Entrem e rezem por mim
Porquê este título? Nem eu sei... Adorei esta imagem, adoro a morte. Admito que fico tantas vezes a pensar, o que seria o meio onde vivo se eu não existisse. Não que seja muito influente neste meio, julgo eu, porém dizem que a faculdade se torna uma seca quando eu lá não estou (evidentemente pessoal que me conhece e fala comigo).
Aquela imagem da morte, um ser em que é desconhecido a sua cara, expressão feitio. O toque, o leve toque que ele (ser) nos dá, é um toque misterioso, sem ninguém saber como é o após. Admito que gostaria de saber como é o sabor da morte. Mas pronto, enquanto não sou o escolhido, espero pelo seu toque, ansiosamente, para viver a morte à minha maneira.
Alexandre MM Caetano
2 comments:
A imagem é linda mesmo...
A imagem pode ser linda, mas o texto tem muito que se lhe diga. Não há quem não pense na morte, afinal é algo que ninguém pode evitar. Mas daí a viver-se à espera da morte vai uma grande distância. Quanto li "Mas pronto, enquanto não sou o escolhido, espero pelo seu toque, ansiosamente, para viver a morte à minha maneira.", a primeira coisa em que pensei foi: "Mas então, porque não te matas?". Eu sei que é duro ouvir isto e nem sequer é para ser levado a sério. O que eu quero dizer é que viver em função da morte não é viver sequer (talvez com a excepção das agências funerárias e dos coveiros), que temos de ter objectivos, desejos que superem a consciência que temos da efemeridade da vida. E estes podem não surgir naturalmente, por isso o ficar impassível, à espera que algo aconteça e que a nossa vida mude, pode não ser a melhor hipótese. Às vezes temos de os procurar.
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