Pois é. Existe um debate de urgência com a Sra. Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e esta em hora e meia de debate não consegue explicar o porquê da repetição de só duas das provas de exame, Química e Física. A Sra. Ministra em hora em meia, faz uma primeira intervenção com mais 3 minutos e meio dos 12 que lhe são concedidos, e andou enrolada à volta de um texto que notou-se que fora previamente feito, que nada tinha a ver com as perguntas dos deputados da oposição.
A principal questão deste debate para a oposição é o porquê de só os alunos de Química e Física terem direito à repetição na 2ª fase, ainda podendo concorrer na 1ª. A justificação dada pelo ministério para esta decisão foi que as médias nacionais terem sido mais baixas em relação ao ano passado, querendo assim dar uma nova oportunidade a quem gostaria de melhorar a sua nota em relação ao exame da 1ª fase. No entanto a média das notas relativas ao exame de História tinham sido 11% abaixo do ano passado, e as de Física acima da média do ano passado, tornando, automaticamente, estas justificações de todo descabidas.
A segunda questão, que está directamente ligada à primeira, deve-se à injustiça que os alunos da 2ª fase sentem por não poderem repetir o exame, pois muitos destes, vão só à 2ª fase por uma questão estratégica e que agora vêm alunos que já fizeram exame, subir as suas notas, subindo assim também as médias nacionais de entrada no Ensino Superior. Ainda dentro desta questão, outro problema. Os alunos que tiveram uma segunda hipótese, ainda vão concorrer ao Ensino Superior na 1ª fase, fase esta onde existe maior número de vagas, e ao concorrer nesta 1ª fase, vão tirar a vaga aos que decidiram só realizar o exame na 2ª fase. Julgo que é realmente muito injusto.
A terceira questão deveu-se aos próprios exames nacionais. Como é sabido, os alunos têm de ter o triplo do tempo que os professores demoram a realizar a prova. Os professores de Matemática demoraram duas horas a efectuar o exame da respectiva disciplina, o que faz com que os alunos tivessem de ter seis horas em vez das actuais duas. Os outros exames em questão foram os debatidos exames de Química, Física e ainda de História. Química e Física foram as disciplinas onde as mudanças curriculares foram mais evidentes, no entanto o conteúdo dos exames pouco ou nada tinha a ver com o que fora leccionado. No exame de História da 1ª fase, existia uma questão onde era apresentado um mapa do continente europeu, e pedido para esclarecer o quadro político. A crítica aqui feita, é que o mapa engloba desde regimes de ditaduras a regimes comunistas, e que aqui era uma resposta quase impossível de ser feita dada a confusão apresentada só pelo enunciado. Aqui a Sra. Ministra admitiu que nunca lia os enunciados dos exames, nem antes nem depois da sua realização, deixando esse trabalho aos seus encarregados. É evidente que estes encarregados, não andam a fazer o trabalho que lhes compete.
Uma última crítica que apresento, também feita pela oposição. O Ministério proibiu a apresentação de provas modelo em relação aos exames. Esta atitude deixou desde alunos a professores às cegas, sem saber com o que contar, visto ter existido a reforma curricular. Nem os professores sabiam como leccionar, nem os alunos tinham uma ideia do que encontrariam nesta altura.
Para concluir, digo que esta decisão é feita com muito pouco estudo, criando desigualdades entre os alunos do ensino secundário. Para variar o governo atirou a culpa para cima dos governos anteriores, mas se já sabiam deste problema, como admitiram que o sabiam, tiveram mais de um ano para o resolver, mostrando uma autêntica negligência ao nível da educação. É impossível que um governo chame, indirectamente, de ignorantes associações de professores que criticaram as provas (Exemplo), dizendo que o português aplicado era confuso, apelando a que os enunciados fossem encurtados para que os alunos tivessem o tempo necessário para realizar a sua prova de exame. É inadmissível que a Sra. Ministra da Educação, intervenha três vezes num debate em que nada esclarece, fazendo contradições sobre contradições e ainda não consiga esclarecer pais, alunos e professores, sobre esta decisão de beneficiar alguns alunos do ensino secundário. Mas a principal questão não foi respondida, e aqui a faço de novo. Porquê? Porque é que só Química e Física têm direito a repetição na 2ª fase?
Ainda outra questão para terminar. Porque é que esta decisão foi feita a nível político e não a nível pedagógico?
A principal questão deste debate para a oposição é o porquê de só os alunos de Química e Física terem direito à repetição na 2ª fase, ainda podendo concorrer na 1ª. A justificação dada pelo ministério para esta decisão foi que as médias nacionais terem sido mais baixas em relação ao ano passado, querendo assim dar uma nova oportunidade a quem gostaria de melhorar a sua nota em relação ao exame da 1ª fase. No entanto a média das notas relativas ao exame de História tinham sido 11% abaixo do ano passado, e as de Física acima da média do ano passado, tornando, automaticamente, estas justificações de todo descabidas.
A segunda questão, que está directamente ligada à primeira, deve-se à injustiça que os alunos da 2ª fase sentem por não poderem repetir o exame, pois muitos destes, vão só à 2ª fase por uma questão estratégica e que agora vêm alunos que já fizeram exame, subir as suas notas, subindo assim também as médias nacionais de entrada no Ensino Superior. Ainda dentro desta questão, outro problema. Os alunos que tiveram uma segunda hipótese, ainda vão concorrer ao Ensino Superior na 1ª fase, fase esta onde existe maior número de vagas, e ao concorrer nesta 1ª fase, vão tirar a vaga aos que decidiram só realizar o exame na 2ª fase. Julgo que é realmente muito injusto.
A terceira questão deveu-se aos próprios exames nacionais. Como é sabido, os alunos têm de ter o triplo do tempo que os professores demoram a realizar a prova. Os professores de Matemática demoraram duas horas a efectuar o exame da respectiva disciplina, o que faz com que os alunos tivessem de ter seis horas em vez das actuais duas. Os outros exames em questão foram os debatidos exames de Química, Física e ainda de História. Química e Física foram as disciplinas onde as mudanças curriculares foram mais evidentes, no entanto o conteúdo dos exames pouco ou nada tinha a ver com o que fora leccionado. No exame de História da 1ª fase, existia uma questão onde era apresentado um mapa do continente europeu, e pedido para esclarecer o quadro político. A crítica aqui feita, é que o mapa engloba desde regimes de ditaduras a regimes comunistas, e que aqui era uma resposta quase impossível de ser feita dada a confusão apresentada só pelo enunciado. Aqui a Sra. Ministra admitiu que nunca lia os enunciados dos exames, nem antes nem depois da sua realização, deixando esse trabalho aos seus encarregados. É evidente que estes encarregados, não andam a fazer o trabalho que lhes compete.
Uma última crítica que apresento, também feita pela oposição. O Ministério proibiu a apresentação de provas modelo em relação aos exames. Esta atitude deixou desde alunos a professores às cegas, sem saber com o que contar, visto ter existido a reforma curricular. Nem os professores sabiam como leccionar, nem os alunos tinham uma ideia do que encontrariam nesta altura.
Para concluir, digo que esta decisão é feita com muito pouco estudo, criando desigualdades entre os alunos do ensino secundário. Para variar o governo atirou a culpa para cima dos governos anteriores, mas se já sabiam deste problema, como admitiram que o sabiam, tiveram mais de um ano para o resolver, mostrando uma autêntica negligência ao nível da educação. É impossível que um governo chame, indirectamente, de ignorantes associações de professores que criticaram as provas (Exemplo), dizendo que o português aplicado era confuso, apelando a que os enunciados fossem encurtados para que os alunos tivessem o tempo necessário para realizar a sua prova de exame. É inadmissível que a Sra. Ministra da Educação, intervenha três vezes num debate em que nada esclarece, fazendo contradições sobre contradições e ainda não consiga esclarecer pais, alunos e professores, sobre esta decisão de beneficiar alguns alunos do ensino secundário. Mas a principal questão não foi respondida, e aqui a faço de novo. Porquê? Porque é que só Química e Física têm direito a repetição na 2ª fase?
Ainda outra questão para terminar. Porque é que esta decisão foi feita a nível político e não a nível pedagógico?
Alexandre MM Caetano
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