"Como já foi noticiado na Comunicação Social, o governo tem a intenção de introduzir portagens nas SCUTS, ou seja, nas estradas ou variantes de ligação que foram construídas com perfil de auto-estrada, mas que foram feitas porque o trânsito era caótico derivado ao número exorbitante de veículos que encurralavam todo o país, sobretudo as cidades e povoações derivado ao estado miserável no qual se encontram as estradas nacionais e municipais, onde é quase impossível circular, sendo as deslocações quase impossíveis, com grandes transtornos e prejuízos incalculáveis para as empresas e utentes.
Mas essas vias foram construídas como alternativas para descongestionar o trânsito, facultar a circulação e facilitar umas ligações mais rápidas porque senão o país corre o risco de ficar parado, pois nunca como agora houve tanto tráfego e circulação de veículos, mesmo transportes rodoviários que no fundo contribuem para o desenvolvimento do país.Ora o governo anterior e as autarquias tornaram decisões acertadas em construir essas vias rápidas alternativas com o apoio financeiro da Comissão Europeia para bem de todos e sobretudo para que haja mais desenvolvimento no país, e agora este governo alega ter custos de milhões de euros para as conservar, querendo por em prática o sistema do utilizador pagador com portagens, quando essas infra-estruturas já estão pagas e continuam a ser pagas com os nossos impostos e taxas que nos são cobradas, alegando agora ter razões quando as taxas e impostos cobrados ultrapassam centenas de vezes o custo dessas infra-estruturas todas juntas, mesmo aquelas que se venham a construir. Seria uma questão de bom senso o Estado dizer quantos biliões de euros tem de benefícios com a venda e circulação de todos os veículos, incluindo os transportes rodoviários, mesmo que sejam estrangeiros, e com o turismo.Basta dizer que cada veículo vendido, incluindo camiões e autocarros, o Estado cobra as taxas mais caras da Europa como o I.A., taxa de importação, IVA e registos dos veículos, mais as taxas que cobram nas peças e reparações, Imposto de Selo, Seguro, taxas exorbitantes dos combustíveis e derivados, não esquecendo que as gasolineiras, as companhias de seguros e agentes ligados ao ramos pagam impostos e taxas e são contribuintes; para além disso as empresas e utentes pagam o IRS, IRC, IVA, etc., não esquecendo as multas e infracções, como os bancos que financiam as vendas ou compras e os custos dos créditos, sem esquecer os milhares de pessoas que trabalham nessas empresas ligadas ao ramo automóvel, e até as próprias fábricas e escritórios. Não é sério dizer que o Estado tem milhões de prejuízos quando o sector automóvel é um negócio incontestável para o governo e que são as vias rápidas ou SCUTS que esvaziam os cofres do Estado, mas ao que parece este novo ministro não analisou quanto é que o Estado tem de benefícios, pois só encontrou prejuízos e teve a leviandade de dizer que o utilizador tem de ser o pagador se tudo está pago, e continua a ser, sem esquecer os fundos comunitários. Parece que os interesses comerciais e financeiros é que se estão a sobrepor aos direitos de cidadania, uma vez que nos outros países da Europa existem milhares de quilómetros em cada país de SCUTS ou vias rápidas sem portagens e só as auto-estradas é que são pagas, mas as auto-estradas são uma alternativa suplementar e só as apanha quem quer, porque alternativas não faltam e boas. Por isso as variantes ou SCUTS são vias de circulação normais e nada têm a ver com as auto-estradas, mesmo que tenham um certo perfil, nem tampouco são o desastre da economia portuguesa, ou então os ministros só andam de avião, e não conhecem a realidade dos outros países da Europa. Não se pode confundir vias de acesso rápidas, que são uma mais valia para o desenvolvimento do país com outra coisa qualquer, porque se não existissem o país estaria parado e seria um país ainda mais pobre do que é actualmente, em todos os sentidos.Os veículos, quer sejam de transporte quer de turismo, são os maiores geradores de riqueza para o país e enchem os cofres do Estado, porque o trabalho e o turismo são os maiores contribuintes que enriquecem e desenvolvem o país. Acho que deve haver um problema de matemática nos estudos que foram feitos porque os benefícios se sobrepõem aos prejuízos e a argumentação apresentada não é mais que uma retórica conhecida pelos contribuintes."
in http://www.jornaldeespinho.pt/index.asp?idedicao=66&idSeccao=569&Action=seccao
Agora é assim. Será que o que nós pagamos não chega? Aidna vamos ter nós que pagar? O pior até nem é isso, mas sim aquilo que o povo se queixa. Onde estão as alternativas? Eu uso uma, ainda, SCUT para ir para a minha terriola, é verdade que tenho alternativas, recorrendo a outras estradas. Mas se formos ver, por exemplo o caso dos Albicastrenses, não tem outro remédio se não de pagar e não reclamar. Como é evidente, estes podem sempre usar aquelas estradas antigas que sem a manutenção devida, estão num estado de total degradação.
Monday, November 08, 2004
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9 comments:
Antes de mais, não posso de deixar de fazer referência à qualidade do texto desta notícia. Acho que se a minha prof. de Técnicas de Expressão Escrita visse isto suicidava-se... Mas, a mim, até me faz sentir bem. Saber que há jornalistas profissionais que escrevem "tão bem" só me motiva. =P
Quanto à notícia em si, é óbvio que ninguém está de acordo. Não podemos pagar por algo que já pagámos, mas ir por aí seria falar, também, na saúde e, uma vez mais, na educação, por exemplo. Para além disso, também é certo que não deveriamos pagar por andar em estradas que não têm outras em alternativa, ou, quando as têm, estão completamente degradadas e sem condições mínimas.
Para esta medida poder ser minimanente justa, teriam de ser feitos grandes desenvolvimentos a nível das vias rodoviárias e da rede de tranportes públicos.
Houve uma cena que não percebi... Transportes publicos? Porquê?
Porque se houver uma boa rede de tranportes públicos, com a introdução das portagens nas SCUTS, as pessoas vão começar a deixar de andar tanto em carros privados, o que é bom, não só para a economia, como para o ambiente.
Mas nas SCUTS só iriam andar transportes publicos do tipo III, logo não iria influenciar em quase nada...
Por isso mesmo é que falei no desenvolvimento da rede de transportes públicos. Porque raio só poderão andar nelas os do tipo III?
Porque são os de longo trajecto. Logo não afecta em quase nada.
Não é isso. Pelo que eu percebi, existe muita gente que mora nos arredores das grandes cidades, que utiliza as SCUTS para ir para o emprego. Se existissem redes de transportes públicos bem desenvolvidas, acho que com a aplicação das portagens, estas seriam muito mais procuradas do que os tranportes privados, não?
Vou-te dar 1 conselho... Vives em Portugal, Alô, Acorda! lol
Isso parece algo que eu te diria e não tu a mim. =P Mas, como deves ter percebido, eu tava a falar de uma situação hipotética , obviamente...
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