto a minha disponibilidade para me deslocar ao Ministério das Finanças para que possa receber manualmente o que me é devido.

Muito Respeitosamente

Um Professor do 11º Grupo B

PS - Dado o facto de ter usado nesta missiva palavras ou expressões cujo significado vos possa ser estranho, elaborei um glossário que segue em anexo a esta carta.

Glossário

11º Grupo B - Grupo disciplinar constituído pelos professores que leccionam Biologia e Geologia ao 3º ciclo do Ensino Básico e ao Ensino Secundário.
Biologia - Ciência que estuda os seres vivos, os seus processos e as suas características.
Geologia - Ciência que estuda a matéria mineral, os seus processos e as suas características.
Matéria Mineral - Matéria que não apresenta as características dos seres vivos. A matéria mineral caracteriza-se, entre outras coisas, pela completa ausência de inteligência ou de sentimentos, mesmo nas suas formas mais primárias. Um pequeno esclarecimento, apesar de todas as evidências nesse sentido, nem o actual nem a antiga Ministra das Finanças se enquadram nesta definição.
Ensino Básico - Por muito estranho que Vos possa parecer, não está relacionado com o ensino das bases que neutralizam os ácidos. O ensino básico corresponde aos nove anos de escolaridade obrigatória em que são ministrados os saberes e desenvolvidas as competências consideradas como essenciais para o desenvolvimento pessoal, social e cognitivo dos alunos.
Ensino Secundário - Ensino de cariz mais técnico e específico que tem como função preparar os jovens para o seguimento dos estudos a nível universitário, ou para a sua inclusão numa via profissionalizante.
Professor - Pessoa que ensina algo a alguém. Profissão bastante considerada e respeitada nas sociedades desenvolvidas. Não confundir com a realidade Portuguesa em que o professor é um nómada sem direito a estabilidade profissional, reconhecimento social nem salário condizente com o seu estatuto.
Escola - Local onde é ministrado o saber e as competências essenciais ao correcto desenvolvimento pessoal, social e cognitivo dos alunos. Não confundir com a realidade Portuguesa em que as escolas são armazéns de miúdos onde professores e auxiliares de acção educativa têm que cuidar dos filhos dos papás, quando estes pensam que se educa uma criança enchendo-a de consolas, playstations, telemóveis de último modelo e roupas de marca.
Auxiliares de Acção Educativa - Profissionais que, nas escolas, auxiliam os professores na sua tarefa de formar pessoal, social e humanamente os alunos. Não confundir com a realidade Portuguesa em que os auxiliares de acção educativa são pessoas sem formação específica que, com contratos precários, salários miseráveis e diminutas hipóteses de progressão na carreira, lavam escadas, limpam casas de banho e cortam a relva das escolas.
EB 2,3 - Escolas que ministram os segundo e terceiro ciclos do ensino básico.
Reforma - Aquilo que a esmagadora maioria dos portugueses recebe depois de 35 anos de serviço ou 60 anos de idade. Excepção feita à Vossa gloriosa casta.
PSD - Também referido por alguns como PPD/PSD. Agência de empregos especializada em colocar as pessoas certas nos lugares errados e nos momentos mais inoportunos, como aliás se pode notar no Vosso caso.
Programa Informático - Software criado por técnicos especializados que, normalmente, é testado antes de adquirido. Quando manuseado por pessoas devidamente formadas para o efeito é bastante prático e poupa muito trabalho.
Manualmente - Com recurso à mão.
PS - Post Scriptum. É uma expressão latina que significa " depois do que está escrito ". Não confundir com P.S. ( Partido Socialista ) .
(recebido por mail)

Saturday, January 08, 2005

O-Zone - Dragostea Din Tei

Dragostea din tei
Halo, salut
Sint eu, un haiduc
Si te rog, iubirea mea
Primeste fericirea

Halo,
Sint eu Picasso
Ti-am dat chip
Si sint voinic
Dar sa sti, nu-ti cer nimic

Refr.: Vrei sa pleci, dar nu ma nu ma iei
Nu ma nu ma iei...
Chipul tau si dragostea din tei
Mi-amintesc de ochii tai

Te sun,
Sa-ti spun
Ce simt acum
Alo, iubirea mea,
Sint eu, fericirea

Alo alo
Sint iarasi eu picasso,
Ti-am dat chip si sint voinic,
Dar sa sti, nu-ti cer nimic

Refr....
Mmmmmm


Digam lá que não pensavam que esta música era só ruido. Afinal também tem uma letra, e digam lá que não é bonita. LOL

Friday, January 07, 2005

A Ida do Homem à Lua

Recebi hoje um mail sobre a ida do Homem à Lua, numa versão um pouco diferente da que estamos habituados. Sei que parece uma história tirada de um episódio dos X-Files, de tão intrigante e conspirativa que é, mas é realmente estranhíssimo e não resisti a deixá-la aqui. Nem vou comentar (acho que estou demasiado estupefacta e incrédula para o conseguir fazer para já), mas espero pelas vossas opiniões... =P

Wednesday, January 05, 2005

Mão Morta - Tu Disseste

Tu disseste "quero saborear o infinito"
Eu disse "a frescura das maçãs matinais revela-nos segredos insondáveis"
Tu disseste "sentir a aragem que balança os dependurados"
Eu disse "é o medo o que nos vem acariciar"
Tu disseste "eu também já tive medo. muito medo. recusava-me a abrir a janela, a transpôr o limiar da porta"
Eu disse "acabamos a gostar do medo, do arrepio que nos suspende a fala"
Tu disseste "um dia fiquei sem nada. um mundo inteiro por descobrir"
Eu disse "..."

Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"

Tu disseste "agora procuro o desígnio da vida. às vezes penso
encontrá-lo num bater de asas, num murmúrio trazido pelo vento, no piscar de um néon. escrevo páginas e páginas a tentar formalizá-lo. depois queimo tudo e prossigo a minha busca"
Eu disse "eu não faço nada. fico horas a olhar para uma mancha na parede"
Tu disseste "e nunca sentiste a mancha a alastrar, as suas formas num palpitar quase imperceptível?"
Eu disse "não. a mancha continua no mesmo sítio, eu continuo a olhar para ela e não se passa nada"
Tu disseste "e no entanto a mancha alastra e toma conta de ti. liberta-te do corpo. tu é que não vês"
Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"

Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"

Tuesday, January 04, 2005

Queen - Innuendo

One two three four

Ooh ooh

While the sun hangs in the sky and the desert has sand
While the waves crash in the sea and meet the land
While there's a wind and the stars and the rainbow
Till the mountains crumble into the plain

Oh yes, we'll keep on trying
Tread that fine line
Oh, we'll keep on trying
Yeah
Just passing our time

Ooh ooh

While we live according to race, colour or creed
While we rule by blind madness and pure greed
Our lives dictated by tradition, superstition, false religion
Through the eons and on and on

Oh, yes, we'll keep on trying, yeah
We'll tread that fine line
Oh oh we'll keep on trying
Till the end of time
Till the end of time

Through the sorrow all through our splendour
Don't take offence at my innuendo

Duh duh duh duh duh duh duh
Duh duh duh duh duh duh duh duh duh duh duh

You can be anything you want to be
Just turn yourself into anything you think that you could ever be
Be free with your tempo, be free, be free
Surrender your ego - be free, be free to yourself

Ooh ooh, yeah

If there's a God or any kind of justice under the sky
If there's a point, if there's a reason to live or die
Ha, if there's an answer to the questions we feel bound to ask
Show yourself - destroy our fears - release your mask
Oh yes, we'll keep on trying
Hey, tread that fine line
(yeah) yeah
We'll keep on smiling, yeah
(yeah) (yeah) (yeah)
And whatever will be - will be
We'll just keep on trying
We'll just keep on trying
Till the end of time
Till the end of time
Till the end of time

Monday, January 03, 2005

Sérgio Godinho e Caetano Veloso - Lisboa Que Amanhece


Cansados vão os corpos para casa
dos ritmos imitados de outra dança
a noite finge ser
ainda uma criança
de olhos na lua
com a sua
cegueira da razão e do desejo

A noite é cega e as sombras de Lisboa
são da cidade branca a escura face
Lisboa é mãe solteira
amou como se fosse
a mais indefesa
princesa
que as trevas algum dia coroaram

Não sei se dura sempre esse teu beijo
ou apenas o que resta desta noite
o vento enfim parou
já mal o vejo
por sobre o Tejo
e já tudo pode ser tudo aquilo que parece
na Lisboa que amanhece

O Tejo que reflecte o dia à solta
à noite é prisioneiro dos olhares
ao cais dos miradouros
vão chegando dos bares
os navegantes
amantes
das teias que o amor e o fumo tecem

E o Necas que julgou que era cantora
que as dádivas da noite são eternas
mal chega a madrugada
tem que rapar as pernas
para que o dia não traia
Dietrichs que não foram nem Marlenes

Não sei se dura sempre esse teu beijo
ou apenas o que resta desta noite
o vento enfim parou
já mal o vejo
por sobre o Tejo
e já tudo pode ser tudo aquilo que parece
na Lisboa que amanhece

Em sonhos, é sabido, não se morre
aliás essa é a única vantagem
de, após o vão trabalho
o povo ir de viagem
ao sono fundo
fecundo
em glórias e terrores e venturas

E ai de quem acorda estremunhado
espreitando pela fresta a ver se é dia
a esse as ansiedades
ditam sentenças friamente ao ouvido
ruído
que a noite, a seu costume, transfigura

Não sei se dura sempre esse teu beijo
ou apenas o que resta desta noite
o vento enfim parou
já mal o vejo
por sobre o Tejo
e já tudo pode ser tudo aquilo que parece
na Lisboa que amanhece

Sunday, January 02, 2005

Pluto - Só mais um começo

Estamos de volta de bom humor
Sempre essa ideia na mente
É para lembrar o motivo
É que hoje sinto-me vivo
E seja porque motivo for
Porque motivo for
Porque motivo for...

É so mais um começo
Com teus dentes no chão...

Sempre na mira de um bom amor
Guarda essa ideia na mente
E esquece qualquer aviso
Um dia quando preciso
Voltas para que desejo for,
Para que desejo for...

É so mais um começo
Com teus dentes no chão...


É so mais um começo

Com teus dentes no chão...

Vamos levando até quando for desejo do desejo
Vai dizendo hoje eu vejo que amanhã é a maior mentira
Eu não sei o que eu quero e é por isso que eu procuro


Depois da passagem de ano, esta música foi aquela que consigo adaptar-me melhor... Enfim...

A passagem de ano...

Ainda estou mais ou menos sem palavras. Algo aconteceu, mas não sei ainda bem o quê. Preciso de tempo, então aí talvez possa referir aquilo que se passou. Não sei se é bom, não sei se é mau, mas noto que algo aconteceu. Agora é verdade que contra aquilo nada posso fazer, e nada nem ninguém me há de impedir de fazer aquilo que agora me ocorre. Talvez deixe a faculdade e vá trabalhar até para o próximo ano lectivo. Sei que talvez não seja a melhor hipótese, mas desilusões já são muitas, e a continuar aqui, ainda irei ver mais umas quantas. Odeio viver aqui, odeio amar aqui. Preciso de ar, preciso de vida, preciso de obter algo que me consiga governar. Não sei viver aqui, preciso de uma vida nova. Agora perdoai-me mas tenho de ir almoçar.
Não sei que faça, só o tempo dirá, só o tempo me fará ficar aqui...

Saturday, January 01, 2005

Passagem de ano

Só tenho uma coisa a perguntar... PORQUÊ???!!!

Amanhã talvez explique melhor, que agora tou com sono.

Novo Ano...

E pronto... A tão desejada noite de passagem de ano, para a qual muitos (principalmente muitas) se andaram semanas (talvez até meses) a preparar, acabou. No fundo, acabou por ser como tantas outras, se pusermos de lado a sua simbologia. Sempre achei estranha aquela sensação de ver toda a gente à espera de um intervalo entre dois segundos. Faz-me lembrar aquela sensação de se passar a fronteira entre dois países. Num momento estamos num, logo a seguir estamos no outro. Não há tempo para pensar "estamos a atravessar". Tal como, na passagem de ano, não há tempo para pensar "estamos a passar de um ano para o outro", porque num segundo estamos num, no outro já estamos no seguinte. A sensação que tenho sempre, quando me apercebo de que já estamos no novo ano, é de desilusão, porque parece que não deu tempo para saborear esse tal "intervalo", que, na realidade, nem sequer existe. Acaba a contagem decrescente, comem-se as passas, bebe-se o champagne comemora-se... e depois? É simplesmente... estranho.
Mas enfim... Já estamos em 2005. (Só me apercebi realmente desse facto quando hoje ao almoço olhei para o telemóvel e vi que alguma coisa estava diferente...) Vou deixar-me de divagações estranhas e desejar um bom ano para todos. Uma sugestão (não só para este ano, mas também para os restantes): MAKE LOVE, NOT WAR. :)