Monday, October 17, 2005

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Digam-me o que se faz nesta puta de vida. Será que se espera uma morte que tarda a vir? Serei só eu ou nascemos para sofrer? Serei só eu que gosto deste sentimento maléfico de esperar algo que nunca vou ter? Não sei o que faço ainda neste mundo. Preciso que me agitem, que me façam acordar para um novo mundo que gira lá fora. Não consigo sair de um buraco que há muito me acolheu... Vejo uma luz lá em cima à qual não consigo chegar. Vejo o teu sorriso no meu olhar. Não posso, nem quero, nem preciso deste mundo. Não sei, mas faço de conta, que conheço este caminho como a palma da minha mão, mas simplesmente, nunca lá passei.
Desvio um bocado do meu sangue para um papel, engulo palavras há muito ditas, e nem sequer deviam ter saído. Cresço a aprender, aprendo enquanto cresço. Mas agora espero que o mundo me venha buscar, me tire desta cova, ou então que me tapem com terra e que eu morra para sempre, mas assim, não. Simplesmente não consigo... A morte que me dê o seu primeiro e último toque. Só me pergunto... Serei o único a desejar isto? Serei eu que não sei viver, ou será que o mundo é cruel para algumas pessoas? Não digo injusto, porque não sei julgar aquilo que fiz para me considerar injustiçado, mas que se decidam, ou morro, ou vivo, para sempre...
Já não sei o que faço aqui...

Alexandre MM Caetano

1 comment:

Alexandre Carvalho said...

Se não te importas, vou pôr um poema meu sobre o que acho que é o momento por que passas:


«This pressure on my throat
Doesn't let me breathe
I am suffocating
I have nothing to live for
I Can't seem to handle the problems ahead of me
I need to escape cause I'm too scared to see
But I Can't explain it
As you would not understand
The same old thought reborn in my head
The Same old wish to be dead
So I can stop being sad
So you can know I was mad
So you can excuse me for insisting
On to explain why did this
But I Can't Explain It
You would not understand»