Tuesday, November 30, 2004
O Sexo
«Não há amor como o primeiro»
Continuo a achar que a importância do “primeiro amor” é muito relativa, pode não ser assim tão significativo como nos tentam fazer pensar, mas parece-me que realmente se pode dizer que é, não único, mas mais único do que os outros.
Monday, November 29, 2004
Aquarela
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul
Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando,
é tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
e se a gente quiser ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega no muro
e ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida,
depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela niguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
de uma aquarela que um dia enfim
descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá)
e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá)
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (e descolorirá)
Sunday, November 28, 2004
Perguntas...
Saturday, November 27, 2004
Sunday, November 21, 2004
«Diário de uma celebridade: a missa e o estacionamento»
Estrábico
mas fica a impressão inconsciente de outros tempos,
e da tua imagem, no meu olho vesgo.
Vejo tudo em dobro, e assim a televisão
conta-me sempre coisas em demasia...
Vivo parado, vivo em correria
dentro da casa, fora, na rua,
longe de ti, perto da gente
transeunte e fria aos meus olhos desviados...
Minha visão é dupla, e meus gritos são silenciados
pela carne crua da TV, todos os dias.
E tudo se borra, de repente,
e me acomodo e agradeço a quase cegueira,
ao anoitecer, na sala vazia.
(Se tenho medo, disfarço e olho as plantas na janela, testemunhas verdes da perene indecisão.)
Sempre ponho os óculos, e os tiro logo, comovido.
Eles atrapalham-me e consomem o pouco de magia que ainda me sobra,
fazem-me ver com nitidez tudo o que não quero.
E se às vezes penso um pouco, a alma arrefece
e estarreço com o meu papel,
e o juízo falha, por ter desaparecido
a nitidez dos primeiros dias.
Sabes, querida? Anseio por perder a razão
pouco a pouco, ou de uma só vez.
Temo ter pra sempre a visão exacta e estreita
da realidade dessa minha vida,
da programação direccionada dos meus dias,
... a menos que, na minha tela antiga,
voltes a estrelar nosso show diário de variedades...
E te mostres em corpo inteiro, menos descabida,
mais singela, plena de luzes
e cores,
como nos vídeos, lembras-te?
Os nossos piqueniques nos fins-de-semana ensolarados,
quando éramos apenas apreciadores românticos
das nossas paisagens e cenários,
feitos com a tinta dos gestos,
e os meios-tons dos nossos corpos entrelaçados...
Friday, November 19, 2004
O jantar...
Portishead - Glory Box
Playing with this bow and arrow,
Gonna give my heart away,
Leave it to the other girls to play.
For I've been a tempteress too long,
Oh yeah,
Give me a reason to love you,
Give me a reason to be a woman,
I just want to be a woman
From this time unchained,
We're all looking at a different picture,
Through this new frame of mind,
A thousand flowers could bloom,
Move over and give us some room
Give me a reason to love you,
Give me a reason to be a woman,
I just want to be a woman
So don't you stop being a man,
Just take a little look from outside when you can,
Sow a little tenderness,
No matter if you cry
Give me a reason to love you,
Give me a reason to be a woman,
I just want to be a woman
(Its all I want to be, a woman),
So I just want to be a woman,
For this is the beginning of forever and ever,
Its time to move over now,
(So I want to be)
I'm so tired of playing,
Playing with this bow and arrow,
Gonna give my heart away,
Leave it to the other girls to play.
For I've been a tempteress too long,
Oh yeah,
Give me a reason to love you,
Give me a reason to be a woman.
Natal
Mas, é do conhecimento de todos que o Natal não é só isto (infelizmente). Existe ainda a sua dimensão religiosa e a sua dimensão comercial.
Quanto à religiosa, o verdadeiro significado de Natal prende-se com o nascimento de Cristo, que veio ao Mundo com um único propósito: «o de justificar os nossos pecados através da sua própria morte. Nesses tempos, sempre que alguém pecava e desejava obter o perdão divino, oferecia um cordeiro em forma de sacrifício. Então, Deus enviou Jesus Cristo que, como um cordeiro sem pecados, veio ao mundo para limpar os pecados de toda a Humanidade através da Sua morte, para que um dia possamos alcançar a vida eterna, por intermédio Dele, Cristo, Filho de Deus». Inicialmente, a Igreja Católica não comemorava o Natal. Foi em meados do século IV d.C. que se começou a festejar o nascimento do Menino Jesus, tendo o Papa Júlio I fixado a data no dia 25 de Dezembro, já que se desconhece a verdadeira data do Seu nascimento.
Quanto à sua dimensão comercial, parece-me que é bem visível, mais do que outra qualquer. As lojas passam a estar abertas 24h por dia, as pessoas abrem os cordões às suas bolsas e gastam tudo o que têm (e, por vezes, o que não têm), só porque “parece mal” não se oferecer algo que tenha um valor comercial razoável. Mas e o valor sentimental? E a história do que “o que conta é a intenção” onde fica? Será que deixou de ter importância?
Pessoalmente, eu sou muito afectada pelo espírito natalício, talvez por ser aquela época do ano que melhores recordações me traz. Haver uma noite no ano em que se consegue fazer que uma família, demasiado grande e extremamente complicada, mantenha uma relação minimamente “simpática”, é bastante reconfortante (independentemente das razões pelas quais isso acontece). O simples facto de nos conseguirmos reunir por umas breves horas e todos fazerem um esforço (que poderia muito bem ser feito todos os dias do ano, mas isso é outro assunto) para serem “cordiais” uns com os outros, é um bom motivo para se gostar do Natal. Aqueles rituais de se “fazer a árvore”, de se estar reunidos em volta da lareira, de abrir as prendas à meia-noite, de se ficar acordado até às tantas da manhã, a falar-se dos “bons velhos tempos” e a ouvir-se os avós a contar as histórias da juventude deles, são algo de raro e de “único”, pelo menos ao longo de um ano inteiro. Pena que aconteça apenas como justificação de ser dia 25 de Dezembro.
É exactamente o mesmo quando se fala do “cessar-fogo” nas guerras, apenas por causa de “ser Natal”. É claro que é algo de positivo, mas é um pouco estranho fazê-lo apenas por algo que a maioria das pessoas nem sequer sabe muito bem o que significa. Não se cessa fogo quando morrem milhões de pessoas, não se cessa fogo quando se destroem milhões de lares, não se cessa fogo quando há milhões de desalojados, não se cessa fogo quando os soldados já não aguentam mais e já nem sabem qual é o motivo da sua luta, não se cessa fogo quando apenas duas pessoas (ou até mesmo uma) querem realmente que a guerra continue. Mas: “É Natal, TEMOS de cessar fogo.”. Porquê? Não me parece que seja algo muito coerente. Supostamente o Natal é uma celebração católica, logo, se se toma uma decisão de acordo com os princípios e valores desta religião, estes teriam de ser aplicados todos os dias, e não apenas num dia por ano.
Susana Nunes
Thursday, November 18, 2004
Tabaco
SG Ventil e SG FiltroCigarros têm pesticida proibido
Que eles podem matar já todos estamos fartos de saber, estaríamos era longe de imaginar que os cigarros SG Ventil e SG Filtro contêm um pesticida, proibido na Europa desde 2001. A conclusão é de um estudo da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, divulgado pela RDP.
Em declarações à rádio pública, a investigadora Maria Teresa Vasconcelos revelou que resquícios de Dialdrin, um pesticida potencialmente cancerígeno, foram encontrados nas folhas de tabaco e nas partículas aspiradas resultantes da queima destes dois tipos de cigarros, produzidos pela Tabaqueira Nacional.
O estudo incidiu sobre quatro tipos de tabaco aleatoriamente escolhidos.
Maria Teresa Vasconcelos recorda que o Dialdrin foi proibido na Europa pela Convenção de Estocolmo, em 2001, e que o seu uso está também proibido na América desde 1983.
A Tabaqueira SA já recusou responsabilidades na eventual presença do pesticida proibido no tabaco, alegando que não cultiva a planta.
Dia Nacional do Não FumadorGoverno limita locais de fumo
No Dia Nacional do Não Fumador, o Executivo anuncia que será proibido fumar nos restaurantes, bares, locais de dança, unidades de saúde, farmácias, meios de transporte, instituições para idosos, escolas e locais de trabalho fechados. A nova legislação visa melhorar a «protecção da saúde dos não fumadores da exposição involuntária ao fumo passivo».
As novas regras são apresentadas hoje pelo ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, não se sabendo ainda a data exacta para entrarem em vigor. A par dos locais onde o fumo do cigarro passará a ser interdito, o Governo pretende também introduzir limites na actividade publicitária neste campo.
Será, assim, proibida «a promoção ou o patrocínio de campanhas de prevenção do tabagismo por empresas que comercializem produtos do tabaco, uma vez que os interesses destas empresas são inconciliáveis com o objectivo de proteger a saúde dos cidadãos», justifica o ministro da Saúde no documento que hoje apresenta aos demais elementos do Governo.
Também a assinalar o dia, o Hospital de São João, no Porto, revela que um em cada cinco médicos (23%) é fumador. A conclusão consta de um estudo feito pelo Serviço de Otorrinolaringologia, que apurou ainda existir uma maior incidência de clínicos fumadores nas áreas de clínica geral e familiar e de saúde pública.
As mulheres são as que mais fumam, sobretudo se vivem no Alentejo. A média de idades da maioria dos médicos fumadores ronda os 55 e os 64 anos. Os números revelados pelo estudo preocupam os responsáveis: «Os médicos deviam ser modelos comportamentais e esta não é uma atitude correcta e adequada», alerta o presidente do Conselho de Prevenção do Tabagismo, Pais Clemente.
Expresso, 17 Novembro 2004
Tuesday, November 16, 2004
Saturday, November 13, 2004
Há tanto tempo...
Placebo - My Sweet Prince
Never thought you'd make me perspire
Never thought I'd do you the same
Never thought I'd fill with desire
Never thought I'd feel so ashamed
Me and the Dragon
Can chase all the pain away
So before I end my day
Remember
My sweet prince
You are the one
My sweet prince
You are the one
Never thought I'd have to retire
Never thought I have to abstain
Never thought all this could backfire
Close up the hole in my vain
Me and my valuable friend
Can fix all the pain away
So before I end my day
Remember
My sweet prince
You are the one
My sweet prince
You are the one
You are the one x4
Never thought I'd get any higher
Never thought you'd fuck with my brain
Never thought all this could expire
Never thought you'd go break the chain
Me and you baby
Used to flush all the pain away
So before I end my day
Remember
My sweet prince
You are the one
My sweet prince
You are the one
You are the one (repeat God knows how many times)
My sweet prince
My sweet prince
Clã - Código de Barras
Deixa que o silêncio faça parte de nós
deixa que o silêncio
seja parte de nós
funda e indizível
porque não estamos sós
apenas a só
e até se dispensa a voz
deixa que ele seja
um espelho fiel
do que sinto por ti
basta um gesto de mão
só um olhar
p'ra mostrar a paixão
e se eu te mentir alguma vez
é porque nos lançam amarras
é para iludir o video oculto
que nos segue lá do alto
e nos traduz em barras
num código de barras
num código de barras
assim nem eu nem tu
teremos um amor captável
pelo serviço secreto
será indetectável
jamais será cifrável
ao abrirmos a boca
será como o previsto
e até a felicidade
será a que anunciam
na publicidade
e se eu te mentir alguma vez
é porque nos lançam amarras
é para iludir o video oculto
que nos segue lá do alto
e nos traduz em barras
num código de barras
num código de barras
Friday, November 12, 2004
Boss AC - Anda cá ao pápá
Anda cá vem ao papa (anda ca ao papa)
I want you to be my baby
Tu sabes quem és
Anda cá (ha) vem ao papa (eu ainda me lembro)
I want you to be my lady
Era sabado a noite
Nem vontade tinha pa comer
Fechei-me no meu quarto
Pus um filme para me entreter
Não tinha sono(Toc Toc Toc) (Quem é) Bateram a porta
Os meus dread's surguiram para irmos dar uma quicorta
Tanto insestiram que acabei por ir
Vou-me vestir
Pensando bem para tar assim mais vale sair
Pegamos um tarifa era quase uma hora
Pensei que a disco ia estar vazia
mas estava a deitar por fora
Entrei com o meu povo
Palito na boca akela base
Abanquei-me num coro
sem dizer uma única frase
Bué-da damas e mais damas por todo o lado
Vestido apertado mas não tou interesado
No meu de tanta gente estava tão sozinho
Levantei-me num coro (elá) vite no meu caminho
Corpo perfeito alta mulata de caracois
Pernas de sonho yesss baby gandas faróis
Olhei-te bem nos olhos mas estava acompanhada
Sorris-te sem dar estrilho para não seres apanhada
mas apanhei-te comé desmarca lá o teu namoro (iii hãa)
deixa-me ser o pirata para tu seres o meu tesouro
mas ele pegou-te no braço levou-te pa longe de mim
quando te vi bati mal e sei que tambem ficas-te assim
beijei-te nas calmas mas puseste-me a toa (a toa haa)
quem te mandou ser tão boa agora não sei o que vou fazer (qué que vou fazer)
tenho que arranjar maneira de te conhecer (haaa)
Anda cá (humm) vem ao papa (o nosso segredo baby)
I want you to be my baby (anda cá ao papá)
Anda cá (já viste) vem ao papa (ninguém precisa saber)
I want you to be (anda cá) my lady (hahaãa)
Estavas no bar enconstada a beber pisaganbom
Aproximei-me e disse 'baza dançar este som' (este som)
o teu dread tava no WC, bora po cantinho que ele lá não nos vê
hesitas-te por instantes pensei que não me querias
mas quando me deste a mão vi que estava nos meus dias
apertei-te, senti o teu coração a bater (a bater)
o beijo quase a acontecer
os nossos lábios tão perto mas não podia ser ali
embora pensasse nisso desde o momento em que te vi(hhu)
bora lá fora aqui dentro está calor
'e pelo caminho imaginava o teu sabor'
sais-te primeiro pa não dar estrilho fui atrás
se o teu dread surguir dás-lhe a dica que estás mal disposta
vais apanhar um ar (hahahaa) e se ele desconfiar
diz-lhe que te espere no bar (yeee)
Anda cá (hum)vem ao papá (eu e tu)
I want you to be my baby (anda cá ao papá)
Anda cá (hum)vem ao papá (mua e trua)
I want you (baby) to be my Lady (tu sabes quem és..... baby)
Não demos estrilho saimos eu e tu mua e trua
Quero que sejas mamã anda cá ao papá
Olha essa escada escura comé bora até lá
Deitei-te no chão mas imaginei-te no sofá
Á o esse teu corpinho
mordi-te a orelha enchi-te de carinho (ha)
ouvi-te gemer como uma porta entre-aberta
a penda de seres descoberta deixou-te os sentidos alerta
esplorei o teu corpo como um patrão explora o empregado
descobri pontos fracos em ti (AC) por todo o lado
quieto não pude ficar quando me tocas-te daquela maneira
tomas-te o controlo passas-te a fronteira
tu foste a lenha da minha fogueira a terceira
disses-te que o teu namorado
devia tar a tua procura preocupado
arranjas-te a saia pintas-te os lábios retrovisor
mas não quis que te fosses embora sem dizer que adorei o teu sabor
abraçaste-me o teu olhar disse tudo (disse tudo)
contigo senti-me veludo
foste andando em direcção a discoteca
uns minutos depois vim também a pensar em ti boneca
não vou contar a ninguém o nosso bocado (a é?)
derrepente vi-te a sorrir abraçada com o teu namorado
eu sabia o porque te tanta alegria
mandei-te um beijo descreto e despedi-me até um dia (até um dia)
Anda cá (hum) vem ao papá (qué que queres que eu diga)
I want you to be (tu sabes comé) my baby (anda cá ao papá)
Anda cá vem ao (hum) papá (i want..haaa)
I want you (baby) to be my Lady (mua e trua)
Anda cá (tu sabe quem és baby) vem ao papá (sou eu)
Anda cá (Ac)vem ao papá (pra ti)
Anda cá (humm)vem ao papá
I wanto you to be my baby
Monday, November 08, 2004
Lembranças...
As SCUTS e os impostos que pagamos
Mas essas vias foram construídas como alternativas para descongestionar o trânsito, facultar a circulação e facilitar umas ligações mais rápidas porque senão o país corre o risco de ficar parado, pois nunca como agora houve tanto tráfego e circulação de veículos, mesmo transportes rodoviários que no fundo contribuem para o desenvolvimento do país.Ora o governo anterior e as autarquias tornaram decisões acertadas em construir essas vias rápidas alternativas com o apoio financeiro da Comissão Europeia para bem de todos e sobretudo para que haja mais desenvolvimento no país, e agora este governo alega ter custos de milhões de euros para as conservar, querendo por em prática o sistema do utilizador pagador com portagens, quando essas infra-estruturas já estão pagas e continuam a ser pagas com os nossos impostos e taxas que nos são cobradas, alegando agora ter razões quando as taxas e impostos cobrados ultrapassam centenas de vezes o custo dessas infra-estruturas todas juntas, mesmo aquelas que se venham a construir. Seria uma questão de bom senso o Estado dizer quantos biliões de euros tem de benefícios com a venda e circulação de todos os veículos, incluindo os transportes rodoviários, mesmo que sejam estrangeiros, e com o turismo.Basta dizer que cada veículo vendido, incluindo camiões e autocarros, o Estado cobra as taxas mais caras da Europa como o I.A., taxa de importação, IVA e registos dos veículos, mais as taxas que cobram nas peças e reparações, Imposto de Selo, Seguro, taxas exorbitantes dos combustíveis e derivados, não esquecendo que as gasolineiras, as companhias de seguros e agentes ligados ao ramos pagam impostos e taxas e são contribuintes; para além disso as empresas e utentes pagam o IRS, IRC, IVA, etc., não esquecendo as multas e infracções, como os bancos que financiam as vendas ou compras e os custos dos créditos, sem esquecer os milhares de pessoas que trabalham nessas empresas ligadas ao ramo automóvel, e até as próprias fábricas e escritórios. Não é sério dizer que o Estado tem milhões de prejuízos quando o sector automóvel é um negócio incontestável para o governo e que são as vias rápidas ou SCUTS que esvaziam os cofres do Estado, mas ao que parece este novo ministro não analisou quanto é que o Estado tem de benefícios, pois só encontrou prejuízos e teve a leviandade de dizer que o utilizador tem de ser o pagador se tudo está pago, e continua a ser, sem esquecer os fundos comunitários. Parece que os interesses comerciais e financeiros é que se estão a sobrepor aos direitos de cidadania, uma vez que nos outros países da Europa existem milhares de quilómetros em cada país de SCUTS ou vias rápidas sem portagens e só as auto-estradas é que são pagas, mas as auto-estradas são uma alternativa suplementar e só as apanha quem quer, porque alternativas não faltam e boas. Por isso as variantes ou SCUTS são vias de circulação normais e nada têm a ver com as auto-estradas, mesmo que tenham um certo perfil, nem tampouco são o desastre da economia portuguesa, ou então os ministros só andam de avião, e não conhecem a realidade dos outros países da Europa. Não se pode confundir vias de acesso rápidas, que são uma mais valia para o desenvolvimento do país com outra coisa qualquer, porque se não existissem o país estaria parado e seria um país ainda mais pobre do que é actualmente, em todos os sentidos.Os veículos, quer sejam de transporte quer de turismo, são os maiores geradores de riqueza para o país e enchem os cofres do Estado, porque o trabalho e o turismo são os maiores contribuintes que enriquecem e desenvolvem o país. Acho que deve haver um problema de matemática nos estudos que foram feitos porque os benefícios se sobrepõem aos prejuízos e a argumentação apresentada não é mais que uma retórica conhecida pelos contribuintes."
in http://www.jornaldeespinho.pt/index.asp?idedicao=66&idSeccao=569&Action=seccao
Agora é assim. Será que o que nós pagamos não chega? Aidna vamos ter nós que pagar? O pior até nem é isso, mas sim aquilo que o povo se queixa. Onde estão as alternativas? Eu uso uma, ainda, SCUT para ir para a minha terriola, é verdade que tenho alternativas, recorrendo a outras estradas. Mas se formos ver, por exemplo o caso dos Albicastrenses, não tem outro remédio se não de pagar e não reclamar. Como é evidente, estes podem sempre usar aquelas estradas antigas que sem a manutenção devida, estão num estado de total degradação.
Friday, November 05, 2004
Nova...
E tu também.
És linda da cabeça aos pés,
Vieste do além...
Não te conheço,
Mas queria conhecer.
Se calhar é o que mereço,
Até eu morrer...
Uma nova vida começa
Com uma nova paixão...
Eu adoro esta peça
Do fundo do meu coração.
Mas quero-te conhecer
E ficar contigo para sempre
Nem que seja num amanhecer,
Mas eu sou um crente...
Thursday, November 04, 2004
Jorge Palma - Junto à Ponte
Ela contou-me
Que foi sempre só
Quando eu lhe falei de amizade
Que muitos homens gozaram o corpo
Desde não sei já que idade
Como gostava de os acariciar
De cada vez que eles vinham
Pela noite
Estremecendo devagarinho
Pela noite
Estremecendo devagarinho
Quando eles partiam já de manhã
Bebia a solidão de um trago
Comprava o dia
Com pouco dinheiro
O seu amor não é pago
Tu que duvidas da sua verdade
Assenta o lugar e a hora
Porque amanhã
Ela vai estar à tua espera
Amanhã ela vai estar à tua espera
Tu que foste traído
Tu que atraiçoaste
Tu que deixaste cair
Aquilo em que acreditaste
Tu desesperado que andas a monte
Não faltes ao teu encontro
Amanhã, ao fim da tarde,
Junto à ponte
Amanhã, ao fim da tarde,
Junto à ponte
Leva o corpo e leva a dor
Não esqueças os teus desejos
Sê violento se acaso te amedrontarem os seus beijos
Mas não te faças rogado
É por ti que ela espera
Vai tu ao seu encontro
Amanhã, ao fim da tarde
Junto à ponte
Amanhã, ao fim da tarde
Junto à ponte
Sonata Arctica - Tallulah
And how you said: "this is never over"
I believed your every word and I guess you did too
But now you're saying : "hey, let's think this over"
You take my hand and pull me next to you, so close to you
I have a feeling you don't have the words
I found one for you, kiss your cheek, say bye, and walk away
Don't look back 'cause I am crying
I remember little things, you hardly ever do
Tell me why
I don't know why it's over
I remember shooting stars, the walk we took that night
I hope your wish came true, mine betrayed me
You let my hand go, and you fake a smile for me
I have a feeling you don't know what to do
I look deep in your eyes, hesitate a while...
Why are you crying?
Tallulah, It's easier to live alone than fear the time it's over
Tallulah, find the words and talk to me ,oh, Tallulah, [chorus]
This could be... heaven
I see you walking hand in hand with long-haired drummer of the band
In love with her or so it seems, he's dancing with my beauty queen
Don't even dare to say you hi, still swallowing the goodbye
But I know the feelings still alive- still alive
I lost my patience once, so do you punish me now
I'll always love you, no matter what you do
I'll win you back for me if you give me a chance
But there is one thing you must understand
[Chorus]
Wednesday, November 03, 2004
Ela sabe quem é...
Para ficar perto de ti.
Sei que não sou amado,
Mas ficarei sempre aqui.
Ao teu lado estou
E tu dentro de mim.
O tempo para trás ficou
Mas o meu amor não tem fim.
A minha alma guarda-te
Numa noite fria,
O Inverno espera-te
O Inverno que eu tanto queria.
Com o frio a chegar
Podes precisar de algum calor.
Calor tenho eu para dar,
E tu muita dor.
Para as mulheres...
Adoro uma miuda que sei que não me liga muito. Damo-nos muito bem, mas não há aquela ligação que eu queria. O que fazer para que isso mude? Ou serei apenas eu que terei que mudar? Gostava tanto, mas tanto que me esclarecesse. Existe um fantasma antigo. Estou com ele todos os dias, incomoda-me ainda quando o vejo com alguém que sei que existe um minimo interesse. Converso na net, diz que me adora, mas depois... Mais um desabafo nesta minha vida, que tanto luto para a manter. Sofro sem razão aparente, mas o meu coração chora todas as noites, quando me deito numa cama gélida e sem convicção daquilo que sou e serei capaz de fazer.
Tuesday, November 02, 2004
Sugestão
Álvaro Campos - Trapo
A manhã, contudo, esteve bastante azul.
O dia deu em chuvoso.
Desde manhã eu estava um pouco triste.
Antecipação! Tristeza? Coisa nenhuma?
Não sei: já ao acordar estava triste.
O dia deu em chuvoso.
Bem sei, a penumbra da chuva é elegante.
Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante.
Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante.
Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?
Dêem-me o céu azul e o sol visível.
Névoa, chuvas, escuros — isso tenho eu em mim.
Hoje quero só sossego.
Até amaria o lar, desde que o não tivesse.
Chego a ter sono de vontade de ter sossego.
Não exageremos!
Tenho efetivamente sono, sem explicação.
O dia deu em chuvoso.
Carinhos? Afetos? São memórias...
É preciso ser-se criança para os ter...
Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!
O dia deu em chuvoso.
Boca bonita da filha do caseiro,
Polpa de fruta de um coração por comer...
Quando foi isso?
Não sei...
No azul da manhã...
O dia deu em chuvoso.
O Aborto
Absolvida
Juíza alegou que crime da prática de aborto não ficou provado
A jovem de 21 anos acusada da prática de aborto foi hoje absolvida no Tribunal Criminal de Lisboa. A juíza Conceição Oliveira alegou que o crime não ficou provado.
A jovem era acusada de interromper uma gravidez em Janeiro de 2000 e foi denunciada à PSP por um enfermeiro de serviço do Hospital Amadora-Sintra.Na leitura da sentença, a juíza Conceição Oliveira sustentou a absolvição da arguida alegando que não ficou provada a ingestão dos comprimidos com o objectivo de interromper voluntariamente a gravidez nem que a jovem tivesse conhecimento dos efeitos abortivos do Misoprostol.A juíza considerou também insuficientes as provas apresentadas em tribunal pela Polícia para concluir que se verificou uma interrupção voluntária da gravidez.Por sua vez, o procurador-adjunto do Ministério Público, Pinto dos Santos, defendeu que a arguida deveria ser absolvida por não ter sido provada a prática de crime de aborto.Num comentário à decisão da juíza, a deputada Odete Santos, que assistiu à leitura da sentença, disse aos jornalistas que este tipo de "crimes" normalmente "não tem prova, a não ser em casos excepcionalíssimos". "Porque é difícil provar que havia uma gravidez e que houve um aborto feito intencionalmente", justificou.