Friday, October 01, 2004

José Castelo Branco

Quinta das Celebridades
ENCONTRO-ME COM HITLER


José Castelo Branco, ‘marchand‘, de 44 anos, revela, em entrevista ao Correio da Manhã, o enigma do romance que vai acabar de escrever no ‘reality-show’ da TVI.
CM– O José Castelo Branco tem dinheiro, é famoso, o que o levou a entrar na ‘Quinta’?
J.C.B. – Olhe, achei que era uma forma de me poder retirar, para escrever dois livros, um de memórias e um romance.
– E vai ter tempo?
– Claro, não vamos ser uns mouros de trabalho e eu escrevo muito depressa, tenho esse dom. Em vez de ouvir fofoquices vou estar debaixo de uma árvore, a escrever.
– Sujo de lama...
– De todo. Uma pessoa quando é chique é sempre chique. Nunca fui possidónio na vida, ando sempre com o último grito da moda e não vou deixar de ser quem sou neste concurso. Ainda agora fui a Nova Iorque, comprar as últimas peças da ‘saison’... E vou levar tudo novinho, da cabeça aos pés...
– É esse o tema do seu livro?
– Tem tudo a ver comigo. Começa no início do século XX, mais ou menos 1916/18, e agora estou a chegar à fase dos anos 30, quando vou conhecer o Hitler. Quer dizer, a minha personagem vai conhecer o Hitler e ele conhecer-me a mim e vou sofrer imenso com ele...
– Vão viver uma paixão?
– Vai ser o máximo [risos]. Não posso contar tudo, mas pode acreditar que será muito interessante.
– Em que medida?
– O livro tem muito humor e ‘glamour’ e vai mostrar aquele mundo glorioso das várias épocas, da Segunda Guerra Mundial aos nossos dias. É quase uma história da moda, que passa por Nova Iorque, Paris e Cuba, quando ainda era uma cidade fantástica, com episódios no Hotel Nacional e aquelas experiências todas... [risos].
– Está a rir porquê?
– Olhe, lembrei-me que vou para a ‘Quinta’ vender o meu produto. Aquele grupo tem gente que se quer divertir e outras pessoas que se fazem de ingénuas e não são nada. Lembre-se sempre, querida, do filme ‘All About Eve’, com a Bette Davis, em que a ingénua lhe rouba o lugar. Ingenuidade q.b...
– Admite que tem um fascínio especial pelo ‘glamour’ feminino...
– Basta olhar para a minha mulher. A Betty é linda, fascinante...
– É uma criação sua?– Não, de todo. É uma figura e sempre foi muito elegante. Por vezes compro-lhe coisas, pois adoro roupa de mulher e tenho muito bom gosto, mas sempre de acordo com ela. As pessoas é que são mazinhas e falam, pois quando a conheci ela acabara de enviuvar, estava deprimida, e usava peças escuras.
– O oposto da sua imagem...
– Repare, eu uso um estilo colorido mas clássico...
– De camisa aberta....
– Isso é a minha marca [risos].
– Vai andar assim, na ‘Quinta’?
– Não vou para a ‘Quinta’ mostrar os peitos nem abanar a anca. Acho é que não há nada mais bonito do que o ‘glamour’ e eu gosto de me sentir bem.


Correio da Manhã, 1 de Outubro de 2004

Inacreditável!!

2 comments:

Alexandre Caetano said...

Este gajo é uma bixa! Não gosto dele! :P

Susana Nunes said...

Porque será que me parece que ele consideraria isso um elogio?