Tuesday, November 29, 2005

Dúvida existencial II : Porquê do PSD?

"Os jornalistas ascenderam em Novembro ao primeiro lugar no barómetro das profissões. São admirados tanto por homens como por mulheres, de todas as idades, mas em especial pelos que vivem no Sul do País, pertencem às classes média e baixa e votam no PSD. Os médicos surgem em segundo com uma diferença mínima, mas com mais pareceres negativos."

Diário de Notícias, 29 de Novembro de 2005.

Dúvida existencial I: Como é que é possível?

"Os jornalistas ascenderam em Novembro ao primeiro lugar no barómetro das profissões. São admirados tanto por homens como por mulheres, de todas as idades, mas em especial pelos que vivem no Sul do País, pertencem às classes média e baixa e votam no PSD. Os médicos surgem em segundo com uma diferença mínima, mas com mais pareceres negativos."

Diário de Notícias, 29 de Novembro de 2005.

Tenham medo, muito medo... Ele está de volta!

"Ele está de volta. Manuel João Vieira quer candidatar-se à Presidência da República, mas garante que só avançará se tiver 7500 assinaturas. Depois de, em 2001, ter ficado pelo caminho porque o Tribunal Constitucional "não quis reconhecer" as assinaturas apresentadas - segundo a sua candidatura "com o pretexto pouco desportivo de que 7500 assinaturas feitas pela mesma pessoa não tinham validade" -, o "candidato" Vieira pede agora aos portugueses que dêem uma oportunidade "a este País" e subscrevam o seu nome para a corrida a Belém. "Se não assinarem recuso-me terminantemente a candidatar-me", garante.
No lançamento da candidatura, que decorreu ontem ao final da tarde no clube nocturno Maxime, em Lisboa, Manuel João Vieira afirmou que tomou novamente a decisão de avançar face às "condições catastróficas destas presidenciais" de 2006.
A saber "Mário Soares e Cavaco Silva são os responsáveis pelo estado do País." Que até "podia ser pior" - "olhem a Guiné- Bissau" -, o que é razão bastante para Manuel João Vieira dizer que até gosta dos dois candidatos. Dar--lhes o voto é que já é outra história - "Eu também gosto e tenho admiração pelo D. Afonso Henriques, pelo Viriato e pela Torre dos Clérigos, mas não vou votar neles." E uma farpa a sério: "A política não deve ser feita por dois ex-políticos."
Apesar destas palavras, e a par com Cavaco Silva, um dos principais alvos do discurso de Vieira (do primeiro, já que houve um segundo que versou sobre uma conspiração internacional contra Portugal) foi Manuel Alegre. Primeiro, numa referência indirecta, ao referir-se ao "leque colorido de candidatos presidenciais apoiados pelas estruturas partidárias" - mesmo os que dizem que não, "mas não podem porque são apoiados por uma facção muito grande dentro do partido". Depois, de uma forma muito directa "Eu é que sou o Manuel Alegre, primeiro porque sou Manuel e depois porque sou muito alegre."
Já sobre objectivos para o País, o protocandidato não se alongou, afirmando que quer pôr Portugal "na primeira linha das superpotências do sistema solar" e , para além disto, emendar umas "pequenas coisas que devem ser rectificadas". Para o que o candidato diz querer também avançar para a formação de um partido que "seja mais como a malta quer".
Já quanto aos slogans , depois do "se ganhar, obviamente demito-me" de 2001, agora multiplicaram-se e versam qualquer coisa como isto "Basta de políticos de carreira, votaVieira; Não faças asneira, vota Vieira; Queres dinheiro na algibeira, vota Vieira; Já os conheces de gingeira, vota Vieira."
Candidato, mas não muito. Vocalista dos Ena Pá 2000, Manuel João Vieira repete agora o que fez já nas eleições presidenciais de 2001, altura em que chegou a promover algumas iniciativas de pré-campanha - então sob o lema "só desisto se for eleito" e num registo de total nonsense, que ontem repetiu perante uma plateia de algumas dezenas de pessoas. E que promete manter, mas desta vez afirmando que não quer ficar pela pré-campanha, ainda "que seja difícil recolher assinaturas e seja chato para os cidadãos".
"

Diário de Notícias, 29 de Novembro de 2005.

Telenovela religiosa II

"O padre de Ranhados, Meda, está barricado desde domingo na sacristia da igreja daquela aldeia, tudo porque o bispo de Lamego o quer transferir para outra paróquia. Os populares, que exigem a permanência do padre na aldeia, fazem-lhe companhia e dão-lhe de comer e beber.
O padre Luís António, de 30 anos, natural de Beira Valente, Moimenta da Beira, e colocado há dois anos em Ranhados, barricou-se na sacristia no final da missa de domingo, realizada às 15 horas. “Não fui sequestrado. Já disse à GNR que estou aqui de livre vontade. Tomei esta decisão após aquela que seria a minha última celebração religiosa nesta paróquia”, salientou o padre.
“Foi uma surpresa o pedido que me fizeram para ficar. Não podia dizer que não a estas pessoas que me acarinharam como filho desde o primeiro dia que aqui cheguei.”
É na pequena sacristia que uma dezena de fiéis acompanha o “padre amigo” e “membro da família de Ranhados”. Levam-lhe as refeições, o café e fazem-lhe companhia. Até quando? “Até que o sr. bispo de Lamego decida que o sr. padre fica connosco”, respondem em coro.
Porque está a “cumprir a vontade dos fiéis”, Luís António afirma estar pronto para assumir as consequências do seu acto que vai contra o voto de obediência que deve ao seu superior hierárquico. As sanções podem passar pela suspensão do padre e dos serviços religiosos à população.
Em seu abono, o pároco alega: “Não estou a desobedecer a ordens superiores, porque se trata de uma obrigação. Obedeço sim ao pedido destas pessoas tal como um bom pastor que trata e não abandona o seu rebanho.” O bispo de Lamego foi apanhado de surpresa com a atitude do padre Luís António. “O que ficou combinado é que no domingo seria a última vez que celebrava em Ranhados, depois iria para Sendim”, disse ao CM o monsenhor Eduardo Russo, vigário-geral da Diocese de Lamego.
"

Correio da Manhã, 29 de Novembro de 2005.

"Heróis do mar, nobre Povo, Nação valente, imortal (...)"

"Em Março de 1975 Portugal já tinha informado os Estados Unidos não ser sua intenção resistir a uma possível invasão de Timor-leste pela Indonésia. A informação é revelada por documentos secretos que Washington agora divulga.

Visão Online, 29 Nov. 2005

Depois de uma análise militar norte-americana ter concluído que Portugal, com o mínimo de preparativos, tinha a capacidade de «encurralar» os indonésios em Díli, devido à falta de apoio dos timorenses a uma invasão Indonésia e
às dificuldades do terreno, documentos secretos agora divulgados vêm mostrar que Portugal já tinha informado os Estados Unidos não ser sua intenção resistir a uma possível invasão.

Os documentos mostram a frustração indonésia para com a falta de resposta de Portugal à crescente crise em Timor durante 1975 e ainda a má informação sobre a situação política em Portugal por parte de um proeminente oficial indonésio.

Por outro lado, os memorandos revelam que em Novembro desse mesmo ano o actual ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-leste, José Ramos Horta, contactou desesperadamente a embaixada norte-americana na Austrália para apelar à «ajuda politica e económica à Fretilin» e avisar que a invasão indonésia a Timor-Leste estava «iminente».

A Indonésia invadiu Timor-leste em Dezembro de 1975 com conhecimento prévio dos Estados Unidos.

Os documentos foram dados a conhecer na segunda-feira pelo Arquivo de Segurança Nacional (National Security Archive), um centro de estudos que se especializa em tentar angariar e publicar documentos governamentais, muitas vezes secretos.

A organização deu agora a conhecer 39 documentos até agora secretos sobre os contactos diplomáticos em redor de Timor-leste após a queda da ditadura em Portugal que levou à descolonização.

Poucos meses após o golpe de estado em Portugal em 25 de Abril de 1974,
o governo indonésio começou de imediato a sondar os Estados Unidos sobre a posição de Washington quanto a Timor-leste e a sua possível anexação por parte de Jacarta. Em Dezembro de 1974 um funcionário do Conselho de Segurança Nacional enviou um memorando ao então conselheiro de Segurança Nacional Henry Kissinger informando-o que num contacto com o adido de defesa da Indonésia ficou a saber que «o governo indonésio estaria interessado em saber a atitude norte-americana para com Timor Leste» (e, por implicação a reacção portuguesa à possível tomada de controlo pela Indonésia).

O funcionário sugere a Kissinger que convide entidades indonésias para conversações sobre essa e outras questões ao que Kissinger dá sua aprovação com uma assinatura no final do documento por baixo da palavra «aprovado». Poucos meses depois, em Março de 1975, um memorando «ultra-secreto» de três paginas endereçado a Henry Kissinger pelo mesmo funcionário do Conselho de Segurança Nacional avisa que a Indonésia receia que «uma retirada apressada dos portugueses deixará Timor enfraquecida sujeita aos instintos esquerdistas de uns poucos lideres do movimento independentista, líderes que os indonésios receiam serem influenciados por Pequim».

O documento informa estarem a crescer as pressões dentro da Indonésia para «acção militar directa». «Temos alguma informação indicando que estão a avançar preparativos par a essa acção e uma informação que Suharto deu ordens para incorporação de Timor português não mais tarde do que Agosto de 1975, pela força se necessário», lê-se no documento.
"

Monday, November 28, 2005

Banco Alimentar Contra a Fome - recorde absoluto de alimentos

"A crise não afectou a solidariedade dos portugueses. Continua em alta, a avaliar pelas toneladas de alimentos recolhidas este fim-de-semana pelo Banco Alimentar Contra a Fome. Um recorde absoluto de quase 1500 toneladas, agora guardadas em armazéns, onde trabalham centenas de voluntários que as farão chegar a cerca de 200 mil carenciados."

SIC Online

Sunday, November 27, 2005

All my life

All my life I've been searching for something
Something never comes never leads to nothing
Nothing satisfies but I'm getting close
Closer to the prize at the end of the rope
All night long I dream of the day
When it comes around then it's taken away
Leaves me with the feeling that I feel the most
The feeling comes to life when I see your ghost

Come down don't you resist
You have such a delicate wrist
And if I give it a twist
Something to hold when I lose my grip
Will I find something in that
To give me just what I need
Another reason to bleed
ONE BY ONE hidden up my sleeve
ONE BY ONE hidden up my sleeve

Never, don't let it go to waste
I love it but I hate the taste
Weight keeping me down

Will I find a believer
Another one who believes
Another one to deceive
Over and over down on my knees
If I get any closer
And if you open up wide
And if you let me inside
On and on I've got nothing to hide
On and on I've got nothing to hide

Never, don't let it go to waste
I love it but I hate the taste
Weight keeping me down

All my life I've been searching for something
Something never comes never leads to nothing
Nothing satisfies but I'm getting close
Closer to the prize at the end of the rope
All night long I dream of the day
When it comes around then it's taken away
Leaves me with the feeling that I feel the most
The feeling comes to life when I see your ghost

And I'm done, done and I'm onto the next one

Never, don't let it go to waste
I love it but I hate the taste
Weight keeping me down

Done done and i'm onto the next one
Done I'm done and I'm onto the next


Foo Fighters

Retirada de crucifixos das escolas públicas - Telenovela religiosa I

"A ordem de retirar os crucifixos das escolas é fortemente contestada por bispos e leigos católicos. A Igreja Católica sente-se perplexa com a atitude do Ministério da Educação – ordenar a retirada de crucifixos das escolas públicas.
Os bispos admitem a tomada de posição pública para repudiar a iniciativa governamental, considerando que está a ser “desrespeitada a matriz cultural do povo português”.“Lamento e não compreendo as razões que possam motivar uma determinação tão grande em afastar todos os símbolos religiosos”, afirmou ontem ao CM o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga, reagindo às ordens que as direcções regionais de Educação estão a enviar, por ofício, às escolas onde subsistam ainda crucifixos em salas de aula."

Correio da Manhã, 27 - 11 - 2005

Thursday, November 24, 2005

Contradições II

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Gomes Cravinho, avançou quarta-feira que a diplomacia portuguesa está a considerar a hipótese de investigar alegada utilização do espaço aéreo nacional por aviões da CIA, conforme recomendado pelo Conselho da Europa.
«O Conselho da Europa é uma instituição com a qual temos laços fortíssimos, é uma instituição que nos merece todo o respeito, e vamos ponderar essa possibilidade», afirmou Gomes Cravinho, à margem de uma conferência sobre lusofonia, na Assembleia da República.
No entanto, o secretário de Estado acrescentou que, face a toda a informação disponível no momento, o MNE «não tem indicação de que sejam necessárias mais medidas».
Sobre a pretensão de PCP e BE ouvirem no Parlamento o ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, sobre esta matéria, Gomes Cravinho assegurou que «o Ministério está sempre disponível para falar na Assembleia da República nos termos da Constituição». PCP e BE pediram a audição parlamentar de Freitas Amaral, alegando existir uma contradição entre declarações do ministro na semana passada e informações entretanto tornadas públicas.
A 17 de Novembro, o ministro dos Negócios Estrangeiros assegurou que «desde 12 de Março [data da posse do Governo PS], não houve qualquer voo deste tipo [com aviões ao serviço da CIA] sobre território português».
A revista Focus, na sua edição de quarta-feira, publica fotografias, posteriores a essa data, de aviões em aeroportos portugueses alegadamente utilizados pela CIA.
Além de Freitas do Amaral, PCP e BE querem também ouvir os esclarecimentos do ministro da Defesa, Luís Amado, com os bloquistas a estenderem esse pedido ao ex-ministro da Defesa Paulo Portas.
Em causa está a alegada utilização de aeroportos portugueses por aviões da agência de espionagem norte-americana em voos com o objectivo de capturar terroristas que seriam depois conduzidos a «prisões secretas» da CIA, onde seriam mantidos em cativeiro e torturados à margem do Direito internacional.

Fonte: Visão Online, 24 de Novembro de 2005.

"O avião, que cerca das 00h05 ainda estava estacionado na placa civil da base das Lajes (onde estacionam os aviões comerciais que escalam a ilha Terceira), é um Lockeed L 100-300 Hercules, de matrícula N-8183-J, confirmou a agência Lusa no local. Àquela hora não havia qualquer luz no interior do aparelho, que de acordo com o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) foi inspeccionado «por rotina pura» pelas autoridades portuguesas, que não detectaram «nada de especial» a bordo.
Segundo fonte da base das Lajes, o Lockheed pára regularmente na infraestrutura para reabastecimento.
A rádio TSF noticiou segunda-feira que o aparelho foi inspeccionado por elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e da Brigada Fiscal e que foram detectados a bordo apenas quatro elementos da tripulação. De acordo com a estação de rádio, o aparelho faz parte de uma lista elaborada pelo grupo de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch como um dos meios de transporte utilizados pela agência norte-americana CIA para o transporte secreto de alegados terroristas.
Em declarações à Agência Lusa, o porta-voz do MNE admitiu que o aparelho poderá eventualmente estar a caminho do Iraque.
Há duas semanas, a revista Focus noticiou a alegada utilização de aeroportos e bases aéreas em território nacional por aviões ao serviço da CIA.
A 17 de Novembro, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, assegurou que «desde 12 de Março [data da posse do Governo PS], não houve qualquer voo deste tipo [com aviões ao serviço da CIA] sobre território português»
Na semana passada o secretário de Estado da Cooperação João Gomes Cravinho afirmou que o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) estava a «ponderar a possibilidade» de abrir uma investigação sobre o caso. O caso já motivou pedidos (do PCP e BE) de audição no Parlamento do ministro Freitas do Amaral, que foi já aceite pelo Governo, mas não tem ainda data marcada.
"

Visão Online, 29de Novembro de 2005.

Friday, November 18, 2005

Inicio do meu livro...

Três segundos de uma vida

Enquanto me sento à janela, gostava de ver o sol, gostava de ir e voltar à lua, gostava de... Não sei o que faço nesta janela. Puxo pelo maço dos velhos cigarros que guardo numa gaveta. Acendo um. Vejo o fumo a circular à minha volta, à espera que me diga alguma coisa. Não sei se me dirá, não sei se este fumo desaparecerá ou se me fará algum mal. «Fumar mata» diz o maço, mas mais depressa me matará este mal que sinto cá dentro, do que este mísero cigarro que se julga matador. Não sei se passa, não sei se passará.
Sinto uma brisa na cara, vejo as pessoas a passarem nas ruas à espera que algo de bom lhes aconteça. Estes dias que vivemos são difíceis. Os políticos dizem que estamos de tanga. Deixai-os roubar! Não passam de ladrões bem vestidos que tentam saciar a sede de poder. Estes têm horrores a ficarem pobres, mas é o que eles são, uns pobres... Não pensam em quantas e quantas pessoas estão, por aí, a procurar um pedaço de pão para enganar a fome. Os pobres mais preocupantes não são esses, são os pobres de espírito. Aqueles “senhores” que discutem o futuro de uma nação, de um país. Sempre gostava de saber porque ganham eles tanto dinheiro, pois muitos não deveriam receber nem um terço daquilo que é a nossa realidade. Enfim, a lei do mais forte em todo o seu esplendor.
Esta brisa que sinto... Faz lembrar aquele doce toque que aconteceu há muito, muito tempo... Uma aventura, um toque, um som... Deixai-me viver este momento. Gosto de viver o passado, de sentir a nostalgia dos nossos (des)feitos, daquelas conquistas que fizemos ao longo da nossa história. De qualquer maneira, se não vivêssemos o passado, viveríamos nós? O presente, diz o povo... Mas eu discordo. Lembrai, ou como gosto de dizer, vivei o passado, por amor de Deus. Os erros feitos, muitos deles repetidos vezes sem conta. Ninguém aprende à primeira. Aprendemos a errar, e como eu gosto de dizer, aprendemos a saber errar. Isto porque nesta vida, parece que às vezes erramos porque queremos, em determinadas circunstâncias, em situações em que parece que gostávamos de surpreender alguém, mesmo que seja pela negativa. Mas todos estes erros são preciosos. Cada erro é uma lição, cada erro uma aula de como viver melhor. Se não vivermos o passado, de que nos valem estes pequenos erros? Será que sabíamos que eles existiram, ou iríamos ser uns homens da caverna e apenas víamos sombras à nossa frente? E as coisas boas? Será que valem a pena viver? Na maioria dos casos existem muitos mais maus momentos do que bons para serem vividos. Mas assim não se tornará a vida mais agradável? Se virmos bem, nós damos tanto valor aos bons momentos, que sendo eles raros, ainda são melhores. Um dia bem vivido, na companhia de amigos e de um dia de sol que ilumine os nossos pensamentos, as nossas ideias e principalmente, os nossos ideais.»
Alexandre MM Caetano

Wednesday, November 16, 2005

Mais um texto banal de amor



Amar?
Amar é ter os olhos a brilhar quando ouvimos o nome do nosso amor.
Amar é quando dás as mãos e os teus pés flutuam...
Amar é ver o mundo à volta e ficares tonto com isso...
É rires sem saberes porquê... É sentires arrepios na barriga e tremores pelo corpo.
É sentires a chuva cair e nada mais importar...
É ser maior que o sol e ver tudo de todas as cores...
É beijar e sentir sempre que foi a primeira vez... É sentir que estás sob protecção e que mesmo que o mundo
caísse, na hora, tu estavas feliz.
É achares que tens beleza, é sentires que estás inteligente, é enfrentares
o mundo com garra, pois sabes que não vais ser abandonada.
Amar é ver alegria pelos olhos e tristeza pela alma...
Poucos amam, muitos acham que amam e todos precisam ser amados.

Juliana Oliveira

«apenas»

Na última noite, «apenas» 162 veículos foram incendiados em França, confirmando o regresso à calma que tem vindo a dar sinais nos últimos dias. O Presidente Chirac fala numa «crise de identidade» no país.


Fonte:
Visão Online, 15 de Novembro de 2005.

Monday, November 14, 2005

Bang Bang (My Baby Shot Me Down)

I was five and he was six
We rode on horses made of sticks
He wore black and I wore white
He would always win the fight

Bang bang, he shot me down
Bang bang, I hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, my baby shot me down.

Seasons came and changed the time
When I grew up, I called him mine
He would always laugh and say
"Remember when we used to play?"

Bang bang, I shot you down
Bang bang, you hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, I used to shoot you down.

Music played, and people sang
Just for me, the church bells rang.

Now he's gone, I don't know why
And till this day, sometimes I cry
He didn't even say goodbye
He didn't take the time to lie.

Bang bang, he shot me down
Bang bang, I hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, my baby shot me down...


Nancy Sinatra
Kill Bill BSO

Saturday, November 12, 2005

Fılıpallah

E o momento pelo qual todos ansiavam chegou finalmente: a reconhecidíssima teorizadora da questão das couves assassinas presenteou-nos com o seu novo blogue. No momento da dilvulgação desta grande notícia as suas palavras foram as seguintes:

«Va la pessoal! nao tentem fingir k n sabem k n ouviram falar ou k n repararam... eu tenho um blog e trata d temas interessantes ou ks... d kk maneira vao ver e deixem me posts ou axim sei k tou a pedir d mais mas...va la... e giro!! a serio k e! pronto n e mas podia ser giro....ehh caralho n vao!! a ver se eu me importo!!!!!!»

França - estado de emergência

O estado de emergência em França entrou em vigor esta quarta-feira com a publicação do diploma no Jornal Oficial, que refere 25 departamentos, entre os quais Paris, onde poderá ser aplicado. O decreto dá aos prefeitos (equivalente ao governador civil) o poder de decidirem medidas de restrição da circulação de pessoas e/ou veículos, nos locais e perímetros determinados, em horários fixados. Além disso, podem criar zonas de protecção ou de segurança nas quais será regulamentada a presença de pessoas e proibir o acesso total ou parcial nos departamentos a qualquer pessoa que possa perturbar acção dos poderes públicos.

Fonte: Visão Online, 9 de Novembro 2005.


O recolher obrigatório entrou em vigor quarta-feira à noite em várias grandes cidades francesas, o que, segundo as autoridades, poderá explicar a diminuição do número de incidentes.
Em cerca de 30 localidades foi imposto o recolher obrigatório, proibindo a circulação de menores não acompanhados a partir das 22h00, sendo possível às autoridades decidir a realização de buscas domiciliárias nocturnas.
Ao início da noite de quarta-feira o recolher obrigatório tinha sido imposto em várias regiões francesas, como a Cote d'Azur, especialmente na cidade de Nice, a Normandia, nomeadamente em Rouen, o Havre, a Picardia e o Eure.

Fonte: Visão Online, 10 de Novembro de 2005.

E esta foi a razão da minha ausência prolongada... =P

29 - 10 - 2005
Partida de Istanbul às 9h30 da manhã. Sete pessoas ao todo: me, Nora (a minha conterrânea), Zocha (a polaca), Ludwig, Dennis e Max (os alemães). Viagem de 2h de ferry, mais 1h de autocarro até Bursa. Passeio pela cidade, descoberta de um dos primeiros pratos tradicinais turcos comestíveis (o belo do iskender), serão em casa de uma família turca, caminhada nocturna interminável em busca de um bar aberto na altura do Ramadão, desistência frustrada, noite num quarto que não perdia nada em ser um pouco melhor.
30 - 10 -2005
Novo passeio pela cidade de manhã, partida para Izmir depois de almoço.

Seis horas dentro de um autocarro a caminho de Izmir, chegada, felız descoberta de que iríamos passar uma semana em quartos que quase poderiam ser de um hotel 5 estrelas, passeio pela cidade, nova tentativa de se encontrar um bar aberto à noite, nova desistência, regresso aos quartos.

31 - 10 - 2005

Descoberta de que a estadia incluía um pequeno almoço daqueles com que há já algumas semanas andávamos a sonhar (com a excepção do cafezito, mas isso já é pedir muito num país como a Turquia), viagem de autocarro para Çeçme.

Chegada a Çeçme, passeio à beira-mar, descoberta de um restaurante com refeições de peixe baratas (e muuuuuuuuuito boas), quase 3h à mesa, regresso à praia, passeio pela cidade, regresso a Izmir.
À falta de bares abertos, pequena festa improvisada no quarto.

01 - 10 - 2005

Início do dia em grande com o belo do pequeno almoço, passeio por Izmir: de manhã o bazar e o mercado, à tarde a zona histórica. Regresso aos quarto para descansar. Nova tentativa de saída à noite, mas, desta vez, finalmente, mais bem sucedida.

02 - 10 - 2005

Chegada do nosso companheiro turco: o Noyan. Início do dia em grande com o belo do pequeno almoço, viagem de autocarro para Ephesus, caminhada em busca da Seven Sleepers' Cage e da Virgin Mary's House.

Depois de eternidades a andar pelo meio de montes e vales desertos, acabámos por ter de nos contentar só com a primeira ou não teríamos tempo de visitar as ruínas da antiga cidade.

Para lá chegarmos, mais uma caminhada prolongada. Começamos a apercebermo-nos de que Ephesus merecia muito mais do que um dia de estadia, ou que , pelo menos, deveríamos ter pensado num transporte mais adequado para tão grandes distâncias. Chegamos finalmente às ruínas e deparamo-nos novamente com algo inesperado: as ruínas são mesmo de uma cidade, o que significa uma larga àrea para explorar e, uma vez mais, muito para andar.

Quando chegamos ao fım já é quase noite e já não há autocarros nem taxis para a cidade. Dirigimo-nos para a estrada principal com a esperança de encontrarmos alguma alma caridosa que nos desse boleia. Felizmente que desta vez tivemos sorte e, passada apenas uma longa meia hora, uma carrinha tipo vanette, com uns bons anitos em cima, e carregada de caixotes e de trapos, pára à nossa frente. Dez minutos de aconchego (éramos 7 num único banco) e de suspensão de respiração (tudo o que é turco tem um cheiro bastante intenso) e estamos novamente no terminal dos autocarros. Voltamos para Izmir. Mais alguns problemas com os autocarros (em Izmir é muito complicado fazê-los parar, nunca se sabe onde é que são as paragens nem para onde vão), mas acabamos por chegar a casa.

03 - 11 - 2005

Início do dia em grande com o belo do pequeno almoço, viagem de autocarro para Foça.
Breve passeio à beira-mar, metemos conversa com o dono de um restaurante que nos apresenta o dono de um barco que nos leva a dar uma volta por um preço bastante reduzido. Duas horas no mar em busca das famosas focas que deram o nome à cidade, passado algum tempo apercebemo-nos de que actualmente já só existem cinco e que só é possível vê-las no Verão. Felizmente, nem tudo corre mal e somos presenteados com um pôr do sol simplesmente lindo.


Chegamos a terra, passeamos mais um pouco, descobrimos que, mesmo estanto frio e sendo noite, a água tem uma temperatura bastante agradável. Voltamos ao restaurante do senhor simpático (como a maioria dos turcos que tivemos oportunidade de conhecer) e acabamos o dia em Foça com um belo peixe grelhado no prato. Voltamos para Izmir.

04 - 10 - 2005

Início do dia em grande com o belo do pequeno almoço, ficamos por Izmir uma vez mais, passeamos, vamos ao Etnography Museum, descobrimos a tradição do "camels' wrestling", subimos até à fortaleza da cidade, desfrutamos de uma vista magnífica, embora no meio de uma das zonas mais desfavorecidas, voltamos para casa descansar um pouco, saímos, aproveitamos ao máximo a nossa última noite.

05 - 11 - 2005
Dez intermináveis horas dentro de um autocarro de volta para Istanbul.

Tuesday, November 08, 2005

ÓBIDOS - Chocolate invade vila medieval

«Apetitosas esculturas sobre o mundo do cinema, um desfile de moda com acessórios comestíveis e um salame gigante são apenas algumas das delícias que a vila de Óbidos tem para oferecer a partir desta terça-feira, na quarta edição do festival do chocolate.»
Nhami! Ai quem me dera empatorrar de doces, mas numa maldita Páscoa comi chocolates pela minha vida toda. Enfim, coisas da vida.

Thursday, November 03, 2005

Abandono...

Um blog ao abandono, uma música antiga, um post antigo... é tudo muito antigo neste mundo. Ninguém perdoa, ninguém esquece, menos tu... Sabes? Ficarás sempre, mas sempre, cá dentro...