Tuesday, May 03, 2005

Tratado de Não Proliferação Nuclear

«A entrada em vigor do TNP em 1970 (com revisões de cinco em cinco anos), representou um marco para um mundo em clima de Guerra Fria. O tratado tinha como objectivo impedir a disseminação de armas nucleares além das cinco potências nucleares "declaradas" França, Reino Unido, China, EUA e União Soviética. Receava-se então que, sem este acordo, pudessem surgir outros 15 ou 20 estados "atómicos" em poucos anos.
Assinado por 188 países (com a saída da Coreia ficaram 187) o TNP visa ainda promover a cooperação no uso pacífico da energia nuclear e promover o desarmamento nuclear. Apenas três países no mundo não assinaram o TNP Índia, Paquistão Israel. Todos eles possuem armas nucleares (apesar de Israel nunca o ter admitido).
Ontem Annan sublinhou que a comunidade internacional deve rever o tratado de forma a que "não se aprofunde o fosso entre as promessas e a acção". Para dar uma nova dinâmica ao texto, o director geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Mohamed ElBaradei, propôs aos signatários do TNP para adoptarem uma moratória de cinco anos sobre a construção de novos centros de enriquecimento de urânio.
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Factos:
- O TNPN concede o direito de desenvolvimento de armas nucleares apenas a cinco países (EUA, Rússia, França, Reino Unido e China);
- A Rússia não tem cumprido as obrigações previstas pelo TNPN, que prevê o desmantelamento progressivo dos arsenais de cada uma das potências;
- O Irão afirmou este fim de semana que poderia retomar o enriquecimento de urânio;
- A Coreia do Norte, que se retirou do TNPN, afirmou recentemente possuir a bomba atómica e realizou domingo o ensaio de um míssil de curto alcance;
- Em resposta, Condoleezza Rice afirmou que os EUA têm meios de dissuasão "importantes e variados" para atenuar a ameaça nuclear norte-coreana.

Será que não vale a pena reflectir um pouco sobre isto?

1 comment:

Alexandre Caetano said...

Para quê? Não podemos preocupar-nos com possibilidades. Não podemos prever o futuro, e se a coreia lançar a bomba, "nós" cá teremos de aceitar os factos. Dificeis serão os tempos que viriam a seguir, com as áreas que ficariam afectadas pela radioactividade, mas nada contra isso podemos fazer. Eles que façam o que quiserem, não estamos num mundo livre? Então venham as realidades, e deixe-mo-nos de suposições.