Monday, June 13, 2005

Sonho noite 12 para 13/06/2005

Mas que raio de noite. Sonhei que estava longe de casa, mas junto aos meus. Aos meus salvo seja, estava na Lousã, numa tarde solarenga. Estavamos eu e a minha prima (colaboradora deset blog) a falar, sobre a vida, sobre nós, e no meu nariz apareceu, subitamente, um cheiro particular. Um cheiro que não sabia de onde vinha, mas que conhecia. Segui o cheiro como um cão segue o dono, andei quilómetros em busca de uma pessoa, de algo, que tivesse aquele cheiro. Encontrei, vi-a e ela viu-me. Abracei-a, num abraço cheio de saudade e quem sabe de algo mais? Depois do abraço, escondi a cara onde escorriam duas lágrimas, uma pela saudade, outra pela revolta. Saudade porque já há imenso tempo que não a via, revolta porque não sabia onde me encontrava (psicológicamente). Sentei-me num pedaço de chão, esperando que te sentasses comigo. Mas a verdade é como o azeite. Apareceu um outro individuo, que ainda não tinha tido o prazer de conhecer. Era o outro. O pior segundo da minha vida aconteceu quando o vi. Seria verdade, aquela mentira que tinha vivido? Fiquei arrasado, mas levantei-me para o cumprimentar, saudei-o como a outra pessoa qualquer. Depois de uns minutos de conversa, foste embora abraçada a ele. Sentei-me novamente, totalmente devastado por uma noticia, inesperada para mim. A terra transformou-se em lama, e começou a escorrer pela serra abaixo. Com isto corri, e quando cheguei a casa enfiei-me na banheira, tomei um longo banho para me limpar de tudo aquilo em que pensado. Depois, saí, e sentei-me à lareira, onde me aninhei aos braços da minha ente querida. Queria um conforto, uma segurança inestimável, e sabia que obtinha isso ali. Após isto acordei...
Confesso que quando acordei, após ver as primeiras noticias do dia na internet, fui para o banho a pensar nisto. Não sei, e preferia que assim não fosse, se isto não será o meu subconsciente a fazer das suas. Será que ainda não morreu? No dia-a-dia não sinto nada, nem penso em coisas menos próprias, mas durante a noite ocorrem coisas como estas. Será que sim? Esperemos que não. No entanto pus aqui o texto não como um sonho, mas como o que aqui está, um texto. É um texto que é sentido, com coisas que julgo serem reais, outras impossíveis e outras que espero serem difíceis de se tornarem realidade. Agora digo que a quero ver, para me confirmar a mim próprio. Mas agora espero por um dia em que me sinta confortável, e pode ser que aí corra atrás dos meus ideais...

2 comments:

Susana Nunes said...

Sabes que, grande parte das vezes, os nossos sonhos não são "revelações" do nosso inconsciente que devam ser interpretadas à letra (se assim fosse, a minha vida seria bem mais complicada... =P). Muitas vezes, os nossos sonhos pegam em simples memórias, por vezes já quase "apagadas" ou sem grande significado, e recuperam-nas ou envolvem-nas na nossa realidade actual ou numa outra qualquer. Isto sem necessidade de haver qualquer lógica. Não podemos simplificar algo que não tem absolutamente nada de simples. Digo-te isto assim, com tanta certeza, porque realmente não posso ter dúvidas de que é verdade.

DaJe said...

O mundo dos sonhos é um tema que sempre me fascinou... Como é possível que a nossa mente crie tantos cenários, imagens, emoções... enquanto o resto do corpo está desligado? Incrível mesmo!
Quanto a interpretações e lógicas destes, nem me atrevo a comentar.
Penso que entendi o teu sonho, não sei é se entendi muito bem as tuas conclusões...