Sunday, November 28, 2004

Perguntas...

Um post para uma algumas perguntas que, para mim, insistem em não ter resposta:
1- Existe o chamado amor eterno?
2- Como é que algumas relações, a que nós chamamos de longas (qualquer coisa superior a 2 anos) acabam de um momento para o outro?
3- Porquê ter sexo sem amor?
4- É possível manter uma relação à distância, mesmo sabendo das dificuldades?
5- Como é que se mantém um amor numa pessoa, mesmo quando nos damos tão bem, ou melhor, com outra que não é aquela pessoa que amamos?
6- Diz-se que o amor é repentino, será?
Algumas perguntas, a quais vou responder, dentro do meu ponto de vista:
1- Não, não existe. Eu não acredito nisso. Acho que chegada uma altura, o amor, transforma-se numa amizade duradoura, que às vezes já não sabemos distinguir de amor. Se existisse, porque é que haveriam tantos divórcios, ou casais separados, por esse mundo fora? Simplesmente não acredito nisso.
2- Como já disse na resposta anterior, para mim o amor fica saturado, e quando uma das partes começa a perceber isso, o melhor de tudo a fazer, ainda é dar tudo por acabado. Pode também ser devido a problemas repentinos, mas julgo que os problemas, conversando sobre eles, resolvem-se.
3- Acho que quanto a isto há várias respostas, mas eu dou uma simples: É o mais simples. Apesar que pode-se complicar. Já estive para estar dentro de uma relação dessas, ainda nos juntámos umas tantas vezes, mas sempre sem haver o chamado sexo. Não gosto daquela situação "pós coito", é embaraçoso, porque não existe aquele prazer que se tem, quando existe amor, para além que depois, no dia-a-dia nota-se uma certa cumplicidade, e as pessoas que nos rodeam também notam isso. Básicamente acabei com essa situação porque não havia, pelo menos para mim, condições para tal relação.
4- Depende da vontade de cada um. Já gostei de uma rapariga que mora longe (até relativamente perto de quem também contribui para este blog) e ainda gostei dela durante algum tempo. Depois, hoje em dia com as novas tecnologias, com construções de meios de acesso, tudo se torna mais fácil, pois agora existem os telémoveis, e podemos telefonarmos uns para os outros, quase sempre que queremos. Depois também acho importante, quando se vive quer dentro, quer fora de uma relação destas, a sinceridade. Não se deve ocultar a verdade, mesmo sabendo que podemos magoar os sentimentos da outra parte.
5- Às vezes tenho dificuldades em distinguir, ainda por cima nos dias que correm, quando nos atiram bocas acerca de outras pessoas, fico a pensar. Acho que só mesmo depois de um momento de solidão, de pensar naquilo que queremos é que podemos ficar a saber de quem gostamos. Mas mesmo assim, hoje em dia já prefiro dizer que não sinto nada de especial por ninguém, dadas as circunstâncias em que estou.
6- Para mim não, mas conheço pessoas para quem o é. Acho que só depois de conviver com uma pessoa depois de algum tempo é que nos podemos aperceber se gostamos dela ou não. Também acho que quando entramos numa relação de um momento para o outro, quase sem se ter nada planeado, a coisa tem mais probabilidades de dar para o torto. A mim, pelo menos, nunca me aconteceu gostar assim de uma pessoa repentinamente, ou se aconteceu, foi devido a circunstâncias muito especiais, quer por alguns gestos meus, ou dela.
Alexandre MM Caetano

2 comments:

Susana Nunes said...

Realmente estão aí perguntas muito boas perguntas, todas muito subjectivas, daí o já lhes teres dado resposta, segundo o teu ponto de vista.
1 - Eu, muito sinceramente, gosto de pensar que sim. Racionalmente duvido muito, mas «a esperança é a última a morrer». No entanto, parece-me que devem ser discutidos dois pontos importantes. Primeiro: o que é o amor? Segundo: o que é a tal "eternidade"?. Relativamente ao primeiro, é realmente muito subjectivo e, por si só, poderia dar origem a uma grande discussão, por isso podemos deixar isso para outro post. Quanto ao segundo, para os que não acreditam na vida após a morte, a "eternidade" seria apenas a duração de uma vida. O que me parece muito limitado. Mas toda a gente conhece histórias de amor de "uma vida inteira", logo, nesse caso, a resposta seria afirmativa, sem dúvida alguma.
2 - Uma vez mais, voltamos à pergunta: "o que é o amor"? Acho que todos nós já dissemos, pelo menos uma vez na vida, que amávamos alguém. Isso não sgnifica que continuemos a amar "esse alguém" actualmente. Até porque pode ter sido já mais do que um "alguém". Assim sendo, parece-me que existe mais do que um tipo de amor. Aquele, mais comum, que julgamos, por momentos, ser o "tal", mas que acaba por ter um fim, e aquele com que idealizamos, "eterno", mas que poucos têm a certeza de que existe. Para além disso, às vezes queremos tanto encontrar finalmente esse tal "amor eterno", que fazemos de tudo para que o amor que temos o seja. Por isso mesmo, é que se diz que «o amor é cego», pois passamos a ver apenas aquilo que queremos e não a realidade. Mas chega um ponto em que é inevitável abrir os olhos e depararmo-nos com a verdadeira realidade. Por isso, as relações não acabam de um momento para o outro, nós é que lutamos demasiado para as manter, mesmo quando já não vale a pena.
3 - Também não te sei responder a isso. Ninguém duvida de que é possível, mas o motivo é que já é mais indecifrável. Parece-me que existem pessoas que têm uma necessidade maior de satisfação física, superando muitas vezes a necessidade de satisfação afectiva. E, talvez por isso, sejam "adeptos" do sexo sem amor. Mas, sinceramente, não me imagino numa situação dessas. Provavelmente, porque a minha necessidade de satisfação afectiva supera grandemente a minha necessidade de satisfação física. Se bem que o que me parece ser o ideal é mesmo a satisfação das duas necessidades em simultâneo.
4 - Claro que é possível, mas é óbvio que depende do quanto se gosta da pessoa em questão e da reciprocidade desse sentimento.
5 - Nós não escolhemos quem amamos, senão todos escolheríamos os nossos melhores amigos, as pessoas com quem melhor nos damos, para amar. O que não falta para aí são pessoas que passam a vida a discutir, mas que são inseparáveis. Não me parece que a lógica seja muito adequada ao amor.
6 - Falas do "amor à primeira vista"? Não sei. É difícil de acreditar. Acredito que possa haver uma "química à primeira vista", mas amor não sei. Será que não será um pouco estranho dizer que se ama alguém quando não a conhecemos, quando não fazemos ideia de quais são os seus defeitos, as suas qualidades, a sua maneira de ser e de agir, os seus objectivos, o seu passado?

Pequenão said...

As minhas respostas:

1) O amor é eterno enquanto dura.
2) Normalmente não acabam de um momento para o outro - vão acabando e há um momento em que se assume o fim.
3) É praticamente uma necessidade fisiológica.
4) É muito difícil, já vi várias a acabar assim.
5) Manter o amor? -Acho que a expressão chave é "introduzir mudanças na relação".
6) O amor tem muito de fisiológico. Tal como uma necessidade pode ser repentino.