Já reparam que hoje em dia os jornais e as revistas oferecem de tudo? Desde talheres e ferramentas a livros e CD's. É um fenómeno estranho. No entanto, o propósito deste post é falar-vos das últimas colecções que o Diário de Notícias e o Público têm lançado. Estou, obviamente, a falar de música. Com o primeiro, na semana passada, saiu o 1º número da BD Jazz, uma colecção de livros de BD sobre algumas referências do Jazz, com dois CD's incluídos. Neste caso, pudémos levar o Sr. Ray Charles para casa. E eu não consegui resistir. Depois do filme ("Ray"), nunca mais olhei para ele (e para a sua música) da mesma maneira. Apesar de não ter apreciado especialmente a BD, os CD's são realmente bons, daqueles que se ouvem vezes sem conta. Os próximos números serão sobre Ella Fitzgerard, Louis Armstrong. Sidney Bechet, Billie Holiday, Lester Young, Charlie Parker, Stang Getz, Oscar Peterson, entre outros.
Quanto ao Público, ontem saiu o 1º número da colecção Let's jazz em público (oferta com o jornal) e hoje sairá o 2º número. Esta colecção vai percorrer a história do jazz não apenas através de nomes essenciais (Armstrong, Parker, Dizzy, Ellington, Coltrane, Miles, Dolphy, Ayler), mas também através do papel dos instrumentos ou das vozes que ao longo dos anos fizeram do jazz história. Para cada instrumento foi convidado a escrever um músico da área: Sasseti para o piano, Laurent Filipe para o trompete, Paulo Curado para a flauta, Claus Nymark para o trombone, Carlos Martins para o sax tenor, Mário Delgado para a guitarra, entre muitos outros. Ao todo são 31 números (um deles inteiramente dedicado aos blues). O 1º, que estou a ouvir neste preciso momento, é um pequeno sumário da restante colecção, o que é muito positivo, pois o CD é bastante bom.
Mas vou agora ao ponto essencial: como é que dois jornais lançam duas colecções tão boas ao mesmo tempo? Assim não dá. Não há dinheiro para tudo (cada número da colecção BD Jazz custa quase 10€ e cada número da Let's jazz em público custa 6,50€ e são ambas semanais). Eu sei que a concorrência, hoje em dia, é mais importante do que o prazer e a nobreza de se "oferecer" algo de qualidade ao público, mas não é isso que se espera de dois jornais de referência.
Quanto ao Público, ontem saiu o 1º número da colecção Let's jazz em público (oferta com o jornal) e hoje sairá o 2º número. Esta colecção vai percorrer a história do jazz não apenas através de nomes essenciais (Armstrong, Parker, Dizzy, Ellington, Coltrane, Miles, Dolphy, Ayler), mas também através do papel dos instrumentos ou das vozes que ao longo dos anos fizeram do jazz história. Para cada instrumento foi convidado a escrever um músico da área: Sasseti para o piano, Laurent Filipe para o trompete, Paulo Curado para a flauta, Claus Nymark para o trombone, Carlos Martins para o sax tenor, Mário Delgado para a guitarra, entre muitos outros. Ao todo são 31 números (um deles inteiramente dedicado aos blues). O 1º, que estou a ouvir neste preciso momento, é um pequeno sumário da restante colecção, o que é muito positivo, pois o CD é bastante bom.
Mas vou agora ao ponto essencial: como é que dois jornais lançam duas colecções tão boas ao mesmo tempo? Assim não dá. Não há dinheiro para tudo (cada número da colecção BD Jazz custa quase 10€ e cada número da Let's jazz em público custa 6,50€ e são ambas semanais). Eu sei que a concorrência, hoje em dia, é mais importante do que o prazer e a nobreza de se "oferecer" algo de qualidade ao público, mas não é isso que se espera de dois jornais de referência.
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