Dizias que me amavas, apesar de ser pela internet... Saí de casa muito apressadamente, e fui ter à tua. Toquei para o teu andar, e passado um bocado desceste. Olhei-te nos olhos, peguei-te nas mãos. Passado uns segundos dávamos um beijo que chegava para queimar toda a serra de Sintra. Passado o beijo conversámos sobre tudo... o que se tinha passado? Estariamos loucos, cegos pela paixão? Ou era só eu? A minha casa instantaneamente, tornava-se tão distante da tua, apesar dos 30 minutos que nos separam parecia ser preciso um dia para lá chegar.
Agora acordado bem sei que foi só um sonho, infelizmente... Acontece a qualquer um poder-te amar de livre vontade. Acordei, desesperado, à tua procura, para te poder tocar só mais uma vez, atão aí poderia morrer feliz... Mas não, o sonho era só um sonho, e tinha acabado. Será errado amar-te? Se é errado, nunca mais quero estar certo. Adoro a tua pele, os teus olhos que transmitem segurança, e sobretudo aquele toque que me acalma quando penso em ti... Aqueces-me no frio Inverno que se aproxima. Aquele sonho que eu queria a sua eternidade, não até morrer, mas sim para sempre. Nos proximos séculos, milénios até... Para que depois de mortos, pudessemos continuar juntos, e saber que amar-nos-iamos até um dia acordarmos. Continuarei este meu sonho, e lutarei para que se torne real. Nunca me esquecerei de ti, nem no sonho, nem na realidade, pois continuarás sempre na realidade a ser a tal, a que eu mais desejo...
Alexandre MM Caetano
1 comment:
Bem... Se ainda há uns dias te queixavas de falta de inspiração, agora não o podes fazer... =P
Adorei o texto... Acho que descreve o que cada um de nós sonha a cada instante: encontrar na pessoa que julgamos amar (ou talvez até amemos mesmo, quem sabe?), a suposta "alma gémea", aquela pessoa que (supostamente, claro) nos foi predistinada e que, mais tarde ou mais cedo, inevitavelmente, voltará a fazer parte da nossa vida (ou morte). Aquela pessoa que nos completa de tal maneira, que, sem ela, sentimos que nos falta uma parte de nós mesmos.
Eu acho que já acreditei nisto um dia. Agora só gosto de pensar na hipótese de isso ser verdade. Parece-me que a vida real nos vai fazendo ver os nossos sonhos com outros olhos, mostrando-nos que há coisas que muito dificilmente serão realizáveis. Afinal, toda a gente se apercebe um dia de que o Pai Natal não existe, que os Contos de Fadas só existem nos livros e nos filmes.
Sobre este assunto, recomendo o livro «Só o Amor é Real» de Brian L. Weiss.
«Já aqui estive antes,
Mas quando ou como não sei dizer;
Conheço a relva para lá da porta,
O cheiro doce e penetrante,
O som sussurrante, as luzes junto à costa.
Já antes foste minha -
Há quanto tempo não sei dizer:
Mas no momento em que ao voo daquela andorinha
O teu pescoço curvou assim,
Algum véu caiu, - soube tudo dos tempos antigos.
Dante Gabriel Rossetti
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