Monday, March 09, 2009

Coimbra... II

Pois é... Tinha planeado ir a Coimbra este mês, e antes que gastasse o dinheirinho que estava reservado em coisas supérfluas ou inúteis, cá fui "de malas aviadas" direitinho à cidade da minha vida. Não sei o porquê de ser a cidade da minha vida. Não sei se foi por ter gostado de alguém de lá durante bastante tempo, se é só o facto da cidade me ajudar a acalmar. Gosto de lá ir quando tenho alguma desilusão maior ou algum problema que me esteja a impedir de dormir. Gosto de poder respirar aquele ar, de me lembrar todo o meu passado. Não sei porquê gosto de lá estar e só não farei lá vida se não tiver mesmo como.



Chegámos às 13 horas. Uma boa hora, porque ainda fomos comprar o nosso lanchinho, e seguimos o nosso almoço, que caiu que nem ginjas. Estava uma senhora neblina e um frio que se entranhava na roupa. Ainda assim fomos almoçar para a varanda do forum, que vê-se logo que está estratégicamente virada para a cidade. Parece mesmo um miradouro porque tem uma vista linda sobre a cidade. Até abre o apetite para passear por lá. Ainda ficámos um bom bocado a ver a cidade.

Após a merecida pausa seguimos ao Convento de Santa Clara. Hoje em dia também é o Museu da Marinha, que por muito estranho que seja, estava fechado. Quer o Museu, quer o Convento. Mas é o que digo, só mostra o estado da nação.




Vemos a estátua da Rainha Santa Isabel. Para quem não sabe, reina a lenda que esta Rainha, era alguém com grande coração que queria ajudar os pobres. O povo criou a lenda das rosas. Diz a lenda que a rainha numa das tentativas de ajudar os pobres, em que levava o seu manto cheio de moedas de prata, foi interceptada por um guarda do reino, que lhe perguntou "Que levais no seu manto senhora?" ao que a rainha lhe respondeu "São rosas, senhor". Quando a rainha vai mostrar o seu manto, no lugar das moedas estavam rosas. Daqui temos a vista sobre cidade e conseguimos ver o antigo Mosteiro, que está em reconstrução.

Depois, para mim uma desilusão. A Quinta das Lágrimas. Para começar é pago. Não que seja contra de pagar algo que até deve ser complicado manter, mas sim porque aquilo é um Resort de Golf e um Hotel. Acho que só daí a quinta está mais que paga. Mas pronto, tudo o que é dinheiro é bem vindo.




Na Quinta das Lágrimas, existe outra lenda. D. Pedro e Dona Inês de Castro viviam um amor proibido. Na Quinta existe a Fonte dos Amores. À saída desta Fonte, o chão tem a cor vermelha que se diz ser o sangue derramado por D. Inês após ter sido apunhalada com ordem de D. Afonso IV, pai de D. Pedro.




Seguimos à Universidade, como não podia deixar de ser. A mais velha Universidade do país. Também tem a vista sobre o Mondego, que mais uma vez nos deixa boquiabertos.





Fomos a seguir ao Jardim Botânico, que foi um cabo dos trabalhos para o encontrar. Era mesmo ao lado da faculdade, andámos lá à volta, mas como nos "apeteceu" ir passear, fomos dar uma dona volta por Coimbra, até chegar de novo à Universidade onde o carro ficou estacionado. O jardim é relativamente pequeno, sendo que a parte melhor, ou que pareceu ser melhor estava fechada. Não sei se por ser complicado manter toda a parte, ou se está simplesmente sempre fechada. Mas tinha caminhos que prometiam muito. É um ponto a rever pela administração local. Para finalizar o dia em Coimbra, fomos a uma parte relativamente recente, que é a zona ribeirinha.

Depois, como adoro ver o por do sol, seguimos à Figueira da Foz, onde nos sentámos numa esplanada junto à praia para assistir ao momento.




Para finalizar, o dia, uma viagem que demorou 5 horas, primeiro por virmos sem pressa, depois pela conversa e pela companhia. Fizemos ainda paragens em São Pedro de Moel, Nazaré e Peniche. De repente em Peniche, a Nau dos Corvos ganhou outro encanto, talvez por já ser noite fechada. 
Por alguma razão a considero a minha melhor amiga. Já nos aturamos há alguns anos e ainda assim ainda não se cansou de mim, é incrível. Ainda assim, somos confidentes um do outro, acho que sei tudo dela, e tenho a certeza que ela sabe tudo de mim. Uma autêntica enciclopédia. Adorei o dia. Muita conversa, muito desabafo, muito momento passado com as pessoas que pertenceram às nossas vidas. Muita conversa menos própria a menores de 18 anos. Eu confio totalmente nela, e espero que seja recíproco. Simplesmente um dia para repetir, com diferente destino. Porto? Será?




Os viajantes. Obrigado pelo dia!!

Alexandre MM Caetano

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