Esta semana é um horror que passa na minha vida. Não suporto isto, cada vez mais azares, cada vez menos certezas de ser alguma vez desejado, a não ser debaixo da terra. Tenho cada vez menos força para suportar este mundo. Tenho cada vez menos coragem para enfrentar que o mundo nos oferece. Não sei porque tudo acontece... Sábado soube que a minha psicologa morreu. Ninguém sabe do quê, mas ela teve o cuidado de avisar a maioria dos clientes que ia deixar de poder ajudá-los. Ela sabia que os seus dias estavam no fim. Boa mulher, não quis dar trabalho, e agora está, no Céu, ao lado de Deus em quem ela tanto acreditava (se alguma vez ler isto, mande um sinal cá para baixo). Agora, hoje, chumbo num miserável exame de código ao corrigir uma pergunta que tinha bem, e pus mal. Que miséria... E para mim, o pior, a perca de um amigo. Neste caso de uma amiga. Porque tem de ser o amor tão díficil de enfrentar? As pessoas fogem a esse tema, não gostam de o viver, e até parece que não gostam de o sentir. É verdade que dói e corrói as entranhas de um futuro que pode vir a ser promissor. Porque se foge de uma coisa que pode ser tão boa? Enfim... Não percebo as pessoas de uma geração igual à minha, mas que no entanto sinto que não lhe pertenço.
Já não sei se tenho de sofrer, ou sequer se nasci para sofrer. Acredito que tudo seja passageiro e apartir de um certo dia, tudo mude, que o Sól brilhe como um dia brilhou, como um dia se fez passar por entre um céu carregado de nuvens negras como terra que talvez nunca voltarão a desaparecer. Bem, o futuro trará o que eu mereço e logo verei a minha missão neste mundo de podridão.
Alexandre MM Caetano
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