Tuesday, November 30, 2004

O Sexo

Mas afinal o que é isso? Será que existe amor no sexo, ou é sexo no amor? Será necessário ter sexo? Minha nossa... É que se não, sou um desgraçado. Depois, é óbvio que a masturbação não substitui o sexo, mas complementará? Agora outra cena. Haverá alguém que não tenha tido um orgasmo às custas da masturbação? Este foi o tema de conversa lá da faculdade. Sinceramente, acho-me capaz de viver feliz sem sexo, sem nada. É verdade que pode sempre alegrar os dias, mas mesmo assim, acho que não é daquelas coisas essenciais na vida. No entanto, porque haverão tantos "amigos coloridos"? Admito que me masturbo, e acho que mesmo pessoas com namorado/a também o fazem, e conheço casos em que isso acontece, quer da parte feminina, quer masculina. Agora, sexo anal, oral ou vaginal? Acredito que anal seja doloroso. Oral, pronto, há gostos e gostos, mas às vezes é o que se usa, para substituir o vaginal. Vaginal, é daquelas coisas, que é quase sempre, a primeira coisa que se usa, e o mais normal. E assim acabo este meu diálogo, sobre uma conversa que se teve na faculdade. Amanhã outra cena sobre hoje, mas já é outro tema.
Finanças - T01
(é a minha turma, fomos nós que discutimos)

«Não há amor como o primeiro»

Há relativamente pouco tempo, numa das raras conversas minimamente interessantes que tenho tido no comboio, “descobri” o porquê do mito do “primeiro amor”. Até esta altura, não entendia muito bem por que é que este tinha tanta importância para tanta gente, nem o sentido daquelas “expressões-tipo” que no fundo, no fundo, não dizem nada a ninguém. Até que se fez luz. E percebi finalmente. O que há de tão importante, e que faz dele diferente de qualquer outro, é a “pureza”, na verdade a inexperiência, com que se vive esse tal “primeiro amor”. Porque, antes dele, não vivemos nada de semelhante, nunca experenciámos nada que nos possa servir de base, de conhecimento prévio. Então, vivemo-lo na sua essência, sem “esqueletos no armário” para nos assombrarem. Todos os amores e paixões seguintes já vão ser vividos de acordo com o que vivemos anteriormente, já temos “pré-conceitos” do que é bom e do que é mau, do que devemos ou não fazer, do que gostamos e do que não gostamos… E isso faz toda a diferença. É claro que todas as relações afectivas são diferentes, e em todas fazemos novas aprendizagens, mas é na primeira que adquirimos as “bases”, que fazemos as grandes descobertas.
Continuo a achar que a importância do “primeiro amor” é muito relativa, pode não ser assim tão significativo como nos tentam fazer pensar, mas parece-me que realmente se pode dizer que é, não único, mas mais único do que os outros.

Susana Nunes

Monday, November 29, 2004


O meu novo visual! ihih  Posted by Hello

Aquarela

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul
Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando,
é tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
e se a gente quiser ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega no muro
e ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida,
depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela niguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
de uma aquarela que um dia enfim
descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá)
e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá)
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (e descolorirá)


A minha faceta infantil =P

Sunday, November 28, 2004

Perguntas...

Um post para uma algumas perguntas que, para mim, insistem em não ter resposta:
1- Existe o chamado amor eterno?
2- Como é que algumas relações, a que nós chamamos de longas (qualquer coisa superior a 2 anos) acabam de um momento para o outro?
3- Porquê ter sexo sem amor?
4- É possível manter uma relação à distância, mesmo sabendo das dificuldades?
5- Como é que se mantém um amor numa pessoa, mesmo quando nos damos tão bem, ou melhor, com outra que não é aquela pessoa que amamos?
6- Diz-se que o amor é repentino, será?
Algumas perguntas, a quais vou responder, dentro do meu ponto de vista:
1- Não, não existe. Eu não acredito nisso. Acho que chegada uma altura, o amor, transforma-se numa amizade duradoura, que às vezes já não sabemos distinguir de amor. Se existisse, porque é que haveriam tantos divórcios, ou casais separados, por esse mundo fora? Simplesmente não acredito nisso.
2- Como já disse na resposta anterior, para mim o amor fica saturado, e quando uma das partes começa a perceber isso, o melhor de tudo a fazer, ainda é dar tudo por acabado. Pode também ser devido a problemas repentinos, mas julgo que os problemas, conversando sobre eles, resolvem-se.
3- Acho que quanto a isto há várias respostas, mas eu dou uma simples: É o mais simples. Apesar que pode-se complicar. Já estive para estar dentro de uma relação dessas, ainda nos juntámos umas tantas vezes, mas sempre sem haver o chamado sexo. Não gosto daquela situação "pós coito", é embaraçoso, porque não existe aquele prazer que se tem, quando existe amor, para além que depois, no dia-a-dia nota-se uma certa cumplicidade, e as pessoas que nos rodeam também notam isso. Básicamente acabei com essa situação porque não havia, pelo menos para mim, condições para tal relação.
4- Depende da vontade de cada um. Já gostei de uma rapariga que mora longe (até relativamente perto de quem também contribui para este blog) e ainda gostei dela durante algum tempo. Depois, hoje em dia com as novas tecnologias, com construções de meios de acesso, tudo se torna mais fácil, pois agora existem os telémoveis, e podemos telefonarmos uns para os outros, quase sempre que queremos. Depois também acho importante, quando se vive quer dentro, quer fora de uma relação destas, a sinceridade. Não se deve ocultar a verdade, mesmo sabendo que podemos magoar os sentimentos da outra parte.
5- Às vezes tenho dificuldades em distinguir, ainda por cima nos dias que correm, quando nos atiram bocas acerca de outras pessoas, fico a pensar. Acho que só mesmo depois de um momento de solidão, de pensar naquilo que queremos é que podemos ficar a saber de quem gostamos. Mas mesmo assim, hoje em dia já prefiro dizer que não sinto nada de especial por ninguém, dadas as circunstâncias em que estou.
6- Para mim não, mas conheço pessoas para quem o é. Acho que só depois de conviver com uma pessoa depois de algum tempo é que nos podemos aperceber se gostamos dela ou não. Também acho que quando entramos numa relação de um momento para o outro, quase sem se ter nada planeado, a coisa tem mais probabilidades de dar para o torto. A mim, pelo menos, nunca me aconteceu gostar assim de uma pessoa repentinamente, ou se aconteceu, foi devido a circunstâncias muito especiais, quer por alguns gestos meus, ou dela.
Alexandre MM Caetano

Saturday, November 27, 2004


O melhor grupo de sempre, HIM!  Posted by Hello

Sunday, November 21, 2004

«Diário de uma celebridade: a missa e o estacionamento»

Não podia deixar de comentar o que acabei de ver. Tinha acabado de ver os Simpsons na 2 quando decidi fazer um pouco de «zapping» pelos outros canais para ver o que estava a dar. Dois títulos de notícias na TVI deixaram-me paralizada. O primeiro, e o que me fez parar nesse canal, era: «Missa de Artistas em Fátima», cuja notícia era sobre o facto de ter havido uma missa em Fátima com a participação de "famosos", tipo Marco Paulo, Roberto Leal, entre outros. Isto não soa um pouco a «Quinta das Celebridades»? Como é possível que catolicamente nos eduquem com a ideia de que «perante Deus somos todos iguais» e, depois, uma instituição tão importante para os católicos, como é Fátima, nos seus actos, vem demonstrar exactamente o contrário? Que nem na religão existe igualdade? É incompreensível. Bem... Se calhar nos dias que correm até não... Mas, continuando, pensava eu que esta notícia hoje não poderia ser superada por mais nenhuma, mesmo num telejornal como o da TVI, quando a seguinte é tão absurda como a anterior. Esta era sobre um carro mal no estacionado no recinto, na hora da dita missa, e o título era algo do género: «Peregrina abençoada com o carro de Marco Paulo». Ou seja, o carro mal estacionado era deste «artista». Agora pergunto-me eu? Se fosse de uma pessoa normal, também teria sido uma benção para a "peregrina"? Será que se fosse de uma pessoa normal, a mulher não se teria passado, como qualquer pessoa normal que encontre o seu carro bloqueado no estacionamento, e partido para a agressão verbal ou física, esquecendo o facto de ser uma "peregrina"? Sim, porque os "peregrinos" também se "passam"... E porque é que o facto de um "artista" ter deixado o carro mal estacionado é digno de ser noticiado numa televisão nacional? Será que hoje não aconteceu nada de mais importante? Será que não havia mais nada que pudessem pôr no ar?

Susana Nunes

Estrábico

Agora, minha visão é dupla, e deturpa as luzes,
mas fica a impressão inconsciente de outros tempos,
e da tua imagem, no meu olho vesgo.

Vejo tudo em dobro, e assim a televisão
conta-me sempre coisas em demasia...
Vivo parado, vivo em correria
dentro da casa, fora, na rua,
longe de ti, perto da gente
transeunte e fria aos meus olhos desviados...

Minha visão é dupla, e meus gritos são silenciados
pela carne crua da TV, todos os dias.
E tudo se borra, de repente,
e me acomodo e agradeço a quase cegueira,
ao anoitecer, na sala vazia.

(Se tenho medo, disfarço e olho as plantas na janela, testemunhas verdes da perene indecisão.)

Sempre ponho os óculos, e os tiro logo, comovido.
Eles atrapalham-me e consomem o pouco de magia que ainda me sobra,
fazem-me ver com nitidez tudo o que não quero.

E se às vezes penso um pouco, a alma arrefece
e estarreço com o meu papel,
e o juízo falha, por ter desaparecido
a nitidez dos primeiros dias.

Sabes, querida? Anseio por perder a razão
pouco a pouco, ou de uma só vez.
Temo ter pra sempre a visão exacta e estreita
da realidade dessa minha vida,
da programação direccionada dos meus dias,

... a menos que, na minha tela antiga,
voltes a estrelar nosso show diário de variedades...

E te mostres em corpo inteiro, menos descabida,
mais singela, plena de luzes
e cores,
como nos vídeos, lembras-te?
Os nossos piqueniques nos fins-de-semana ensolarados,
quando éramos apenas apreciadores românticos
das nossas paisagens e cenários,
feitos com a tinta dos gestos,
e os meios-tons dos nossos corpos entrelaçados...

Alexandre MM Caetano

Friday, November 19, 2004

O jantar...

Ontem houve um jantar de anos surpresa. Epah... Fartinho que eu ando de andar a pagar para a riqueza dos outros. Pagar onze euros por um bife de peru, meia duzia de batatas fritas e uma colher de arroz. Tudo em pratos individuais, nada de travessas para o pessoal não comer muito, podiamos engordar. Agora, como disse foi surpresa, andaram com a aniversariante pelas ruas de Lisboa até ser uma hora aceitável para nos deslocarmos ao restaurante, comer a deliciosa refeição. Entretanto ficámos na sala de estar da nossa agradável faculdade a fazer tempo. Engraçado é notar algo estranho... Havia um rapaz a meter-se com uma rapariga, reagi mal, e tava a ver que haveria uma boa pancada ali. O mais engraçado, é que quanto a amores não sou de insistir, mas mesmo depois do que se passou entre nós, julgo que ainda há qualquer coisa, com o tempo veremos. O jantar... Estava previsto para as oito da noite, começou às nove e meia. Comemos e tal, as coisas do costume de um jantar de amigos. Depois veio a chamada treta... Começaram-se a fazer grupos. Quem conhecia melhor as pessoas, juntavam-se a essas mais conhecidas. Saímos do restaurante que por sinal tocava belas kizombas, e pusemo-nos à porta a decidir onde íamos. Começou a piorar aí. A Patrícia desesperava porque queria fazer alguma coisa e ninguém se decidia, a Vânia dizia que "à meia noite e meia se não tiver dentro de algum bar, bazo..." o Marcelo a mesma coisa... Depois de várias tentativas frustradas, acabámos por entrar num bar, e por lá ficámos. A música era boa, a bebida também, assim como o ambiente. E por lá ficámos a dançar umas belas 2 horitas de diversão e loucura.
Entretanto após o jantar penso em coisas que se passaram... Essa rapariga de quem eu andei atrás e acabei por andar a bater com a cabeça nas paredes, chamou-me de amor. Pergunto-me o porquê, já perguntei a tanta gente, e ninguém me sabe responder. Depois porque raio quando olho para uma rapariga ela cora? E não me consegue olhar nos olhos, isso irrita.
Enfim, assim foi um jantar de amigos, que acabou numa forma menos boa, porque os namorados quando são maus, reagem de formas más...

Alexandre MM Caetano

Portishead - Glory Box

I'm so tired of playing,
Playing with this bow and arrow,
Gonna give my heart away,
Leave it to the other girls to play.
For I've been a tempteress too long,

Oh yeah,
Give me a reason to love you,
Give me a reason to be a woman,
I just want to be a woman

From this time unchained,
We're all looking at a different picture,
Through this new frame of mind,
A thousand flowers could bloom,
Move over and give us some room

Give me a reason to love you,
Give me a reason to be a woman,
I just want to be a woman

So don't you stop being a man,
Just take a little look from outside when you can,
Sow a little tenderness,
No matter if you cry

Give me a reason to love you,
Give me a reason to be a woman,
I just want to be a woman

(Its all I want to be, a woman),
So I just want to be a woman,
For this is the beginning of forever and ever,
Its time to move over now,
(So I want to be)

I'm so tired of playing,
Playing with this bow and arrow,
Gonna give my heart away,
Leave it to the other girls to play.
For I've been a tempteress too long,

Oh yeah,
Give me a reason to love you,
Give me a reason to be a woman.

Natal

Não há como não falar no Natal, apesar de ainda faltar mais de um mês para o dia 25 de Dezembro. As ruas estão iluminadas e decoradas, as televisões e as rádios inundadas de publicidade, os centros comerciais e as lojas cheios de novidades e recheados de “fenómenos da última geração”, que tentam atrair e seduzir os possíveis compradores. Ainda me lembro de quando só se começava a preparar esta época em Dezembro. Este ano, m Outubro já se ouvia a “música da Leopoldina”. Estranho, não é? Parece que estes últimos meses do ano são vividos em função de uma única noite. Mas, afinal, o que é o Natal? Eu acredito naquela história do “é quando o Homem quiser”, no sentido de que o “espírito natalício”, aquele sentimento de paz e de amor, que (supostamente) nos invade nesta época, pode der sentido em qualquer altura do ano. Basta querer. Se bem que talvez seja algo muito utópico.
Mas, é do conhecimento de todos que o Natal não é só isto (infelizmente). Existe ainda a sua dimensão religiosa e a sua dimensão comercial.
Quanto à religiosa, o verdadeiro significado de Natal prende-se com o nascimento de Cristo, que veio ao Mundo com um único propósito: «o de justificar os nossos pecados através da sua própria morte. Nesses tempos, sempre que alguém pecava e desejava obter o perdão divino, oferecia um cordeiro em forma de sacrifício. Então, Deus enviou Jesus Cristo que, como um cordeiro sem pecados, veio ao mundo para limpar os pecados de toda a Humanidade através da Sua morte, para que um dia possamos alcançar a vida eterna, por intermédio Dele, Cristo, Filho de Deus». Inicialmente, a Igreja Católica não comemorava o Natal. Foi em meados do século IV d.C. que se começou a festejar o nascimento do Menino Jesus, tendo o Papa Júlio I fixado a data no dia 25 de Dezembro, já que se desconhece a verdadeira data do Seu nascimento.
Quanto à sua dimensão comercial, parece-me que é bem visível, mais do que outra qualquer. As lojas passam a estar abertas 24h por dia, as pessoas abrem os cordões às suas bolsas e gastam tudo o que têm (e, por vezes, o que não têm), só porque “parece mal” não se oferecer algo que tenha um valor comercial razoável. Mas e o valor sentimental? E a história do que “o que conta é a intenção” onde fica? Será que deixou de ter importância?
Pessoalmente, eu sou muito afectada pelo espírito natalício, talvez por ser aquela época do ano que melhores recordações me traz. Haver uma noite no ano em que se consegue fazer que uma família, demasiado grande e extremamente complicada, mantenha uma relação minimamente “simpática”, é bastante reconfortante (independentemente das razões pelas quais isso acontece). O simples facto de nos conseguirmos reunir por umas breves horas e todos fazerem um esforço (que poderia muito bem ser feito todos os dias do ano, mas isso é outro assunto) para serem “cordiais” uns com os outros, é um bom motivo para se gostar do Natal. Aqueles rituais de se “fazer a árvore”, de se estar reunidos em volta da lareira, de abrir as prendas à meia-noite, de se ficar acordado até às tantas da manhã, a falar-se dos “bons velhos tempos” e a ouvir-se os avós a contar as histórias da juventude deles, são algo de raro e de “único”, pelo menos ao longo de um ano inteiro. Pena que aconteça apenas como justificação de ser dia 25 de Dezembro.
É exactamente o mesmo quando se fala do “cessar-fogo” nas guerras, apenas por causa de “ser Natal”. É claro que é algo de positivo, mas é um pouco estranho fazê-lo apenas por algo que a maioria das pessoas nem sequer sabe muito bem o que significa. Não se cessa fogo quando morrem milhões de pessoas, não se cessa fogo quando se destroem milhões de lares, não se cessa fogo quando há milhões de desalojados, não se cessa fogo quando os soldados já não aguentam mais e já nem sabem qual é o motivo da sua luta, não se cessa fogo quando apenas duas pessoas (ou até mesmo uma) querem realmente que a guerra continue. Mas: “É Natal, TEMOS de cessar fogo.”. Porquê? Não me parece que seja algo muito coerente. Supostamente o Natal é uma celebração católica, logo, se se toma uma decisão de acordo com os princípios e valores desta religião, estes teriam de ser aplicados todos os dias, e não apenas num dia por ano.

Susana Nunes

Thursday, November 18, 2004


A melhor série de sempre... ;)

Tabaco

É estranho como, de repente, o assunto «tabaco» ficou na ordem do dia, por duas notícias distintas:


SG Ventil e SG Filtro
Cigarros têm pesticida proibido


Que eles podem matar já todos estamos fartos de saber, estaríamos era longe de imaginar que os cigarros SG Ventil e SG Filtro contêm um pesticida, proibido na Europa desde 2001. A conclusão é de um estudo da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, divulgado pela RDP.
Em declarações à rádio pública, a investigadora Maria Teresa Vasconcelos revelou que resquícios de Dialdrin, um pesticida potencialmente cancerígeno, foram encontrados nas folhas de tabaco e nas partículas aspiradas resultantes da queima destes dois tipos de cigarros, produzidos pela Tabaqueira Nacional.
O estudo incidiu sobre quatro tipos de tabaco aleatoriamente escolhidos.
Maria Teresa Vasconcelos recorda que o Dialdrin foi proibido na Europa pela Convenção de Estocolmo, em 2001, e que o seu uso está também proibido na América desde 1983.
A Tabaqueira SA já recusou responsabilidades na eventual presença do pesticida proibido no tabaco, alegando que não cultiva a planta.


Dia Nacional do Não Fumador
Governo limita locais de fumo


No Dia Nacional do Não Fumador, o Executivo anuncia que será proibido fumar nos restaurantes, bares, locais de dança, unidades de saúde, farmácias, meios de transporte, instituições para idosos, escolas e locais de trabalho fechados. A nova legislação visa melhorar a «protecção da saúde dos não fumadores da exposição involuntária ao fumo passivo».
As novas regras são apresentadas hoje pelo ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, não se sabendo ainda a data exacta para entrarem em vigor. A par dos locais onde o fumo do cigarro passará a ser interdito, o Governo pretende também introduzir limites na actividade publicitária neste campo.
Será, assim, proibida «a promoção ou o patrocínio de campanhas de prevenção do tabagismo por empresas que comercializem produtos do tabaco, uma vez que os interesses destas empresas são inconciliáveis com o objectivo de proteger a saúde dos cidadãos», justifica o ministro da Saúde no documento que hoje apresenta aos demais elementos do Governo.
Também a assinalar o dia, o Hospital de São João, no Porto, revela que um em cada cinco médicos (23%) é fumador. A conclusão consta de um estudo feito pelo Serviço de Otorrinolaringologia, que apurou ainda existir uma maior incidência de clínicos fumadores nas áreas de clínica geral e familiar e de saúde pública.
As mulheres são as que mais fumam, sobretudo se vivem no Alentejo. A média de idades da maioria dos médicos fumadores ronda os 55 e os 64 anos. Os números revelados pelo estudo preocupam os responsáveis: «Os médicos deviam ser modelos comportamentais e esta não é uma atitude correcta e adequada», alerta o presidente do Conselho de Prevenção do Tabagismo, Pais Clemente.


Expresso, 17 Novembro 2004


Eu, como não fumadora, não dei uma importância muito grande quando li isto, talvez porque, pessoalmente, não me faz grande diferença (se bem que é claro que concordo com a «protecção da saúde dos não fumadores da exposição involuntária ao fumo passivo»). Mas pareceu-me que hoje não se falou noutra coisa, por isso, talvez seja realmente algo que mereça alguma atenção.

Tuesday, November 16, 2004


Lindo... ;)

Saturday, November 13, 2004

Há tanto tempo...

Pois é. A vida é mesmo incerta. Depois da tempestade, a bonança. Andei eu preocupado, sem nada para fazer... Pois é, passados 9 meses, voltamos a falar, e fala-se de um regresso ao passado. Não sei se é isto o que eu desejo, mas por agora sinto-me tão bem. Verdade seja dita que cada vez mais se verifica isso no meu grupo de amigos, dois ex-casais, deixaram de ser "ex" para passarem de novo, a serem só casais. Repito-me ao dizer que não sei o que se passa. No entanto sei aquilo que sinto por outra pessoa, com a qual sinto que devo ganhar outro nível de confiança, mas tenho medo da minha reacção. Sou egoísta, é verdade... Há coisas que odeio partilhar, e uma das quais é partilhar a mesma amizade com um amigo, que sei que também sente o mesmo que eu por essa pessoa. Confuso? Talvez... Gostava tanto que a vida fosse feita de "mas" para poder anular alguma coisa que fiz de errado, como palavras, gestos e/ou sinais. Agora sei que não posso anular aquilo que fiz há algum tempo, mas posso apagar das nossas memórias e ficarmos para todo o sempre juntos, sem haver coisas inuteis nas nossas vidas.
Alexandre MM Caetano

Placebo - My Sweet Prince

Never thought you'd make me perspire
Never thought I'd do you the same
Never thought I'd fill with desire
Never thought I'd feel so ashamed

Me and the Dragon
Can chase all the pain away
So before I end my day
Remember

My sweet prince
You are the one
My sweet prince
You are the one

Never thought I'd have to retire
Never thought I have to abstain
Never thought all this could backfire
Close up the hole in my vain

Me and my valuable friend
Can fix all the pain away
So before I end my day
Remember

My sweet prince
You are the one
My sweet prince
You are the one
You are the one x4

Never thought I'd get any higher
Never thought you'd fuck with my brain
Never thought all this could expire
Never thought you'd go break the chain

Me and you baby
Used to flush all the pain away
So before I end my day
Remember

My sweet prince
You are the one
My sweet prince
You are the one
You are the one (repeat God knows how many times)

My sweet prince
My sweet prince

Clã - Código de Barras

Deixa que o silêncio faça parte de nós

deixa que o silêncio
seja parte de nós
funda e indizível
porque não estamos sós
apenas a só
e até se dispensa a voz

deixa que ele seja
um espelho fiel
do que sinto por ti
basta um gesto de mão
só um olhar
p'ra mostrar a paixão

e se eu te mentir alguma vez
é porque nos lançam amarras
é para iludir o video oculto
que nos segue lá do alto
e nos traduz em barras

num código de barras
num código de barras

assim nem eu nem tu
teremos um amor captável
pelo serviço secreto
será indetectável
jamais será cifrável

ao abrirmos a boca
será como o previsto
e até a felicidade
será a que anunciam
na publicidade

e se eu te mentir alguma vez
é porque nos lançam amarras
é para iludir o video oculto
que nos segue lá do alto
e nos traduz em barras

num código de barras
num código de barras

Friday, November 12, 2004

Boss AC - Anda cá ao pápá

Oieeeeeeeee
Anda cá vem ao papa (anda ca ao papa)
I want you to be my baby
Tu sabes quem és
Anda cá (ha) vem ao papa (eu ainda me lembro)
I want you to be my lady

Era sabado a noite
Nem vontade tinha pa comer
Fechei-me no meu quarto
Pus um filme para me entreter
Não tinha sono(Toc Toc Toc) (Quem é) Bateram a porta
Os meus dread's surguiram para irmos dar uma quicorta
Tanto insestiram que acabei por ir
Vou-me vestir
Pensando bem para tar assim mais vale sair
Pegamos um tarifa era quase uma hora
Pensei que a disco ia estar vazia
mas estava a deitar por fora
Entrei com o meu povo
Palito na boca akela base
Abanquei-me num coro
sem dizer uma única frase
Bué-da damas e mais damas por todo o lado
Vestido apertado mas não tou interesado
No meu de tanta gente estava tão sozinho
Levantei-me num coro (elá) vite no meu caminho
Corpo perfeito alta mulata de caracois
Pernas de sonho yesss baby gandas faróis
Olhei-te bem nos olhos mas estava acompanhada
Sorris-te sem dar estrilho para não seres apanhada
mas apanhei-te comé desmarca lá o teu namoro (iii hãa)
deixa-me ser o pirata para tu seres o meu tesouro
mas ele pegou-te no braço levou-te pa longe de mim
quando te vi bati mal e sei que tambem ficas-te assim
beijei-te nas calmas mas puseste-me a toa (a toa haa)
quem te mandou ser tão boa agora não sei o que vou fazer (qué que vou fazer)
tenho que arranjar maneira de te conhecer (haaa)

Anda cá (humm) vem ao papa (o nosso segredo baby)
I want you to be my baby (anda cá ao papá)
Anda cá (já viste) vem ao papa (ninguém precisa saber)
I want you to be (anda cá) my lady (hahaãa)

Estavas no bar enconstada a beber pisaganbom
Aproximei-me e disse 'baza dançar este som' (este som)
o teu dread tava no WC, bora po cantinho que ele lá não nos vê
hesitas-te por instantes pensei que não me querias
mas quando me deste a mão vi que estava nos meus dias
apertei-te, senti o teu coração a bater (a bater)
o beijo quase a acontecer
os nossos lábios tão perto mas não podia ser ali
embora pensasse nisso desde o momento em que te vi(hhu)
bora lá fora aqui dentro está calor
'e pelo caminho imaginava o teu sabor'
sais-te primeiro pa não dar estrilho fui atrás
se o teu dread surguir dás-lhe a dica que estás mal disposta
vais apanhar um ar (hahahaa) e se ele desconfiar
diz-lhe que te espere no bar (yeee)

Anda cá (hum)vem ao papá (eu e tu)
I want you to be my baby (anda cá ao papá)
Anda cá (hum)vem ao papá (mua e trua)
I want you (baby) to be my Lady (tu sabes quem és..... baby)

Não demos estrilho saimos eu e tu mua e trua
Quero que sejas mamã anda cá ao papá
Olha essa escada escura comé bora até lá
Deitei-te no chão mas imaginei-te no sofá
Á o esse teu corpinho
mordi-te a orelha enchi-te de carinho (ha)
ouvi-te gemer como uma porta entre-aberta
a penda de seres descoberta deixou-te os sentidos alerta
esplorei o teu corpo como um patrão explora o empregado
descobri pontos fracos em ti (AC) por todo o lado
quieto não pude ficar quando me tocas-te daquela maneira
tomas-te o controlo passas-te a fronteira
tu foste a lenha da minha fogueira a terceira
disses-te que o teu namorado
devia tar a tua procura preocupado
arranjas-te a saia pintas-te os lábios retrovisor
mas não quis que te fosses embora sem dizer que adorei o teu sabor
abraçaste-me o teu olhar disse tudo (disse tudo)
contigo senti-me veludo
foste andando em direcção a discoteca
uns minutos depois vim também a pensar em ti boneca
não vou contar a ninguém o nosso bocado (a é?)
derrepente vi-te a sorrir abraçada com o teu namorado
eu sabia o porque te tanta alegria
mandei-te um beijo descreto e despedi-me até um dia (até um dia)

Anda cá (hum) vem ao papá (qué que queres que eu diga)
I want you to be (tu sabes comé) my baby (anda cá ao papá)
Anda cá vem ao (hum) papá (i want..haaa)
I want you (baby) to be my Lady (mua e trua)

Anda cá (tu sabe quem és baby) vem ao papá (sou eu)
Anda cá (Ac)vem ao papá (pra ti)
Anda cá (humm)vem ao papá
I wanto you to be my baby

Monday, November 08, 2004

Lembranças...

Há dias em que olhamos para trás e não nos reconhecemos a nós mesmos no passado. Parece que quem o viveu não fomos realmente nós, mas outra pessoa, como se nos sentissemos estranhos à nossa própria existência. Muitos acontecimentos já por lá ficaram perdidos e não nos lembramos. Outros permanecem muito vagos na nossa memória. Mas são aqueles que não se esquecem que mais nos afectam, como se não tivessem nunca um verdadeiro fim. Às vezes, temos vontade de recomeçar do zero. De apagar todas essas lembranças que nos perseguem como assombrações, tanto para o mal como para o bem, e começar de novo. Mas são essas que fizeram e fazem de nós o que somos hoje, que moldaram a nossa essência como indivíduos. Há quem diga que se pudesse voltar atrás na vida não faria as coisas da mesma maneira. Será? Se pudessemos mesmo voltar atrás na vida mudaríamos alguma coisa? O quê? Acho que é um bom tema de discussão.

As SCUTS e os impostos que pagamos

"Como já foi noticiado na Comunicação Social, o governo tem a intenção de introduzir portagens nas SCUTS, ou seja, nas estradas ou variantes de ligação que foram construídas com perfil de auto-estrada, mas que foram feitas porque o trânsito era caótico derivado ao número exorbitante de veículos que encurralavam todo o país, sobretudo as cidades e povoações derivado ao estado miserável no qual se encontram as estradas nacionais e municipais, onde é quase impossível circular, sendo as deslocações quase impossíveis, com grandes transtornos e prejuízos incalculáveis para as empresas e utentes.

Mas essas vias foram construídas como alternativas para descongestionar o trânsito, facultar a circulação e facilitar umas ligações mais rápidas porque senão o país corre o risco de ficar parado, pois nunca como agora houve tanto tráfego e circulação de veículos, mesmo transportes rodoviários que no fundo contribuem para o desenvolvimento do país.Ora o governo anterior e as autarquias tornaram decisões acertadas em construir essas vias rápidas alternativas com o apoio financeiro da Comissão Europeia para bem de todos e sobretudo para que haja mais desenvolvimento no país, e agora este governo alega ter custos de milhões de euros para as conservar, querendo por em prática o sistema do utilizador pagador com portagens, quando essas infra-estruturas já estão pagas e continuam a ser pagas com os nossos impostos e taxas que nos são cobradas, alegando agora ter razões quando as taxas e impostos cobrados ultrapassam centenas de vezes o custo dessas infra-estruturas todas juntas, mesmo aquelas que se venham a construir. Seria uma questão de bom senso o Estado dizer quantos biliões de euros tem de benefícios com a venda e circulação de todos os veículos, incluindo os transportes rodoviários, mesmo que sejam estrangeiros, e com o turismo.Basta dizer que cada veículo vendido, incluindo camiões e autocarros, o Estado cobra as taxas mais caras da Europa como o I.A., taxa de importação, IVA e registos dos veículos, mais as taxas que cobram nas peças e reparações, Imposto de Selo, Seguro, taxas exorbitantes dos combustíveis e derivados, não esquecendo que as gasolineiras, as companhias de seguros e agentes ligados ao ramos pagam impostos e taxas e são contribuintes; para além disso as empresas e utentes pagam o IRS, IRC, IVA, etc., não esquecendo as multas e infracções, como os bancos que financiam as vendas ou compras e os custos dos créditos, sem esquecer os milhares de pessoas que trabalham nessas empresas ligadas ao ramo automóvel, e até as próprias fábricas e escritórios. Não é sério dizer que o Estado tem milhões de prejuízos quando o sector automóvel é um negócio incontestável para o governo e que são as vias rápidas ou SCUTS que esvaziam os cofres do Estado, mas ao que parece este novo ministro não analisou quanto é que o Estado tem de benefícios, pois só encontrou prejuízos e teve a leviandade de dizer que o utilizador tem de ser o pagador se tudo está pago, e continua a ser, sem esquecer os fundos comunitários. Parece que os interesses comerciais e financeiros é que se estão a sobrepor aos direitos de cidadania, uma vez que nos outros países da Europa existem milhares de quilómetros em cada país de SCUTS ou vias rápidas sem portagens e só as auto-estradas é que são pagas, mas as auto-estradas são uma alternativa suplementar e só as apanha quem quer, porque alternativas não faltam e boas. Por isso as variantes ou SCUTS são vias de circulação normais e nada têm a ver com as auto-estradas, mesmo que tenham um certo perfil, nem tampouco são o desastre da economia portuguesa, ou então os ministros só andam de avião, e não conhecem a realidade dos outros países da Europa. Não se pode confundir vias de acesso rápidas, que são uma mais valia para o desenvolvimento do país com outra coisa qualquer, porque se não existissem o país estaria parado e seria um país ainda mais pobre do que é actualmente, em todos os sentidos.Os veículos, quer sejam de transporte quer de turismo, são os maiores geradores de riqueza para o país e enchem os cofres do Estado, porque o trabalho e o turismo são os maiores contribuintes que enriquecem e desenvolvem o país. Acho que deve haver um problema de matemática nos estudos que foram feitos porque os benefícios se sobrepõem aos prejuízos e a argumentação apresentada não é mais que uma retórica conhecida pelos contribuintes."

in http://www.jornaldeespinho.pt/index.asp?idedicao=66&idSeccao=569&Action=seccao


Agora é assim. Será que o que nós pagamos não chega? Aidna vamos ter nós que pagar? O pior até nem é isso, mas sim aquilo que o povo se queixa. Onde estão as alternativas? Eu uso uma, ainda, SCUT para ir para a minha terriola, é verdade que tenho alternativas, recorrendo a outras estradas. Mas se formos ver, por exemplo o caso dos Albicastrenses, não tem outro remédio se não de pagar e não reclamar. Como é evidente, estes podem sempre usar aquelas estradas antigas que sem a manutenção devida, estão num estado de total degradação.

Friday, November 05, 2004

Nova...

Sei quem tu és
E tu também.
És linda da cabeça aos pés,
Vieste do além...

Não te conheço,
Mas queria conhecer.
Se calhar é o que mereço,
Até eu morrer...

Uma nova vida começa
Com uma nova paixão...
Eu adoro esta peça
Do fundo do meu coração.

Mas quero-te conhecer
E ficar contigo para sempre
Nem que seja num amanhecer,
Mas eu sou um crente...

Alexandre MM Caetano

Thursday, November 04, 2004

Jorge Palma - Junto à Ponte

Ela contou-me
Que foi sempre só
Quando eu lhe falei de amizade
Que muitos homens gozaram o corpo
Desde não sei já que idade
Como gostava de os acariciar
De cada vez que eles vinham
Pela noite
Estremecendo devagarinho
Pela noite
Estremecendo devagarinho
Quando eles partiam já de manhã
Bebia a solidão de um trago
Comprava o dia
Com pouco dinheiro
O seu amor não é pago
Tu que duvidas da sua verdade
Assenta o lugar e a hora
Porque amanhã
Ela vai estar à tua espera
Amanhã ela vai estar à tua espera
Tu que foste traído
Tu que atraiçoaste
Tu que deixaste cair
Aquilo em que acreditaste
Tu desesperado que andas a monte
Não faltes ao teu encontro
Amanhã, ao fim da tarde,
Junto à ponte
Amanhã, ao fim da tarde,
Junto à ponte
Leva o corpo e leva a dor
Não esqueças os teus desejos
Sê violento se acaso te amedrontarem os seus beijos
Mas não te faças rogado
É por ti que ela espera
Vai tu ao seu encontro
Amanhã, ao fim da tarde
Junto à ponte
Amanhã, ao fim da tarde
Junto à ponte

Sonata Arctica - Tallulah

Remember when we used to look how sun sets far away?
And how you said: "this is never over"
I believed your every word and I guess you did too
But now you're saying : "hey, let's think this over"

You take my hand and pull me next to you, so close to you
I have a feeling you don't have the words
I found one for you, kiss your cheek, say bye, and walk away
Don't look back 'cause I am crying

I remember little things, you hardly ever do
Tell me why
I don't know why it's over
I remember shooting stars, the walk we took that night
I hope your wish came true, mine betrayed me

You let my hand go, and you fake a smile for me
I have a feeling you don't know what to do
I look deep in your eyes, hesitate a while...
Why are you crying?

Tallulah, It's easier to live alone than fear the time it's over
Tallulah, find the words and talk to me ,oh, Tallulah, [chorus]
This could be... heaven

I see you walking hand in hand with long-haired drummer of the band
In love with her or so it seems, he's dancing with my beauty queen
Don't even dare to say you hi, still swallowing the goodbye
But I know the feelings still alive- still alive

I lost my patience once, so do you punish me now
I'll always love you, no matter what you do
I'll win you back for me if you give me a chance
But there is one thing you must understand

[Chorus]

Wednesday, November 03, 2004

Ela sabe quem é...

Chamaste-me para o teu lado
Para ficar perto de ti.
Sei que não sou amado,
Mas ficarei sempre aqui.

Ao teu lado estou
E tu dentro de mim.
O tempo para trás ficou
Mas o meu amor não tem fim.

A minha alma guarda-te
Numa noite fria,
O Inverno espera-te
O Inverno que eu tanto queria.

Com o frio a chegar
Podes precisar de algum calor.
Calor tenho eu para dar,
E tu muita dor.

Para as mulheres...

Mulheres, quando um homem vos quer impressionar, o que fazer? O que fazer para mudar a opinião de uma pessoa assim como da noite para o dia? O que fazer para esquecer alguém que nos marcou tanto que pensamos que nunca sairá de dentro de nós?
Adoro uma miuda que sei que não me liga muito. Damo-nos muito bem, mas não há aquela ligação que eu queria. O que fazer para que isso mude? Ou serei apenas eu que terei que mudar? Gostava tanto, mas tanto que me esclarecesse. Existe um fantasma antigo. Estou com ele todos os dias, incomoda-me ainda quando o vejo com alguém que sei que existe um minimo interesse. Converso na net, diz que me adora, mas depois... Mais um desabafo nesta minha vida, que tanto luto para a manter. Sofro sem razão aparente, mas o meu coração chora todas as noites, quando me deito numa cama gélida e sem convicção daquilo que sou e serei capaz de fazer.

Alexandre MM Caetano

Tuesday, November 02, 2004

Sugestão

Serve este post para relembrar aos frequentadores deste blog que existem alguns posts anteriores que ficaram, de certo modo, pendentes, que poderão ainda ser motivo de alguma discussão. Se, por acaso, estiverem um dia destes sem muito que fazer, não hesitem em dar uma olhadela. Eu pessoalmente, tenho perdido imenso tempo com este blog, mas acho que tem sido muito proveitoso.

- Novas Regras para o Superior (25 Setembro)

- Nova Censura (05 Outubro)

- Novidades (ou então até não) (14 Outubro)

- Quem são os Bárbaros? (18 Outubro)

- Contestações em Coimbra (21 Outubro)

- Quim Barreiros (27 Outubro)

- Sonho... 31/10/2004 (31 Outubro)

- Relação Meios/Fins (31 Outubro)

Nota: isto é para ser levado só como uma sugestão... A inspiração às vezes falha, mas isso não quer dizer que a agitação por aqui tenha de acabar... ;)

Álvaro Campos - Trapo

O dia deu em chuvoso.
A manhã, contudo, esteve bastante azul.
O dia deu em chuvoso.
Desde manhã eu estava um pouco triste.

Antecipação! Tristeza? Coisa nenhuma?
Não sei: já ao acordar estava triste.
O dia deu em chuvoso.

Bem sei, a penumbra da chuva é elegante.
Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante.
Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante.
Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?
Dêem-me o céu azul e o sol visível.
Névoa, chuvas, escuros — isso tenho eu em mim.

Hoje quero só sossego.
Até amaria o lar, desde que o não tivesse.
Chego a ter sono de vontade de ter sossego.
Não exageremos!
Tenho efetivamente sono, sem explicação.
O dia deu em chuvoso.

Carinhos? Afetos? São memórias...
É preciso ser-se criança para os ter...
Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!
O dia deu em chuvoso.

Boca bonita da filha do caseiro,
Polpa de fruta de um coração por comer...
Quando foi isso?
Não sei...
No azul da manhã...

O dia deu em chuvoso.

O Aborto

Absolvida
Juíza alegou que crime da prática de aborto não ficou provado


A jovem de 21 anos acusada da prática de aborto foi hoje absolvida no Tribunal Criminal de Lisboa. A juíza Conceição Oliveira alegou que o crime não ficou provado.
A jovem era acusada de interromper uma gravidez em Janeiro de 2000 e foi denunciada à PSP por um enfermeiro de serviço do Hospital Amadora-Sintra.
Na leitura da sentença, a juíza Conceição Oliveira sustentou a absolvição da arguida alegando que não ficou provada a ingestão dos comprimidos com o objectivo de interromper voluntariamente a gravidez nem que a jovem tivesse conhecimento dos efeitos abortivos do Misoprostol.
A juíza considerou também insuficientes as provas apresentadas em tribunal pela Polícia para concluir que se verificou uma interrupção voluntária da gravidez.
Por sua vez, o procurador-adjunto do Ministério Público, Pinto dos Santos, defendeu que a arguida deveria ser absolvida por não ter sido provada a prática de crime de aborto.
Num comentário à decisão da juíza, a deputada Odete Santos, que assistiu à leitura da sentença, disse aos jornalistas que este tipo de "crimes" normalmente "não tem prova, a não ser em casos excepcionalíssimos". "Porque é difícil provar que havia uma gravidez e que houve um aborto feito intencionalmente", justificou.


Parece-me que este é outro assunto de grande polémica... Em relação a este caso em particular, tenho duas perguntas fundamentais: 1ª - Se só a partir dos 18 anos é que se pode condenar judicialmente alguém (julgo eu), como é que esta rapariga é julgada por um "crime" que supostamente cometeu quando ainda só tinha 17? 2ª - Onde está, neste caso, a confidencialidade médica? Não é suposto, tal como acontece com os advogados e os jornalistas, haver um sigilo profissional? É claro que não estou completamente informada sobre os pormenores que antecederam este julgamento, mas será só impressão minha ou isto não faz muito sentido?
Agora, passando para a questão do aborto no geral, há outros tópicos que não devem ser esquecidos. Lembro-me particularmente de um debate que tive numa aula de Teoria da Comunicação, o ano passado. Saí de lá um pouco (muito) estupefacta com a opinião geral sobre o assunto. Sabia que existia uma grande oposição à legalização do aborto, mas sempre achei que fosse uma posição minimamente fundamentada. O principal fundamento da "personagem" que dirigia a oposição (por iniciativa própria) era o facto de a Igreja Católica ser contra a prática abortiva. Até aí, ainda dá para compreender (ou, pelo menos, faz-se uma tentativa)... Cada um é livre de escolher e seguir a religião que bem entende, não tenho nada contra, muito pelo contrário. O cúmulo foi mesmo quando a "pobre rapariga" ficou "desarmada" por desconhecer por completo certas "verdades indiscutíveis" da sua própria religião, ao ser confrontada com o facto de a Igreja Católica proibir qualquer meio contraceptivo e de considerar que o sexo, para além de só poder ser praticado após o casamento, ser apenas por motivos de "procriação". Agora pergunto: como é que alguém que justifica o "não ao aborto" por motivos religiosos, não conhece sequer os princípios fundamentais da Igreja Católica? Como é que se podem fazer referendos ou debates, se as pessoas não estão minimamente informadas?
Acho que é importante tentar-se fazer entender, de uma vez por todas, que ser a favor da legalização do aborto não é a afirmação de uma pre-disposição para o fazer. Mas sim dar liberdade às mulheres para tomarem as suas próprias decisões, para terem poder sobre o seu próprio corpo e sobre a sua vida, sem medos e sem culpas. Para além disso, é diminuir as "discrepâncias" que existem entre os mais pobres e os mais ricos. Porque ir a Espanha ou a outro sítio qualquer é muito fácil para quem pode, para quem tem poder monetário para isso. E esses fazem-no sem recriminações, sem "dedos apontados". Os que não podem, arriscam: ou deixam a pobre criança nascer para viver numa vida muitas vezes miserável, ou arriscam as suas próprias vidas em abortos caseiros ou nas mãos de pessoas pouco confiáveis. Não é por o aborto ser ilegal, que ele não é feito. Quem o quer realmente fazer, não deixa de o fazer. Então porquê tanta oposição? Porquê tanto preconceito? Será só mesmo por motivos religiosos? E será que quem tem esses motivos só fará sexo para "procriar"? Se sim, tenho pena dessas pessoas... Devem ser realmente muito infelizes.

Monday, November 01, 2004

Distância

Querem saber como é que deve ser uma relação? A liberdade a dar a essa pessoa, à tal que nós amamos? Peguem num bocado de areia e apertem com força com a vossa mão. O que é que acontece? A areia foge. Agora abram a mão? A areia continua a fugir assim que venha uma rajada de vento, certo? Agora ponham a vossa mão em forma de concha, de maneira à areia ficar segura nas vossas mãos. A areia deixou de cair, certo? Devia ser sempre assim, um meio termo.
Mas não. As pessoas quando se trata de um amor, ou mesmo às vezes de uma amizade, esquecem-se que liberdade é um direito, não um dever. Este exemplo da areia é um bom exemplo. Quanto mais queremos uma coisa, quanto mais a desejamos, mais a vemos longe de nós. É fisico, é psicológico? Talvez um bocado de cada, fisicamente porque quanto mais a temos perto de nós, mas longe ela quer estar. Psicologicamente porque parece que tudo o que fazemos para ter a coisa, é errado e que nada bate certo, atão não pensamos noutra coisa a não ser aquilo. A vida foi feita para levarmos com uma tranquilidade correcta, isto é, termos segurança daquilo que temos, daquilo que queremos, e não estarmos arrependidos daquilo que somos, fizemos, queriamos e até mesmo tinhamos. Mas a vida continua, mesmo sem aquilo que mais desejamos...
Alexandre MM Caetano