Sunday, January 08, 2006

Três Segundos De Uma Vida II

Falemos de ideiais. Existirá alguém que não os tem? Será que alguém gosta de seguir uma lógica de vida, e assim obter alguma paz de espirito? Devemos nós seguir algo ou alguém que nos faça poder ser uma pessoa melhor? Existem aquelas pessoas que tem ídolos, que os seguem como se fossem uma razão da sua existência. Existem outros que seguem um Deus, algo supremo em que acreditam. Pessoalmente, quando mais novo, quis ser alguém na vida, ser uma pessoa que até merece algum respeito, nem que fosse no meio de poucas pessoas. Mas não nos vale de nada. De que vale querer mostrar uma imagem que muitas vezes não somos? Será isso ideal à nossa vida? Talvez sim, talvez não... Depende de cada um, depende do estilo de vida que vivemos, ou queremos viver. Dentro deste capítulo, faz-me confusão aqueles adolescentes que elevam a Deuses aqueles/as rapazes/raparigas que cantam ou que representam e que fazem de tudo para conseguirem fazer tudo igual ao que estes "Deuses" fazem. Faz-me ainda mais confusão ao ver alguns pais a apoiarem estas ideias malucas dos seus filhos, ideias que são de tentar igualar os outros. Eu julgo que a vida é toda ela um caminho, e que apenas nos diferenciamos pela forma em que percorremos esse caminho, não pelas grandes coisas que fazemos, mas sim, pelas pequenas coisas.
E aquelas pessoas que não seguem nada? Sem ideiais. Eu próprio não sei se sigo algum ideal. Talvez siga um bocado de tanta gente, que completa um. Mas não sei se o sigo, se tento ir sempre atrás de alguém. Quanto a quem não tem, sinceramente, julgo que elas podem vir a ser melhores pessoas, porque são elas que se constroem, à sua maneira, não sendo "manipuladas" por quem seguem. Enfim, deixai cada um ser como mais gosta.
Alexandre MM Caetano

1 comment:

Susana Nunes said...

Duvido que haja alguém que não tenha ideais. Seguir uma lógica de vida não significa não os ter. Aliás, da maior parte deles nem sequer temos consciência. Estão tão enraizados na nossa cultura que já são apreendidos como naturais.
É claro que não vale de nada passar uma vida fingir sermos alguém que não somos (quanto a mim parece-me que isso nem é bem viver), mas isso também não significa que não mereçamos respeito ou que não consigamos ser alguém na vida (muito pelo contrário).
Acho que temos de fazer uma distinção entre ídolos e ideais e perceber que nenhum destes tem de ser necessariamente mau, especialmente quando é a adolescência que está em questão. Claro que querer forçamente ser igual a um ídolo não é nada bom sinal, mas pode-se ter ídolos positivos, uma motivação que nos leva a lutar pelos nossos ideais. Ao sabermos que alguém foi capaz de determinada coisa, torna-se mais fácil acreditar que também seremos capazes.