Tuesday, May 16, 2006

«Os políticos que criticam os jornalistas são tão importantes para a democracia como os jornalistas que não se intimidam com o poder.»

Por Rui Costa Pinto,
em
VisãoOnline.

3 comments:

Alexandre Carvalho said...

E já agora, importante é também aqueles que por estarem num certo posto, não pensarem que são melhores que os outros.

Como disse há uns tempos no meu blog em relação aos políticos: "Estar à frente da nação não significa estar acima dela". Uns dias depois, foi a debandada que se viu no Parlamento... Em boa hora o disse.

Porém, além daqueles jornalistas que n se intimidam com o poder (que são bons para a democracia, sem dúvida), há toda uma panóplia de so-called jornalistas, que por terem a função de comunicar factos e verdades tratam-nos como se estivessem acima deles. Dito de outra forma: distorcem e inventam verdades. Cada vez mais me deparo com notícias inventadas e não falo apenas dos tablóides e das revistas cor-de-rosa e do jornal 24 Horas.

Falo de várias 'notícias', sejam elas de caracter político (a cena do Fidel Castro então é tristemente cómico) e não só, em jornais de referência, sejam eles o Público ou o Expresso e o Washington Post, e o New York Times, e o the Guardian (que ainda assim não é dos piorzinhos), isto é, jornais de referência a nível mundial!

A era de comunicação que se iniciou com os telemóveis e com a internet só nos fez aumentar a sede de informação em vez de resfreá-la. Queremos saber coisas ao minuto (eu que o diga ando à espera de um mail importante tanto que esta semana vejo o meu mail 3x ao dia), e isto aumenta a expectativa, o que dá azo ao triste espectáculo que é a especulação explícita no jornalismo, no entretenimento no jornalismo e, por este conjunto de ideias, na palhaçada do jornalismo.

E peço desculpa por evocar o jornalismo de forma tão leviana, pois o que há hoje, mesmo em jornais de referência no mundo, não é jornalismo, mas o mais puro entretenimento, baseado na especulação, no sensacionalismo, e na palhaçada.

(achei que ficava bem num post que elogiava o jornalismo, tambem criticá-lo nos comentários:P)

Susana Nunes said...

A minha intenção com este post não era elogiar o jornalismo, mas ver se despertava uma discussão sobre a história do Carrilho... Isto porque achei piada ao artigo e, apesar de ter lido algumas coisitas sobre o assunto, estando fora do contexto, acho que não lhe cheguei à essência. Estava, portanto, à espera apanhar qualquer coisita nas reacções a este post...
Apesar disso, gostei do teu comentário, tens toda a razão naquilo que dizes! Nunca antes tive a mesma opinião como agora...


(Um pequeno à parte: é impressão minha ou estes códigos de segurança são cada vez mais incompreensíveis? Raramente lhes acerto à primeira!)

Alexandre Carvalho said...

Pah começando pelo fim, eu não tenho esse word verification pq não gosto destas coisas. Torna a coisa mais lenta, ainda para mais às vezes engano-me nas letras e aquilo dá-me um erro e eu perco o texto todo e fico com vontade de agredir o ecran (q n tem culpa nenhuma).

Qto ao Carrilho, peço desculpa mas não li o link que me deste pois não reparei nele... :P
E também não vou ler agora pq 15h05 e eu devia tar numa conferência sobre terrorismo à 45 mins... portanto e a modos que a minha opinião é sensivelmente a que o Manuel Maria Carrilho é hoje o que o Júlio Dantas era, e que foi tão bem(=acidamente) retratado por José de Almada Negreiros:

Carrilho é um pedante. Carrilho é meio pedante!

Uma geração que se deixa representar por um Carrilho, é uma geração que nunca o foi.

E há ainda quem não core quando diz admirar o Carrilho, e que lhe estenda a mão, e que lhe lave a roupa, e quem ainda não duvide que o Carrilho em inteligência é pim-pam-pum.

Basta, Carrilho Basta! PIM