Tuesday, November 30, 2004

«Não há amor como o primeiro»

Há relativamente pouco tempo, numa das raras conversas minimamente interessantes que tenho tido no comboio, “descobri” o porquê do mito do “primeiro amor”. Até esta altura, não entendia muito bem por que é que este tinha tanta importância para tanta gente, nem o sentido daquelas “expressões-tipo” que no fundo, no fundo, não dizem nada a ninguém. Até que se fez luz. E percebi finalmente. O que há de tão importante, e que faz dele diferente de qualquer outro, é a “pureza”, na verdade a inexperiência, com que se vive esse tal “primeiro amor”. Porque, antes dele, não vivemos nada de semelhante, nunca experenciámos nada que nos possa servir de base, de conhecimento prévio. Então, vivemo-lo na sua essência, sem “esqueletos no armário” para nos assombrarem. Todos os amores e paixões seguintes já vão ser vividos de acordo com o que vivemos anteriormente, já temos “pré-conceitos” do que é bom e do que é mau, do que devemos ou não fazer, do que gostamos e do que não gostamos… E isso faz toda a diferença. É claro que todas as relações afectivas são diferentes, e em todas fazemos novas aprendizagens, mas é na primeira que adquirimos as “bases”, que fazemos as grandes descobertas.
Continuo a achar que a importância do “primeiro amor” é muito relativa, pode não ser assim tão significativo como nos tentam fazer pensar, mas parece-me que realmente se pode dizer que é, não único, mas mais único do que os outros.

Susana Nunes

4 comments:

Alexandre Caetano said...

O 1º amor... Eu discordo. Acho muito melhor ir ganhando experiência. Agora se falares do amor com quem tiveste a 1ª vez, isso já é diferente. Isso já é daquelas coisas que não se esquece. Mas sinceramente, não me lembro do meu primeiro amor, nem sequer, como foi a minha estadia com a minha 1ª namorada...

Susana Nunes said...

Porque é que tenho a impressão de que não percebeste aquilo que eu realmente quis dizer? Quem é que aqui falou no que é melhor ou no que é pior? Eu só fiz uma distinção, ponto. É mais do que óbvio que a experiência torna as coisas melhores (ou ninguém sairia do "primeiro amor") mas isso não foi para aqui chamado.

Alexandre Caetano said...

Pois... Então é possível que não tenha percebido.

Alexandre Carvalho said...

Concordo com todo o 'post' excepto o último paragrafo.
Acho q o primeiro amor vai influenciar todas as nossas próximas relações, na medida em q vemo-lo como uma referencia para a nossa abordagem a essas relações posteriores. Logo aí, a importância é notada. Se primeiro amor tiver, e se os conseguirmos analisar, pontos positivos nessa relação, será mais propensa a facilidade de capacidade para «nos metermos noutra» (n tou a ser porco aqui), do que se essa relação tiver corrido muito mal... Essa 1ª experiencia, esse primeiro contacto, vai ser determinante para a tal abordagem posterior por parte do indivíduo, na medida em q, pelo menos psicologicamente,por ter sido a 1ª experiencia do género, ficará nos gravada na memória durante longos tempos... Agr fico-me por aqui, n tou naqueles momentos em q me apetece argumentar (o Alexandre deve agr tar a dizer «Graças a Deus!») lol