Daqui desta Lisboa que é tão minha
Como de ti que a amas como eu
Mando-te um beijo naquela andorinha
Que em Março me entregou um beijo teu
Aqui neste jardim à tua espera
Como se não tivesses embarcado
Digo ao Outono que ainda é Primavera
E encho de buganvílias este fado
Num tempo que de amor é tão vazio
Há coisas que não sei mas adivinho
Um rio ali à beira de outro rio
Só um depois da curva do caminho
Tenho tantas saudades do futuro
De um tempo que contigo hei-de viver
Não há mar não há fronteira não há muro
Que possam meu amor o amor de ter
Friday, August 05, 2005
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