Saturday, March 25, 2006

24/03/2006

I'll rest in peace
I'll try to control me
Nobody can save me

I'm feeling tired
My eyes are heavy
Can't be without you
Let me bleed, you can't heal me
Leave me as I am
I won't be with you

Time is running
My time is short
I'll die soon
My head hurts
Argh... Please, God!
Hurry up! I can't live another day
My eyes are leaving me...

Alexandre MM Caetano

Tuesday, March 21, 2006

21/03/2006

I feel you in the wind, you guide me constantly
I've never felt this way
Let me be as I am
Let me show how I feel
Let me burn all inside
Let me fly from here to you
Let me show you how I am inside
Let me save this world for you
Let me believe that I can love you
Let me be your man, I'll show you how I began
I don't know how would I live without you by my side
I didn't do anything, you have to believe me
You are the one, please, let me show it to you.


Alexandre MM Caetano

Monday, March 20, 2006

Um Corneto para mim...



Friday, March 17, 2006

Let's talk about a revolution

Das Tanga Girls para as Irmãs Muito.

Thursday, March 16, 2006

É tua
Quero roubar-te a alma
Por isso te devoro o corpo
Na tentativa de encontrá-la
Na tentativa de capturá-la
Em algum recanto secreto
Que a minha mão ainda não tocou
Que a minha boca ainda não beijou
Que ainda não descobri.
Por isso te prendo nos braços
Te saboreio aos pedaços
E respiro na tua boca
E pergunto na tua língua
Onde guardas a alma
Que ainda não a vi?
E tu respondes sorrindo
Apertando-me nos braços
Depois do espasmo final
Depois da entrega total:
- Não a tenho. Está em ti.

Por: Encandescente.

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(link on the title)

Wednesday, March 15, 2006

Façam a bola feliz



www.nikefootball.com

É impressão minha ou...

... 234763425754 dias de trica-espinhas e cabeçudo não foram suficientes?

State of mind

Feeling like an yabanci in my own country.

Saturday, March 11, 2006

Já estamos à tua espera...

Monday, March 06, 2006

Göreme - Istanbul (22 a 26 de Fevereiro)

(treze horas para Istanbul, total: 48 horas e meia dentro de autocarros)


Três da tarde, exaustos e famintos, acabados de chegar a Göreme. Dúvida existencial: "o que procurar primeiro: onde comer ou onde dormir?".
Claro que o estômago falou mais alto e partimos em busca de um restaurante. Foi nesta altura que nos deparámos com a estranha realidade de Göreme: no Verão, inundada de turistas, são mais que muitas as possibilidades de escolha, tanto a nível de restaurantes como de hotéis. No Inverno, com uma diminuição significativa do n° de turistas, mais de metade dos sítios fecha e a cidade transforma-se praticamente numa cidade fantasma.

Com uma possibilidade de escolha bastante limitada, encontrámos um pequeno restaurante tradicional que nos encheu tanto os olhos como a barriga. Foi nesta cidade que descobrimos que afinal há bem mais do que mil e uma receitas diferentes de kebap (quase tantas como de bacalhau em Portugal). Uma das que tivemos oportunidade de experimentar foi o Testi Kebap, um kebap que é cozinhado dentro de um pote de barro (típico da região) fechado e que é partido ao meio quando é servido. Realmente, é incomparável ao normal Dürüm Kebap, mas não me perguntem o que é que eles fazem com as toneladas de potes partidos todos os anos.

Assim que reconfortámos o estômago, o nosso olhar em relação ao que nos rodeava tornou-se bem mais atento e, consequentemente, surpreso com a inacreditável paisagem. Completamente surreal. Compreende-se bem porque é que a Cappadocia é das zonas mais procuradas por turistas na Turquia. As incríveis formações rochosas são consequência da acção da força da água e da erosão num solo de origem vulcânica e o resultado é realmente surpreendente: as famosas rochas em forma de cogumelos, as fairy chimneys, as cordilheiras de montanhas onduladas, semelhantes a um grande gelado de baunilha (ou de morango, a cor vai variando durante o dia), que, de tão frágeis que parecem, receamos que se desfaçam com um simples toque, como castelos de areia... E, o mais curioso, as imensas caves antigas construídas dentro de rochas imponentes e que ainda hoje são habitadas.


Após uma olhadela aos guias, apercebemo-nos que não seria nada fácil escolhermos um sítio onde ficar. Para além da quantidade, os preços são extremamente competitivos. Decididos a não perder tempo, dirigimo-nos ao posto de turismo da cidade e a percepção do quão turística é Göreme foi imediata: ao nosso inteiro dispôr, gratuitamente, tinhamos uma lista completa de todos os hotéis e pensões, com descrições detalhadas, incluindo preços, e fotografias. Para além disso, assim que seleccionámos os que mais se adequavam ao que pretendíamos (a ideia de podermos dormir numa das caves não nos saía do pensamento), o empregado de serviço pegou imediatamente no telefone, informou os gerentes e verificou se havia quartos disponíveis ou não. Inacreditável tanta eficácia.

Não foi nada complicado, portanto, descobrirmos onde ficar. Com duas indicações na mão, tomámos o caminho da primeira morada e, curiosamente ou não, o gerente já se encontrava à nossa espera. O nosso entusiasmo não tardou a esmorecer assim que vimos o tão aguardado "cave room": um cubículo, sem janela alguma, a cheirar a mofo, numa cave de uma casa normal. Ainda com alguma réstia de esperança, perguntámos se podíamos dar uma olhadela aos outros quartos.
- Claro que sim, mas vamos tomar primeiro um chá. Tivemos um pequeno problema com a canalização e estamos a tratar disso. Meia horita e está pronto.
Nada predispostos a esperar nem mais um minuto, lá convencemos o homem a mostrar-nos o tal quarto e não conseguimos esconder o quão surpresos ficámos com tanta lata. O quarto, para além de ser um quarto normal dentro da casa dos senhorios, estava completamente vazio e as tais reparaçõezitas implicavam acimentar todo o chão! Os nossos conhecimentos sobre obras não é muito, mas meia hora para cimento fresco secar e para limpar e mobilar um quarto?!
- Ok, obrigada, mas vamos dar uma volta pela cidade e já voltamos.
"Pois sim... Podem esperar sentados."
Completamente desapontados, lá pegámos no papel com as moradas e dirigimo-nos para a segunda opção. Não é difícil imaginar as nossas caras perante mais um quarto normal (embora, desta vez, minimamente habitável). Hesitámos em fazer novamente a difícil pergunta.
- Podemos ver os outros quartos?
Completamente surpresos, mas desta vez por bons motivos, mal pudemos conter os sorrisos quando demos por nós a caminho de um autêntico cave room. Roda-se a chaves na fechadura e, perante um quarto aparentemente decente, nem perdemos tempo a verificar a casa de banho ou qualquer outra coisa.
-Ok, ficamos quatro noites. A que horas é servido o pequeno almoço?

O nosso cave room.

Estômago satisfeito, banhito tomado (desta vez a sério e com água quente), sete horas da tarde e já estava tudo a dormir, para só acordarmos catorze horas depois. Descanso mais do que merecido.
Manhã seguinte, no terraço a apanhar sol e com um belo de um pequeno almoço turco à nossa frente. Melhor impossível. Até mesmo a vista estava mais do que à altura: o centro da vila bem à nossa frente, com as formações rochosas quase sobrenaturais como pano de fundo.
Apesar de ser mais do que convidativo para uma bela de uma caminhada, tinhamos um problema prioritário para tratar: lavar roupa. Eu sei que não parece nada bem dizer que passámos a nossa primeira manhã na Cappadocia a lavar à mão, com sabonete e no lavatório, roupa suja de mais de uma semana, mas é a pura das verdades. Felizmente, a tarde compensou: a nossa primeira caminhada pelos vales da região. Regressámos já quase ao cair da noite, mais do que cansados, cobertos de pó desde a ponta dos pés à ponta dos cabelos, com alguns arranhões e quase sem impressões digitais (as rochas são formações arenosas, logo com potente efeito erosivo na pele, sobretudo quando se decide que a melhor vista para o pôr-do-sol é no topo de uma das mais altas, portanto algo difícil de escalar).

Os dias seguintes foram passados a explorar um pouco mais estes vales, por vezes com caminhadas de mais de 8 horas, e as vilas dos arredores. Um dos fenómenos mais incríveis a que se pode assistir é a mudança de cor da paisagem, consoante as horas dos dias, desde amarelo torrado a cor-de-rosa.

Mas o que não falta na Cappadocia são fenómenos estranhos: desde os camelos trazidos de outros países para satisfazer os desejos dos turistas concebidos por falsos estereótipos, ao UFO Museum, um museu sobre a vida extraterrestre, cuja indicação encontrámos numa estrada deserta, a quilómetros de distância de qualquer forma de civilização moderna. Just for the fun, lá seguimos a direcção indicada na placa e demos com uma barraca, igualmente no meio do nada, mas, infelizmente, estava fechado.


No segundo dia, traçámos a nossa rota de maneira a passarmos pelo Göreme Open-air Museum, onde podemos visitar as mais bem conservadas igrejas, capelas e mosteiros bizantinos contruídos dentro de formações rochosas. Inacreditavelmente, passados tantos séculos, permanecem de pé, com frescos impressionantes quase intactos.
A não perder igualmente, é o castelo de Uçhisar, construído através da mesma técnica de escavação na rocha, cujo topo é o lugar ideal para se ter uma panorâmica da região.

Foi com alguma tristeza que nos fizemos novamente à estrada, de regresso a Istanbul. Em três dias não deu para explorar nem metade de tudo o que a Cappadocia tem de interessante. Uma semana não seria demais, certamente.
Domingo, nove horas da noite. Ninguém precisa de nos dizer que chegámos a Istanbul: chove torrencialmente (para contrastar com o tempo primaveril de Göreme) e na otogar a azáfama é ensurdecedora. Buzinadelas, gritos e até mesmo o som de instrumentos musicais turcos e cânticos. Também ninguém precisa de nos dizer que houve um jogo de futebol. A multidão começa a aglomerar-se cada vez mais. Cantam, dançam, lutam. Continua a chover. Separam-se, fazem as pazes, cantam, dançam, gritam. Meia hora passada, continua a chover e nada do dolmuş. Mais uma luta, mais uma cançãozita, mais umas danças, os autocarros querem estacionar e não podem, buzinadelas, gritos... Sim, definitivamente não nos enganámos no nosso destino: Istanbul é inconfundível. Onde mais é que alguém se lembraria de vir comemorar a vitória de uma equipa de futebol para o parque de estacionamento de uma uma otogar, no meio do nada, nos arredores de uma das maiores cidades do mundo, à noite e com um tempo destes?
Dez horas da noite, Taksim, o centro da cidade. Com as mochilas às costas, completamente encharcados e esgotados de treze horas de viagem, percorremos a Istiklal, de regresso a casa, pensando nos possíveis problemas que poderiam estar à nossa espera em casa: falta de água? Falta de luz? Inundações? Ou quem sabe uma derrocada no edifício... Tudo é possível (e mais do que comum) por estes lados.
Felizmente, estava tudo no lugar e em perfeito funcionamento (a água só viria a faltar no dia seguinte e apenas por 48 horas) e até tinhamos uma boa surpresa: um amigo italiano, que regressou a Istanbul por uns dias na nossa ausência, não se esqueceu de nós e deixou-nos uma caixa de Bacci, uma cafeteira e um pacote de café italiano (que compensou maravilhosamente os 5 meses de penúria a Nescafé e a café turco).

Friday, March 03, 2006

Freitas do Amaral foi ao Parlamento falar dos ‘cartoons’. Quem me lê sabe que estou em desacordo com ele. Mas, ontem, gostei. Ele virou-se para Telmo Correia, do CDS, e lançou-lhe: “É preciso topete!”. Se há coisa que me comove é a defesa de palavras em extinção.
Topete é poupa (à Tintin) que os jovens voltam a usar mas que desapareceu da nossa conversa. É comum no Brasil: algumas espécies de beija-flor são de topete, e topete dizia-se do penteado do ex-presidente Itamar Franco. Mas, por cá, Eça foi o último a usar. Em ‘Os Maias’, ouve-se dizer, como ouviu Telmo Correia: “É preciso ter topete!”. E em ‘A Cidade e as Serras’ fala-se de uma “cantiga meio porca” mas com “topete”. Eu tirava Freitas dos Negócios Estrangeiros e punha-o ministro das Palavras Antigas.


Por Ferreira Fernandes, em Correio da Manhã.

Wednesday, March 01, 2006

Não devemos comer a carne no mesmo sítio em que recebemos o pão. Um dia a carne pode se zangar e deixamos de conseguir sequer de receber o pão.