SG Ventil e SG FiltroCigarros têm pesticida proibido
Que eles podem matar já todos estamos fartos de saber, estaríamos era longe de imaginar que os cigarros SG Ventil e SG Filtro contêm um pesticida, proibido na Europa desde 2001. A conclusão é de um estudo da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, divulgado pela RDP.
Em declarações à rádio pública, a investigadora Maria Teresa Vasconcelos revelou que resquícios de Dialdrin, um pesticida potencialmente cancerígeno, foram encontrados nas folhas de tabaco e nas partículas aspiradas resultantes da queima destes dois tipos de cigarros, produzidos pela Tabaqueira Nacional.
O estudo incidiu sobre quatro tipos de tabaco aleatoriamente escolhidos.
Maria Teresa Vasconcelos recorda que o Dialdrin foi proibido na Europa pela Convenção de Estocolmo, em 2001, e que o seu uso está também proibido na América desde 1983.
A Tabaqueira SA já recusou responsabilidades na eventual presença do pesticida proibido no tabaco, alegando que não cultiva a planta.
Dia Nacional do Não FumadorGoverno limita locais de fumo
No Dia Nacional do Não Fumador, o Executivo anuncia que será proibido fumar nos restaurantes, bares, locais de dança, unidades de saúde, farmácias, meios de transporte, instituições para idosos, escolas e locais de trabalho fechados. A nova legislação visa melhorar a «protecção da saúde dos não fumadores da exposição involuntária ao fumo passivo».
As novas regras são apresentadas hoje pelo ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, não se sabendo ainda a data exacta para entrarem em vigor. A par dos locais onde o fumo do cigarro passará a ser interdito, o Governo pretende também introduzir limites na actividade publicitária neste campo.
Será, assim, proibida «a promoção ou o patrocínio de campanhas de prevenção do tabagismo por empresas que comercializem produtos do tabaco, uma vez que os interesses destas empresas são inconciliáveis com o objectivo de proteger a saúde dos cidadãos», justifica o ministro da Saúde no documento que hoje apresenta aos demais elementos do Governo.
Também a assinalar o dia, o Hospital de São João, no Porto, revela que um em cada cinco médicos (23%) é fumador. A conclusão consta de um estudo feito pelo Serviço de Otorrinolaringologia, que apurou ainda existir uma maior incidência de clínicos fumadores nas áreas de clínica geral e familiar e de saúde pública.
As mulheres são as que mais fumam, sobretudo se vivem no Alentejo. A média de idades da maioria dos médicos fumadores ronda os 55 e os 64 anos. Os números revelados pelo estudo preocupam os responsáveis: «Os médicos deviam ser modelos comportamentais e esta não é uma atitude correcta e adequada», alerta o presidente do Conselho de Prevenção do Tabagismo, Pais Clemente.
Expresso, 17 Novembro 2004
Eu, como não fumadora, não dei uma importância muito grande quando li isto, talvez porque, pessoalmente, não me faz grande diferença (se bem que é claro que concordo com a «protecção da saúde dos não fumadores da exposição involuntária ao fumo passivo»). Mas pareceu-me que hoje não se falou noutra coisa, por isso, talvez seja realmente algo que mereça alguma atenção.
5 comments:
Bem, é obvio q concordo com a protecção do cidadão comum a tudo o q possa lhe ser prejudicial, incluindo neste campo o chamado fumador passivo. Mas q saber estabelecer limites. E não me parece sensato, digamos assim, proibir o acto, em - passo a citar: «restaurantes, bares, locais de dança»... Há q saber manter o equilíbrio, pq senão vejamos em q estabelecimentos fechados podemos fumar? Em nenhum, excepto a nossa casa! Queres um cigarro? Vai lá para fora! Tá a chover, tá frio? Azar... N me parece q seja a melhor forma de resolver isto, aliás, começa a tornar se mto semelhante á Lei Seca nos EUA á 70 anos atrás, com os resultados conhecidos! Só falta começarem a criarem-se os «salões de fumo». Eu como disse, sou a favor desta medida, mas n de forma tão drástica... Eu cá não gostava era de ser um velho caquético fumador q mal me podia mexer, a viver num lar de idosos... Lol Velhos caquéticos fumadores de todo o mundo, UNI-VOS! Lol perdoem-me o sentido de humor da parte final do comentário...:P
Qto aos pesticidas, quem deve ser responsabilizado juridicamente deve ser obviamente quem cultiva o tabaco. As tabaqueiras, embora responsáveis moralmente por não fazerem testes de qualidade do seu produto, n são para aqui chamadas legalmente. Sei q os produtos alimentícios são obrigados - em toda a UE - a serem submetidos a rigorosos testes de qualidade. Embora este ponto seja discutível, n considero o tabaco um género alimentício. Logo, n acho q as tabaqueiras sejam obrigadas por lei a fazerem esses testes de qualidade. Logo, repito, n devem ser as responsáveis legais deste processo, sendo q a moralidade é outra história diferente...
Primeiro, só um reparo: em muito locais de trabalho já existem mesmo essas «salas de fumo». Desde há uns anos para cá, que se começaram a difundir.
Segundo, a actualização das notícias de hoje:
«Substância encontrada nos cigarros faz parte de lista negra
PESTICIDA NOS SG É PURO VENENO
Adieldrina, o pesticida que, tal como o CM noticiou ontem, foi encontrado pela investigadora Maria Teresa Vasconcelos, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, nos cigarros SG ventil e SG filtro, a família de tabaco mais vendida em Portugal, faz parte de uma lista de 12 dos mais persistentes e bioacumuláveis poluentes do Mundo.
De tal forma que, em Maio de 2001, cerca de 100 Governos, entre eles o de Portugal, reuniram-se na Suécia e adoptaram um tratado internacional destinado a restringir e eliminar a produção, utilização e emissão deste e de outros poluentes. Antes disso, já Portugal tinha proibido o seu uso. Tal como refere um comunicado da Direcção-Geral de Saúde, foi “adoptada, em 1979, legislação comunitária, devidamente transposta para diploma nacional”.
É esta a lei que, segundo Rosa Bonacho, técnica da Associação de Produtores de Tabaco (APT), tem sido sempre cumprida em território nacional. “Posso garantir que não usamos essa substância. Ou seja, não foi o tabaco nacional responsável pela contaminação”, afirma.
Segundo a engenheira da APT, a produção nacional de tabaco é quase toda vendida à Agrotab, uma empresa propriedade da Tabaqueira e são os seus técnicos que “acompanham, supervisionam e dão apoio aos agricultores portugueses em todas as fases da produção”.
“Apenas uma pequena percentagem da produção nacional, cerca de 180 das seis mil toneladas produzidas, foi comprada pela Tabaqueira. A restante foi vendida para exportação”, acrescenta Rosa Bonacho.
Apesar das suspeitas já existentes sobre a presença de pesticidas no tabaco, foi a primeira vez em Portugal que um estudo provou, de forma inequívoca, que os cigarros contêm essa substância. “É extremamente preocupante”, afirma ao CM Pais Clemente, presidente do Conselho de Prevenção do Tabagismo, para quem o resultado do estudo não constituiu grande surpresa. “As folhas do tabaco vêm de toda a parte do Mundo e para serem conservadas usam-se os pesticidas.”
Aquele organismo, que apenas tomou conhecimento do estudo anteontem, Dia Nacional do Não Fumador, reúne esta manhã para discutir o trabalho e encontrar as melhores medidas a adoptar sobre o assunto. Mas antes das conclusões, Pais Clemente refere já que “se alguma dúvida houvesse sobre os malefícios do tabaco, elas cairiam agora por terra. Este é o maior trunfo para uma campanha de prevenção.”
A Direcção-Geral de Saúde promete manter-se atenta e refere em comunicado que “cabe à indústria tabaqueira garantir a qualidade dos produtos do tabaco”. No entanto, apesar das tentativas do CM para obter esclarecimentos, a Tabaqueira optou pelo silêncio.»
Correio da Manhã, 19 de Novembro de 2004
Quanto a isto só digo que a Patrícia mudou de marca de tabaco, depois de saber estas notícias... lol
LOl... é só para informar que o "anonymous" que fez o 3º comentário sou eu.... =P Não percebi porque raio ficou em "anonymous".
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